quarta-feira, 24 de abril de 2013

Hubble captou imagem do cometa ISON

O cometa C/2012 S1 (ISON) encontrava-se a pouco mais de 621 milhões de quilômetros do Sol quando o telescópio espacial Hubble captou esta magnífica imagem.

cometa ISON

© Hubble (cometa ISON)

Esta imagem foi obtida no dia 10 abril deste ano. Viajando a uma distância ligeiramente mais próxima que a órbita de Júpiter, a uma velocidade aproximada de 75 mil km/s, o cometa exibe já uma intensa atividade na superfície do seu núcleo, resultante do aquecimento provocado pela radiação solar, e consequente sublimação dos compostos voláteis aprisionados no seu interior. Através das imagens obtidas pelo Hubble, os cientistas conseguiram identificar jatos gasosos expelindo partículas de poeira na face do núcleo voltada para o Sol.

Medições preliminares sugerem que o núcleo do cometa ISON não terá mais de 5 a 6 quilômetros de diâmetro. Estas dimensões são surpreendentemente pequenas, tendo em conta o nível de atividade até agora observado.

No momento em que foram obtidas as imagens, a coma cometária apresentava cerca de 5 mil quilômetros de diâmetro, um pouco mais que o comprimento do Brasil, de norte a sul. A cauda de poeira estendia-se a mais de 91 mil quilômetros, muito além do campo de visão do Hubble.

Os cientistas vão agora usar estes novos dados para preverem com maior rigor o comportamento do cometa durante a sua passagem periélica no próximo dia 28 de Novembro. O cometa ISON deverá passar a cerca de 1,1 milhões de quilômetros da superfície do Sol, quando poderá tornar-se momentaneamente num objeto mais brilhante que a Lua Cheia. Posteriormente, se sobreviver à passagem periélica, o cometa passará a cerca de 64,2 milhões de quilômetros do nosso planeta. Espera-se que durante esse período o cometa se torne num dos mais brilhantes cometas das últimas décadas.

Fonte: NASA

sábado, 30 de março de 2013

A vasta cauda do cometa PanSTARRS

Para os observadores do hemisfério norte, o cometa PanSTARRS (C/2011 L4), mesmo se apagando continua acima do horizonte no lado oeste do céu, depois do pôr do Sol mas antes da Lua nascer.

cauda do cometa PanSTARRS

© Lorenzo Comolli (cauda do cometa PanSTARRS)

Com uma perspectiva do planeta Terra, ele continua revelando uma vasta cauda de poeira. Essa imagem de longa exposição do cometa, feita no dia 21 de Março de 2013, foi realçada para mostrar as impressionantes e sutis estrias na cauda do PanSTARRS, denominadas síncronas e syndynes. As síncronas traçam a localização dos grãos de poeira lançados do núcleo do cometa ao mesmo tempo e com velocidade zero. As sucessivas linhas síncronas estão separadas por um dia e começam na parte inferior, 10 dias antes da passagem do cometa pelo periélio em 10 de Março de 2013. As syndynes são linhas contínuas, e mostram a localização dos grãos de poeira de mesmo tamanho, também lançados com velocidade zero. Os grãos de poeira com largura de 1 mícron localizam-se ao longo da syndyne superior. A largura dos grãos aumenta no sentido anti-horário até grãos com 500 mícron de largura localizados ao longo da syndyne aproximadamente paralela à órbita do cometa. No modelo, as forças agindo nos grãos de poeira foram assumidas como sendo a gravidade e a pressão da luz do Sol. As estrias periódicas na cauda do PanSTARRS vistas tão de perto seguem as linhas síncronas do modelo. No dia 21 de Março de 2013, o cometa PanSTARRS estava a aproximadamente 180 milhões de quilômetros de distância. Nessa distância, essa foto teria quase que 4 milhões de quilômetros de largura.

Fonte: NASA

segunda-feira, 4 de março de 2013

O cometa PANSTARRS se aproxima

O cometa C/2011 L4 PANSTARRS foi descoberto no dia 6 de junho de 2011 em Haleakala no Havaí,  quando o objeto estava com magnitude 19.

cometa PANSTARRS

© Minoru Yoneto (cometa PANSTARRS)

O projeto PANSTARRS (Panoramic Survey Telescope and Rapid Response System) que tem por objetivo mapear constantemente o céu em busca de objetos próximos que possam apresentar risco de colisão com a Terra.

