domingo, 17 de novembro de 2013

Aumento repentino de brilho do cometa ISON

O cometa C/2012 S1 ISON já está visível a olho nu em locais de baixa luminosidade, devido a um incremento substancial em seu brilho.

cometa ISON

© Adam Block (cometa ISON)

Este aumento súbito de brilho (outburst) de um cometa pode ocorrer devido à perda abrupta de massa em um intervalo de tempo muito curto. A sublimação de material ejeta ao espaço muita água e poeira aumentando o tamanho da coma, o que faz o cometa brilhar ainda mais próximo do Sol.
A ejeção de jatos de gás em todas as direções provoca a rotação do cometa expondo novas camadas de rocha à radiação solar. Estes fatores poderão induzir a uma ruptura do cometa na passagem periélica, que ocrrerá no dia 28 de novembro deste ano, quando o cometa passará pela superfície borbulhante do Sol a uma distância de cerca de um milhão de quilômetros. O núcleo de gelo e rochado cometa, cujo diâmetro é estimado entre dois e cinco quilômetros, será submetido a forças de maré gigantescas e a um calor brutal.
A seguir uma é vista uma animação da órbita do cometa ISON efetuada no software Solar System Scope.
 

© Solar System Scope (órbita do cometa ISON)

Em 27 de dezembro o cometa atinge o seu ponto de maior aproximação com a Terra, passando a uma distância de 64 milhões de quilômetros.
Para o astrônomo Emmanual Jehin, da Universidade de Liège, na Bélgica, utilizando o telescópio robótico TRAPPIST (TRAnsiting Planets and PlanetesImals Small Telescope), em La Silla, Chile, verificou que esse incremento de intensidade nas últimas noites, resultou no dobro da produção do material que vinha sendo ejetado pelo cometa, numa taxa de 2x1028 moléculas/segundo. Agora, podemos observar emissão de jatos na banda de OH (hidroxila), no mesmo local das de CN (cianogênio) e de C2 (carbono diatômico).
A imagem abaixo mostra a localização do cometa ISON, as 5:30 hs(horário de verão). Ele estará numa linha imaginária entre o planeta Marte e a estrela Spica, com baixa elongação e próximo do horizonte.

localização do cometa ISON
© Cartes du Ciel (localização do cometa ISON)

Nesta manhã de domingo (17/11), o cometa ISON estará na 5ª magnitude. Na região sudeste do Brasil estará visível apartir das 4:30 hs, e poderá ser visto até as 6:30 hs quando o Sol surgirá. Estas aparições no alvorecer deverão ser mais expressivas até o periélio, atingindo a magnitude –6.
 
Fonte: Cometas Blog

domingo, 3 de novembro de 2013

Um trio atual de cometas brilhantes

Uma excursão sob o céu permitirá observar um trio de cometas neste final de ano. Os cometas em questão são: 2P/Encke, C/2012 S1 (ISON) e C/2013 R1 (Lovejoy).

trio de cometas

© Cartes du Ciel (trio de cometas)

Uma vez que é raro ter três cometas relativamente brilhantes no mesmo pedaço de céu, ao mesmo tempo, você não vai querer perder esta oportunidade, agora que a Lua está na fase Nova, para observar estes astros.

O cometa Lovejoy foi descoberto em 7 de setembro de 2013 por Terry Lovejoy (Austrália). Na ocasião o objeto estava com magnitude 14. Atualmente com magnitude 8, poderá ser visto através de binóculos de 50 mm. Usando os mapas celestes, procure uma mancha difusa com um centro brilhante não muito longe da estrela brilhanteProcyon na constelação de Cão Menor. Nos próximos dias, Lovejoy vai iluminar com um adicional de 2 a 3 magnitudes, em direção à constelação de Câncer. Lovejoy provavelmente poderá ser visto a olho nu, em meados de novembro. Usuários com pequeno telescópio pode ver o cometa com facilidade, mas o desenvolvimento de sua cauda de gás ainda é fraco para detectar visualmente. Na segunda quinzena de novembro o cometa se encontrará na constelação de Leão Menor e possivelmente atingirá a magnitude 5.

