domingo, 22 de fevereiro de 2015

O novo cometa SOHO

Um cometa recém-descoberto pode em breve fazer uma aparição no céu noturno.

cometa SOHO-2875

© NASA/ESA/SOHO (cometa SOHO-2875)

Uma descoberta casual ocorrida em 18 de fevereiro último, está chamando a atenção de um grupo de astrônomos, que de forma ainda provisória foi denominado de SOHO-2875, porque esta é a descoberta de número 2.875 do Solar and Heliospheric Observatory (SOHO) da NASA e da ESA.

trajetória do cometa SOHO-2875

© SOHO C2 (trajetória do cometa SOHO-2875)

A imagem acima mostra a trajetória do cometa fazendo seu voo rasante nas imediações do disco solar.

O astrônomo Karl Battams do Naval Research Lab, que mantém o site Sungrazer Project, observou que o SOHO-2875 não pertence a família de cometas do grupo de Kreutz. Os cometas rasantes Kreutz são fragmentos oriundos do rompimento de um único cometa gigante ocorrida muitos séculos atrás.

A animação a seguir mostra o cometa apresentando uma cauda quando se movimenta do centro para a esquerda, e na sequência a câmara LASCO C3 do SOHO captou uma CME (Ejeção de Massa Coronal) do Sol.

movimentação do cometa SOHO-2875

© SOHO C3 (movimentação do cometa SOHO-2875)

O cometa aparentemente possui 2,5 de magnitude e cerca de 5° a partir da Sol. A cauda agora está cada vez mais evidente.  Pelo menos por enquanto, o cometa parece ter sobrevivido ao calor e marés gravitacionais do Sol.

A União Astronômica Internacional (IAU) nomeou oficialmente o cometa SOHO-2875 de C/2015 D1 (SOHO).

Fonte: NASA e ESA

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

O voo rasante da sonda Rosetta

A fotografia abaixo foi captada pela câmara NAVCAM a bordo da sonda Rosetta captou todo o núcleo do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.

cometa Churyumov-Gerasimenko

© ESA/Rosetta (cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko)

A imagem foi tirada no dia 6 de fevereiro, a partir de uma distância de 124 km do centro do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, cuja resolução tem 10,6 m/pixel e mede 10,8 km de diâmetro. O tempo de exposição da imagem é de 6 segundos.
A imagem mostra um contraste impressionante para as recentes imagens com aproximação, oferecendo novas perspectivas sobre a extensão da atividade do cometa. Com efeito, os jatos que emanam de Hapi (região do pescoço) prolongam-se para a borda da estrutura no canto superior direito. Ajustando a escala de intensidade é possível enfatizar o "brilho" nebuloso da atividade que parece estar vindo de todas as partes das superfícies iluminadas pelo Sol do núcleo. Destaca-se a grande quantidade de "ruído" de fundo oriunda dos jatos, que inclui material ejetado do cometa.

cometa Churyumov-Gerasimenko

© ESA/Rosetta (cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko)

A fotografia acima mostra um mosaico da aproximação da sonda Rosetta ocorrida no último sábado, quando a sonda realizou um sobrevoo a 6 km da superfície do cometa, sendo o primeiro voo rasante dedicado da missão. A maior aproximação ocorreu às 12:41 GMT sobre a região de Imhotep no grande lóbulo do cometa.

O mosaico é composto de quatro imagens do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko tiradas em 14 de Fevereiro às 14:15 GMT de uma distância de 8,9 km da superfície. A escala da imagem é de 0,76 m/pixel. A imagem demonstra as características impressionantes da região de Imhotep.

Fonte ESA

Desconexão na cauda do cometa Lovejoy

O brilhante cometa C/2014 Q2 (Lovejoy) apresentou na semana passada uma desconexão em sua cauda azulada de íons devido o fluxo do vento solar.

Cometa Lovejoy

© Michael Jäger (cometa Lovejoy)

O astrofotógrafo Michael Jäger captou a imagem telescópica acima, no dia 13 de fevereiro (UT 19.44), em Dorfstetten, na Áustria, evidenciando essa onda de plasma emanando da cauda iônica do cometa.

Essa curiosa onda pode na verdade ser um sinal de uma tempestade magnética em andamento. Diversos observadores de cometas testemunham frequentemente esse tipo de interferência, que normalmente se devem a Ejeções de Massa Coronal (EMC) após explosões solares. As rajadas de vento solar, em casos extremos, podem até arrancar completamente a cauda do cometa.
A física que torna isso possível é semelhante a de tempestades geomagnéticas na Terra. Quando essas EMCs atingem a Terra, acontece um processo semelhante na magnetosfera dos planetas, que produz as auroras polares.

Fonte: Spaceweather