Esta é a primeira visita do cometa PANSTARRS pelo interior do Sistema Solar. Ele se formou há milhares de anos, possivelmente na região da Nuvem de Oort, grande reservatório de objetos gelados no extremo do Sistema Solar, sendo atraído ao aproximar da nossa estrela.

coma do cometa PANSTARRS

© Roger Groom (coma do cometa PANSTARRS)

Os registros do início de março de 2013 mostram que a coma tem se mostrado de aspecto quase estelar e avaliada com magnitude 2.

O cometa pode ser visto durante o crepúsculo vespertino e passa mais próximo da Terra na manhã de 5 de março de 2013, a aproximadamente 166 milhões de km. O periélio ocorrerá no dia 10 de março deste ano, quando o cometa ficará a cerca de 45 milhões de quilômetros do Sol.

Fonte: Cometas Blog

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Deep Impact capta imagem do cometa ISON

O cometa ISON foi descoberto pelos astrônomos russos Vitali Nevski e Artyom Novichonok em 21 de setembro de 2012. O nome dado foi o da instituição na qual os dois trabalham, a International Scientific Optical Network.

cometa ISON

© Deep Impact (cometa ISON)

A sonda Deep Impact da NASA capturou imagens do cometa C/2012 S1(ISON), que deve iluminar o céu da Terra até 2014 e poderá ser, devido as previsões do seu brilho, o "cometa do século"!

A sonda Deep Impact foi lançada em 2005 e já conseguiu um feito no estudo de cometas: em sua primeira missão, disparou um projétil que atingiu o cometa Tempel 1 para estudar os destroços liberados com o impacto. A Deep Impact observou também o cometa Hartley 2 em 2010 e o cometa C/2009 P1 (Garradd) em 2012.

A Deep Impact recentemente fez as imagens ao se concentrar no cometa em um período de 36 horas nos dias 17 e 18 de janeiro deste ano, quando o cometa ainda estava a cerca de 763 milhões de quilômetros do Sol. Em fevereiro, o cometa ISON cruzou a órbita de Júpiter.

O cometa ISON já tem uma cauda de 64 mil quilômetros de extensão, formada por poeira e gases. O corpo celeste deve passar muito perto do Sol em novembro e, acredita-se, poderá ser visto a olho nu com um brilho intenso na Terra, quem sabe até mesmo durante o dia.

"Esta parece ser a primeira viagem deste cometa para dentro do Sistema Solar, e ele deve passar muito mais perto do Sol do que a maioria dos cometas", afirmou o cientista Tony Farnham, da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.

As estimativas atuais dizem que o núcleo do ISON tem entre 1 e 10 km de diâmetro com muito gelo contendo compostos voláteis como amônia, monóxido de carbono, dióxido de carbono e metano congelados.

Por isso, este cometa irá fornecer uma nova oportunidade de ver como a poeira e o gás congelados desde o início de nosso Sistema Solar vão mudar e evoluir quando for muito aquecido durante sua primeira passagem perto do Sol.

No dia 28 de novembro, ocorrerá o periélio quando o cometa passará apenas a 0,0125 UA (Unidades Astrônomicas) do Sol, aproximadamente 1,875 milhões de quilômetros. Nesta data, devido às previsões, o cometa atingirá a magnitude –13, porém somente com 0,5 grau de elongação, consequentemente no pôr do Sol será possível ver a cauda do cometa. A máxima aproximação da Terra deve ocorrer no dia 26 de dezembro, quando estará a 60 milhões de km de distância.

Se o cometa sobreviver a esta passagem, deve se afastar do Sol ainda mais brilhante do que antes, mas as condições favoráveis dependerá da localização do observador.

No entanto, cometas são imprevisíveis, e o ISON poderá se desintegrar durante a passagem nas proximidades do Sol.

Vamos torcer para que desta vez surja no céu um cometa espetacular!

Fonte: NASA

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Cometa Lemmon muito mais brilhante

Este ano de 2013, pode ser chamado de o ano dos cometas.

cometa Lemmon

© Rolf Wahl Olsen (cometa Lemmon)

O C/2011 L4 PANSTARRS e o C/2012 S1 ISON estão sendo anunciados como os dois cometas com possibilidades de serem vistos a olho nu. Nos últimos meses, um terceiro cometa, o cometa C/2012 F6 Lemmon, está mais brilhante do que o esperado, e agora está com magnitude entre 6,2 e 6,5; que é abaixo do limite para a visibilidade a olho nu.