cometa Lovejoy

© Gerald Rhemann (cometa Lovejoy)

Enquanto isso, o cometa Encke que translada ao redor do Sol a cada 3,3 anos. O cometa foi descoberto em 17 de janeiro de 1786 por Pierre Méchain. As estimativas atuais apontam uma magnitude 7, também poderá ser visto através de binóculos de 50 mm. Na manhã de 1º de novembro ele estará na constelação da Virgem, visível antes do Sol nascer. O brilho total deverá atingir a magnitude 7, porém sua altura será de apenas 10 graus acima do horizonte. No periélio, em 21 de novembro, o cometa Encke deverá atingir a magnitude 5.

cometa Encke

© Damian Peach (cometa Encke)

O outro astro que compõe o trio, é o cometa ISON. Ele foi descoberto pela equipe do Observatório ISON (International Scientific Optical Network), localizado em Kislovodsk, na Rússia, através dos observadores V. Nevski e A. Novichonok, no dia 21 de setembro de 2012 quando o objeto estava com magnitude 18. Agora está com magnitude 9. Observadores com binóculos na faixa de 70-100 mm vai vê-lo sob um céu escuro, mas no início de novembro será necessário um alcance de pelo menos 6 polegadas.

cometa ISON

© Michael Jäger (cometa ISON)

Especula-se, através de análise fotométrica,  que o cometa ISON sofrerá uma desintegração durante sua trajetória de aproximação do Sol. O pesquisador  Zdenek Sekanina publicou um artigo em outubro, analisando dois cometas oriundos da Nuvem de Oort, com propriedades semelhantes ao cometa C/2012 S1. O cometa C/1962 C1 Seki-Lines que passou a 0,0314 UA do Sol e o cometa C/2002 O4 Hönig, que passou a 0,776 UA. Apesar de estar mais próximo do Sol naquele momento, somente o cometa Seki-Lines sobreviveu à passagem periélica.

Pouco antes do razante solar, o ISON poderá chegar magnitude 3 em torno de 21 de novembro, normalmente uma presa fácil a olho nu, mas com baixa altitude que prejudicará a visão. Logo após, ocorrerá uma conjunção entre os cometa 2P/Encke e o C/2012 S1 ISON, que está prevista para ocorrer nos dias 24 e 25 de novembro. Se o cometa ISON pemanecer íntegro à passagem periélica em 28 de novembro, quando deve passar apenas 0,0124 UA do Sol, alcançando a magnitude –6, e com aproximadamente 0,5 grau de elongação  propiciará a visão de sua cauda se pondo no horizonte.

Fonte: REA e Universe Today

sábado, 2 de novembro de 2013

Outburst do cometa C/2012 X1 (LINEAR)

Em 21 de outubro 2013, ocorreu uma explosão de brilho (outburst) do cometa C/2012 X1 (LINEAR).

cometa C/2012 X1 (LINEAR)

© Gianluca Masi (cometa C/2012 X1 em 25/10/2013)

A magnitude do cometa era 8,5 em 20 de outubro, quando foi medida por Hidetaka Sato, com um brilho central de cerca de 10" de diâmetro. A previsão para a magnitude absoluta H10 para o cometa C/2012 X1 (LINEAR) seria em torno de 14 agora. Este cometa foi descoberto em 8 de dezembro de 2012 pela equipe do LINEAR (Lincoln Near Earth Asteroid Research), com a magnitude 19. Segundo os elementos orbitais iniciais este cometa alcançaria apenas a magnitude 11 em fevereiro de 2014.

Recentemente, o cometa C/2012 X1 (LINEAR) apresentou uma taxa de expansão de poeira semelhante à do cometa 17P/Holmes ocorrida em 2007.

cometa 17P/Holmes

© Michael Jäger (cometa 17P/Holmes em 27/11/2007)

Foi realizado um acompanhamento das medições deste objeto, no dia 21 outubro, por Ernesto Guido, Nick Howes e Martino Nicolini do Observatório Remanzacco, onde calcularam a taxa de expansão de poeira do cometa C/2012 X1 (LINEAR) comparando com à do cometa 17P/Holmes.

C/2012 X1 (LINEAR)

© E. Guido, N. Howes e M. Nicolini (cometa C/2012 X1)

No momento da sessão de imagens com exposições não filtradas, obtidas remotamente a partir iTelescope Observatory, no Novo México, o cometa estava apenas a 16 graus acima do horizonte e o Sol a -11 graus. O cometa C/2012 X1 (LINEAR) apresenta uma morfologia semelhante ao outburst do cometa 17P/Holmes: o diâmetro da coma do é de cerca de 105" e a forte condensação central é de aproximadamente 15" de diâmetro, com magnitude aproximadamente 11.

filtro MCM

© E. Guido, N. Howes e M. Nicolini (filtro MCM)

A imagem acima mostra uma elaboração da imagem original com o filtro MCM (Median Coma Model). Este filtro cria um coma artificial, com base na fotometria da imagem original, e subtrair a própria imagem original, a fim de destacar as zonas internas do brilho diferente, que estão muito próximos do núcleo interior, e que seriam normalmente escondido da luz difusa do cometa. 
O diâmetro da coma aumentou de 113 para 202 arcseg (segundos de arco) em cerca de 88 horas (3,66 dias). Isto corresponde a uma velocidade radial projetada de 1,01 arcseg/hora (ou 24,3 arseg/dia) e, a uma distância de 2,95 UA, com velocidade de cerca de 0,6 km/s. Podemos comparar esta velocidade com a do 17P/Holmes durante o seu outburst de 2007, onde a taxa de expansão de poeira, também projetada no plano do céu, foi de cerca de 0,554 +/- 0,005 km/s 25 de outubro a 1 novembro, conforme artigo publicado por por Yi Lin et al. no periódico The Astronomical Journal.

curva de luz

© Seichii Yoshida (curva de luz do cometa C/2012 X1)

Atualmente, o astro não é visível na maior parte do Brasil, mas caso seu brilho continue a aumentar existe uma chance de observarmos este cometa a partir da última semana de janeiro de 2014 ao amanhecer na constelação de Ofiúco, talvez com magnitude 6, conforme previsão de Seichii Yoshida.

Fonte: Observatório Remanzacco

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Um belo cometa do tipo Sungrazer

Arquenando rumo ao seu destino fatal, o Cometa de Natal SOHO 6, classificado como Sungrazer (rasante solar)  foi registrado pelo instrumento Large Angle Spectrometric COronagraph (LASCO) da sonda SOHO no dia 23 de Dezembro de 1996.

cometa de Natal SOHO 6

© NASA/ESA/SOHO (cometa de Natal SOHO 6)

Este cometa, o sexto descoberto pela sonda SOHO, passou a apenas 0,0049293 UA do centro do Sol e não sobreviveu à passagem.

O LASCO usa um disco de ocultação parcialmente visível na parte inferior direita da imagem, para bloquear o disco solar permitindo que se possa fazer imagens da apagada coroa interna do Sol dentro de 8 milhões de quilômetros. O cometa é visto enquanto sua coma entra na região equatorial do vento solar brilhante (orientado verticalmente). Posicionado no espaço e observando o Sol de maneira contínua, o SOHO já foi usado para descobrir mais de 2.500 cometas, incluindo numerosos cometas do tipo Sungrazers. Com base em suas órbitas, acredita-se que a grande maioria pertence à chamada Família Kreutz de cometas Sungrazers, criados por sucessivas quebras de um único e grande cometa progenitor que passou muito perto do Sol no século doze. Passando bem perto do Sol, os cometas do tipo Sungrazers, estão sujeitos a forças de marés destrutivas somadas ao intenso calor do Sol.

O Grande Cometa de 1965, o Ikea-Seki, também era um membro da Família Kreutz, e passou a cerca de 650.000 quilômetros de distância da superfície do Sol.

cometa ISON

© Hubble (cometa ISON)

Embora dois cometas nunca sejam exatamente iguais, o cometa ISON parece ter similaridades notáveis do Cometa Kirch, também chamado de o Grande Cometa de 1680. Como o cometa ISON, que está se aproximando, o cometa Kirch, foi um brilhante cometa do tipo Sungrazer. Nenhum desses dois cometas, coincidentemente, é um membro do grupo mais comum desses objetos, a Família Kreutz. No final desse ano, cujo periélio será no dia 28 de Novembro, o cometa ISON, potencialmente o cometa do tipo Sungrazer mais brilhante já registrado na história, é esperado que sobreviva ao seu encontro com o Sol.