Ele foi descoberto por Alex Gibbs do Mount Lemmon Survey no Arizona em 23 de março de 2012. Naquela época, o cometa estava demasiado fraco com magnitude 21, e localizado cerca de 5 UA (Unidade Astronômica), ou seja, cinco vezes a distância da Terra ao Sol.

No dia 5 de fevereiro de 2013 o cometa atingiu sua máxima aproximação da Terra, com cerca de 1 UA, sendo melhor observado ao anoitecer no hemisfério sul através de binóculos.

O cometa Lemmon ostenta uma impressionante coma verde limão e uma cauda fraca dividida. A tonalidade esverdeada gerada na coma vem do gás cianogênio (CN) e carbono diatômico (C2) fluorescentes na luz solar.

Se esta tendência de aumento de brilho continuar, o cometa poderá se tornar visível a olho nu ainda este mês, mas provavelmente não tão brilhante como as previsões para os cometas PANSTARRS e ISON.

O periélio (a máxima aproximação do Sol) do cometa Lemmon acontecerá em 24 de março de 2013, com uma distância de 0,73 UA, que é um pouco menor do que o da órbita da Terra em torno do Sol. Nesta ocasião o cometa deve atingir seu máximo brilho, com previsão de magnitude 4. Até maio de 2013, os observadores com telescópios em ambos os hemisférios podem ser capazes de vislumbrar sua aparição. Em junho de 2013, o cometa estará com magnitude 10 na constelação de Andrômeda,  seguindo sua jornada.

Fonte: EarthSky

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Descoberta aumenta número de exocometas

A descoberta de um novo grupo de cometas que orbitam estrelas distantes, anunciada na reunião semestral da Sociedade Astronômica Americana, quase triplica o número desses corpos celestes conhecidos.

ilustração de cometas fora do Sistema Solar

© BBC Brasil (ilustração de cometas fora do Sistema Solar)

O primeiro chamado "exocometa" foi descoberto em 1987, mas desde então apenas mais três haviam sido encontrados.

Mas no encontro realizado nesta semana na Califórnia, o astrônomo americano Barry Welsh deu detalhes sobre mais sete desses cometas. A possibilidade de provar que os cometas são comuns no Universo tem implicações sobre seu possível papel de levar água ou até mesmo partículas que podem gerar vida aos planetas.

Corpos celestes como o Cometa Halley, que faz um caminho longo e elíptico, passando perto do Sol a cada 75 anos, são conhecidos pelas longas caudas de gás e detritos que aparecem quando eles se aproximam de suas estrelas hospedeiras. Foram essas caudas que Welsh e sua colaboradora Sharon Montgomery mediram, usando imagens do observatório McDonald, no Texas.

As caudas dos exocometas absorvem uma pequena fração da luz de suas estrelas hospedeiras, e a absorção muda com o tempo, conforme os cometas aceleram ou desaceleram. Com uma observação paciente, a dupla verificou a existência de sete novos cometas de fora do Sistema Solar.

No nosso Sistema Solar, muitos cometas vêm do cinturão de Kuiper, um disco de detritos localizado além da órbita de Netuno, e da nuvem de Oort, um disco de detritos ainda maior e mais distante. Welsh explicou que esses discos são "sobras" características da formação de planetas.

Mas algo precisa perturbar a órbita dos cometas para colocá-los na direção de sua estrela hospedeira. Apesar de colisões entre cometas serem capazes disso, acredita-se que a gravidade dos planetas próximos fazem esse trabalho. De fato, em 1987, quando o primeiro exocometa foi observado em torno da estrela Beta Pictoris, surgiu a hipótese de que um planeta podia ser responsável por sua órbita, e em 2009 um planeta gigante foi encontrado por lá.

Nos últimos anos tem havido um foco maior sobre os exoplanetas, com o anúncio de 461 novos candidatos a serem reconhecidos como planetas, e a possibilidade da existência de bilhões desses planetas com tamanho semelhante à Terra.

O novo estudo ajuda a esclarecer a relação entre esses planetas e os discos de detritos de seus locais de origem. Isso pode ajudar também a compreensão da formação do nosso próprio Sistema Solar.

"Parece que o processo de construção de planetas é muito semelhante em muitos casos, e para provar isso você precisa olhar não somente o produto final, mas também as coisas das quais eles são feitos", observa Welsh. A descoberta de mais cometas também aumenta a possibilidade de que eles tenham um papel importante no transporte de materiais.

"Há duas teorias: uma é de que os cometas antigos no nosso Sistema Solar levaram gelo aos planetas e que esse gelo derreteu e formou os oceanos", relata Welsh. "A outra, talvez um pouco mais rebuscada, é que as moléculas orgânicas nos cometas eram as sementes da vida nos planetas. E se os cometas são tão comuns em todos os sistemas planetários, então talvez a vida também seja", diz.

Fonte: BBC Brasil

sábado, 27 de outubro de 2012

A ruptura do cometa 168P/Hergenrother

O cometa 168P/Hergenrother, ao longo das últimas semanas,tem estado sob escrutínio intenso devido ao seu comportamento estranho,  ou seja, um aumento de magnitude 6 em seu brilho em questão de poucas noites.

cometa Hergenrother e seu fragmento

© Observatório Remanzacco (cometa Hergenrother e seu fragmento)

Simultaneamente, a condensação do centro tornou-se efetivamente mais brilhante e nítida, enquanto a coma aumentou seu tamanho.

No dia 1 de Outubro de 2012 o cometa efetuou sua maior aproximação do Sol (1,4 UA). Alguns observadores especularam que o calor gerado pelo Sol tinha feito com que o frágil cometa se quebrasse. No dia 26 de Outubro de 2012, um grupo de astrônomos descobriram uma evidência que pode ser usada para suportar tal ideia. Usando remotamente o telescópio Faulkes North no observatório Heleakala, no Havaí, Ernesto Guido e sua equipe detectaram a fragmentação do cometa Hergenrother.

As imagens feitas no dia 26 de Outubro de 2012 revelam a presença de um núcleo secundário, ou um fragmento, a aproximadamente dois arcos de segundo distante da principal condensação do cometa. Isso é provavelmente um pedaço rochoso de gelo que está emergindo da nuvem de gás e poeira que envolve o núcleo principal. Os cometas são objetos frágeis, assim não é nenhuma surpresa que o cometa está sofrendo uma ruptura.

Fonte: Observatório Remanzacco

sábado, 6 de outubro de 2012

Fase brilhante do cometa 168P/Hergenrother

De acordo com relatórios emitidos por um número de observadores de vários fóruns de astronomia, o cometa 168P/Hergenrother está atualmente experimentando uma fase brilhante: ao longo de várias noites, aumentou em brilho por diversos valores, atingindo uma magnitude visual total de aproximadamente 8.

cometa 168P/Hergenrother

© Observatório Remanzacco (cometa 168P/Hergenrother)

A equipe de astrônomos do Observatório Remanzacco realizaram algumas observações remotamente do cometa, entre 26 de setembro e 3 de outubro de 2012, através do Telescópio Faulkes do Sul, no Siding Spring.
Inspecionando as nossas imagens obtidas em 26 de setembro, o cometa mostra uma condensação central, medindo cerca de 3". O estado da coma total foi atribuído a um diâmetro de cerca de 1,7'. Em 3 de outubro, a condensação central cresceu a 8" e o diâmetro total foi de quase coma 3'. É interessante notar como, além do crescimento do tamanho da condensação central, também a sua aparência mudou, aparecendo bastante acentuada em 26 de setembro, e um pouco tênue em 3 de outubro.
Subtraindo as duas imagens de 26 de setembro de 3 de Outubro, a evolução da condensação central tornou-se evidente. Até certo ponto, a diferença pode ser devida a uma ligeira mudança nos ângulos de perspectiva (por exemplo, o seu ângulo de fase passados ​​10-13 graus), no entanto considera-se que uma parte do que se vê no painel, é uma verdadeira evolução da condensação central devido a sua fase ativa.

diferença entre as imagens

© Observatório Remanzacco (diferença entre as imagens)

Os dados fotométricos suporta a evolução observada: nossos dados Afrho em 26 de setembro mostra um pico de cerca de 670 +/- 100 cm de 2,230 km do centro da imagem, enquanto em 03 de outubro medimos uma afrho de 1210 +/- 150 cm pico com um raio de cerca de 3.000 km do centro da imagem. Isto parece indicar um aumento de duas vezes da atividade Afrho dentro da condensação central, numa questão de uma semana, bem como a recessão aparente do pico de atividade a partir da condensação central.