Fonte: NASA

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Corpo celeste asteroidal é um cometa

Durante 30 anos, acreditava-se que um grande objeto próximo da Terra, denominado 3552 Don Quixote, era um asteroide.

a coma e a cauda do Don Quixote

© Spitzer (a coma e a cauda do Don Quixote)

Agora, porém, astrônomos descobriram que o terceiro maior corpo celeste do tipo com órbita entre o Sol e o nosso planeta, com quase 19 quilômetros de diâmetro, é na verdade um cometa, ou seja, uma mistura de gelo, gases congelados e poeira que pode ajudar a resolver a questão da origem da água da Terra.

Cerca de 5% dos objetos com órbitas próximas da Terra são cometas chamados “mortos”, isto é, que perderam toda sua água e dióxido de carbono congelado ao formarem suas comas (a nuvem em volta do núcleo) e caudas ao longo de bilhões de anos de aproximações com o Sol, deixando para trás apenas um núcleo rochoso que se parece com um asteroide. Mas Don Quixote ainda é um cometa ativo, como mostraram observações com o telescópio espacial infravermelho Spitzer da NASA.

O 3552 Don Quixote foi descoberto em 26 de setembro de 1983 por Paul Wild. “Don Quixote sempre foi conhecido como algo estranho”, afirmou Joshua Emery, professor da Universidade do Tennessee e um dos integrantes da pesquisa.

Sua órbita o leva próximo à Terra, mas também até além de Júpiter. E uma órbita grande como esta é similar à de um cometa, não à de um asteroide, que tende a ser mais circular, por isso foi cogitado que ele poderia ser um cometa que perdeu todo o seu depósito de gelo. O corpo celeste apresenta um albedo de 0,03.

Os pesquisadores então reexaminaram imagens de Don Quixote feitas pelo Spitzer em 2009, quando ele estava na parte da órbita mais próxima do Sol, e descobriram que ele tinha uma coma e uma cauda. Emery também reviu observações feitas em 2004, quando o cometa estava mais distante do Sol, e determinou que sua superfície é composta de pó de silicato, similar à de um cometa. Ele também notou que Don Quixote não tinha coma ou cauda a esta distância, o que é comum em cometas, já que precisam da radiação do Sol para formar a coma e do vento solar para formar a cauda.

A descoberta da verdadeira natureza de Don Quixote reforça a hipótese defendida por alguns cientistas de que grande parte da água da Terra veio do impacto de cometas com o planeta ao longo de bilhões de anos. Mesmo com pouco material volátil restante, o Don Quixote ainda conteria cerca de 100 bilhões de toneladas de água, o suficiente para encher um grande lago como o Tahoe, na fronteira entre os estados americanos de Califórnia e Nevada, com área de quase 500 quilômetros quadrados.

A descoberta foi apresentada esta semana no European Planetary Science Congress, em Londres.

Fonte: Jet Propulsion Laboratory

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Spitzer observa emissão de gás no cometa ISON

Astrônomos usando o telescópio espacial Spitzer da Nasa observaram fortes emissões de dióxido de carbono no cometa ISON.

cometa ISONcometa ISON

© NASA/Spitzer (cometa ISON)

A imagem acima mostra à esquerda, no comprimento de onda de 3,6 micrômetros, a emissão de partículas de poeira formando uma cauda notável. À direita vê-se uma imagem no comprimento de onda de 4,5 micrômetros, à qual foi subtraída a estrutura da cauda visível, mostrando uma nuvem esférica de gás, provavelmente composta majoritariamente por dióxido de carbono, em torno do núcleo do cometa e que o encobre completamente. As cores são faseadas, foram usadas apenas para facilitar a visualização das estruturas referidas.