A expressão Afρ (Afrho), foi uma quantidade introduzida por Michael A'Hearn em 1984 (AJ 89, 579, 1984) com o objetivo de comparar as medições relativas à poeira sob diferentes condições de observação, de tempo e de instrumentos.
Além de outros parâmetros envolvidos no cálculo, o termo Afρ significa: o albedo "A" (a refletividade dos grãos), o fator de enchimento "f" e "ρ" (a letra grega "rho"), que é o raio da coma (geralmente em km) sob investigação.

evolução do parâmetro Afrho

© Observatório Remanzacco (evolução do parâmetro Afrho)

A mudança no perfil fotométrico da coma também é óbvia, a partir da comparação entre os dois painéis, com o gráfico de 3 de outubro significativamente mais largo e menos inclinada, comparada com o de 23 de Setembro.
Os dados científicos confirmam que atualmente o cometa 168P/Hergenrother está vivo e bastante ativo.

Fonte: Observatório Remanzacco

terça-feira, 2 de outubro de 2012

O futuro brilhante do cometa ISON?

Poderá o ponto apagado da imagem se tornar um dos cometas mais brilhantes da história? É possível. Por outro lado, o cometa poderá se quebrar quando chegar perto do Sol, ou brilhar modestamente.

posição do cometa ISON

© Rolando Ligustri (posição do cometa ISON)

Contudo, as especulações mais otimistas dizem que o recém-descoberto cometa, denominado C/2012 S1 (ISON) poderá desenvolver uma cauda espetacular ou ter seu brilho aproximadamente igual ao da Lua Cheia no final de 2013.

O cometa ISON atualmente está muito apagado sendo visível com uma magnitude de 18, como mostrado na imagem acima. O cometa, descoberto a pouco mais de uma semana atrás na Rússia, por Vitali Nevski (Bielorusia) e Artyom Novichonok (Rússia), está atualmente se aproximando em direção ao Sol e atualmente está entre as órbitas de Júpiter e Saturno. No começo de Outubro de 2013, ele passará perto de Marte e possivelmente será visível pelos rovers e pelas sondas que lá estão. O cometa ISON aparentemente está em curso rasante em torno do Sol, chamdo de cometa sungrazer, ele passará no final de Novembro de 2013 a cerca de 1,1 milhão de km da superfície visível do Sol, o que pode significar o fim para o cometa. Se por acaso ele sobreviver a sua passagem pelo Sol ele irá passar perto da Terra no final de Dezembro de 2013, e poderá ser um dos mais brilhantes já observados, possivelmente mil vezes mais brilhante que Vênus e quase tanto quando a Lua Cheia. Os astrônomos em todo o mundo irão rastrear essa grande e suja bola de gelo com mais atenção para melhor entender sua natureza e prever como ela pode se desenvolver nos próximos 15 meses.

O gráfico apresentado abaixo foi gerado com o software Orbitas e mostra a magnitude prevista para o cometa (em vermelho) versus sua elongação.

gráfico da magnitude x elongação do cometa ISON

© Orbitas (gráfico da magnitude x elongação do cometa ISON)

O cometa ISON será facilmente visto durante meses no hemisfério norte, enquanto se aproxima da nossa estrela. Na parte debaixo do Equador, a visão fica mais complicada, somente parte da cauda poderá ser vista em algumas regiões.

Se sobreviver à passagem pelo Sol, o objeto deve chegar a 60 milhões de km da Terra em 26 de dezembro de 2013. Acredita-se que ele se originou na Nuvem de Oort e que existe uma pequena possibilidade de ele já ter passado por aqui antes. Um grande cometa em 1680 foi observado com uma órbita muito similar a este.

Ainda não é possível saber como vai ser o cometa. Esperamos que seja deslumbrante!

Fonte: NASA

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Novo cometa com aparência asteroidal

A União Astronômica Internacional (IAU) confirmou a presença de um cometa próximo da Terra. A descoberta foi feita pelo Observatório Astronômico de Maiorca (OAM), na Espanha, que foi denominado como P/2012 NJ (La Sagra).

órbita do cometa recentemente descoberto

© OAM (órbita do cometa recentemente descoberto)

O trigéssimo primeiro cometa descoberto no ano foi visto no dia 16 de julho de 2012 através de um telescópio robótico de vigilância espacial deste centro.

Inicialmente, a IAU classificou o objeto como 'asteróide próximo da Terra' (NEO – Near Earth Object), mas dois dias mais tarde, astrônomos do Instituto de Investigação Planetária do Centro Aeroespacial alemão (DLR - Deutschen Zentrums für Luft- und Raumfahrt), fizeram observações de alta resolução e perceberam que se tratava de um cometa quando detectaram uma cauda incipiente de escassos quilômetros.

A descoberta foi reclassificada como Near Earth Comet (NEC). Este cometa tem um núcleo de aproximadamente 10 quilômetros e as primeiras medições apontam para uma velocidade de rotação de 13 horas e um período orbital em torno do Sol de 22,3 anos.

O cometa foi detectado a 45 milhões de quilômetros da Terra com 14,3 de magnitude, com um brilho considerável e que facilitará o seu seguimento astrométrico e espectrográfico durante os próximos meses.

Esse estudo permitirá conhecer melhor a evolução dos cometas ativos, que têm grande quantidade de elementos voláteis, produzindo grandes caudas, e dos cometas já extintos, que depois de passarem muitas vezes perto do Sol vão perdendo gelo e gás, ficando com uma aparência asteroidal, como é o caso deste.

O P/2012 NJ é o sexto cometa descoberto pelo Observatório Astronômico de Maiorca, que também já fez outros achados consideráveis: mais de seis mil asteróides, estrelas variáveis, estrelas novas na galáxia de Andrômeda e até 16 supernovas extragalácticas.

Fonte: OAM

quinta-feira, 15 de março de 2012

O último suspiro do cometa Swan

Quando a mancha solar 1429 produzia uma nova emissão de partículas, detectores a bordo do satélite de observação SOHO da NASA registravam um novo cometa prestes a ser dizimado pelo Sol.
© NASA/SOHO (cometa Swan em direção ao Sol)
A imagem foi captada pelo coronógrafo Lasco C2, a bordo do telescópio espacial SOHO.
O cometa Swan não resistiu à passagem periélica. O cometa foi aniquilado pelo calor da estrela, lançando ao espaço milhares de toneladas de material cometário varrido pelo vento solar.
Às 22h00 GMT do dia 14 de março, o cometa Swan penetra no disco solar, e o Sol transformou o cometa numa nuvem de poeira cósmica, quando o cometa se aproximou a cerca de 120 mil km da superfície solar.
Duarante a aproximação do cometa observa-se a ocorrência de sublimação do material cometário na alta atmosfera solar, quando seu núcleo se rompe e passa instantaneamente do estado sólido para o estado gasoso. O material constituinte, predominantemente hidrogênio e oxigênio, é soprado pela ação do vento solar, que aniquilou o cometa.
Fonte: NASA

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

As duas caudas opostas do cometa Garradd

O cometa Garradd recentemente apresenta duas caudas opostas.

Cometa Garradd_Robert Polzl

© Robert Pölzl (cometa Garradd)

Visível à esquerda está a cauda de poeira do cometa Garradd que é composta de gelo e poeira que segue o cometa em sua órbita ao redor do Sol. Visível à direita, está a cauda de íon do cometa Garradd que é composta de gás ionizado e é soprada diretamente contra o Sol pelo vento solar. A maioria dos cometas mostram duas caudas, embora não seja comum que elas apareçam em direções opostas. O cometa Garradd atualmente mostra caudas opostas devido a uma visão angular intermediária oportuna da Terra. Tonalidades sutis mostradas na imagem acima, registrada na última semana, mostra a cauda de poeira com um brilho levemente amarelo já que seus grandes grãos refletem a luz do Sol de forma acromática, enquanto que a cauda de íon brilha com uma tonalidade levemente azul já que os íons de monóxido de carbono refletem a luz do Sol de forma mais eficiente. No centro, ao redor do núcleo do cometa, está a coma levemente colorida de verde, que mostra essa coloração graças a uma mistura de poeira e gases que inclui cianogênio que emite a luz verde. Embora, agora esteja se afastando do Sol, o cometa Garradd fará sua maior aproximação da Terra na próxima semana.

Fonte: NASA