O dióxido de carbono é considerado o gás que alimenta a emissão para a maioria dos cometas entre as órbitas de Saturno e cinturão de asteroides. As observações foram feitas em infravermelho no dia 13 de Junho, e revelaram que o cometa ISON libertava diariamente 1 milhão de kilogramas de dióxido de carbono e 54 milhões de kilogramas de poeira. Na ocasião o cometa estava a 3,35 UA, cerca de 500 milhões de quilômetros do Sol, e apresentava uma cauda 300 mil quilômetros de comprimento.

O Comet ISON, conhecido oficialmente como C/2012 S1, possui um diâmetro inferior a 4,8 km de diâmetro e tem uma massa entre 3,2 bilhões e 3,2 trilhões de kilogramas). A localização do cometa ainda está muito longe, por isso o seu verdadeiro tamanho e densidade não foram determinados com precisão.

No final deste mês o cometa atravessa, entre Marte e Júpiter, a taxa de sublimação da água, a sua atividade e visibilidade deverão aumentar dramaticamente, cuja ápice ocorrerá na passagem periélica em 28 de Novembro deste ano, quando passará apenas a 1,16 milhões de quilômetros do Sol.

Fonte: NASA

domingo, 26 de maio de 2013

A anticauda do cometa PanSTARRS

É  possível observar uma magnífica anticauda do cometa PanSTARRS (C/2011 L4) durante sua  aproximação do plano da órbita do planeta Terra.

anticauda do cometa PanSTARRS em 21/05

© Damian Peach (anticauda do cometa PanSTARRS em 21/05)

A cauda trilha ao longo da órbita do cometa, uma vez que deixa o Sistema Solar interior para trás. Uma perspectiva quase de lado próximo do plano orbital da trajetória do cometa aumenta a visão da anticauda e parece apontar na direção do Sol, aparentemente contrária ao comportamento de caudas de poeira de cometas, que são empurradas para fora pela pressão da luz solar.

anticauda do cometa PanSTARRS em 23/05

© Joseph Brimacombe (anticauda do cometa PanSTARRS em 23/05)

Os longos e estreitos trechos da anticauda à direita da imagem acima perfazem quase 4 graus ou cerca de 8 vezes o tamanho angular da lua cheia. Varrendo o extremo norte nos céus do planeta Terra, o cometa é visto a noite toda na maior parte do hemisfério norte, mas agora com o luar brilhante interfere na sua visibilidade. A anticauda do cometa PanSTARRS é uma das mais longas desde o aparecimento do cometa Arend-Roland em 1957.

cometa Arend-Roland

© Cometografia/K. W. Schrick (cometa Arend-Roland)

Ainda esta semana em 26-27 de maio, a Terra vai passar diretamente através do plano orbital do cometa, que corta o plano dos planetas em um ângulo muito íngreme. No final de maio, o Cometa PanSTARRS irá passar  a poucos graus do polo celestial norte.

Fonte: NASA

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Hubble captou imagem do cometa ISON

O cometa C/2012 S1 (ISON) encontrava-se a pouco mais de 621 milhões de quilômetros do Sol quando o telescópio espacial Hubble captou esta magnífica imagem.

cometa ISON

© Hubble (cometa ISON)

Esta imagem foi obtida no dia 10 abril deste ano. Viajando a uma distância ligeiramente mais próxima que a órbita de Júpiter, a uma velocidade aproximada de 75 mil km/s, o cometa exibe já uma intensa atividade na superfície do seu núcleo, resultante do aquecimento provocado pela radiação solar, e consequente sublimação dos compostos voláteis aprisionados no seu interior. Através das imagens obtidas pelo Hubble, os cientistas conseguiram identificar jatos gasosos expelindo partículas de poeira na face do núcleo voltada para o Sol.

Medições preliminares sugerem que o núcleo do cometa ISON não terá mais de 5 a 6 quilômetros de diâmetro. Estas dimensões são surpreendentemente pequenas, tendo em conta o nível de atividade até agora observado.

No momento em que foram obtidas as imagens, a coma cometária apresentava cerca de 5 mil quilômetros de diâmetro, um pouco mais que o comprimento do Brasil, de norte a sul. A cauda de poeira estendia-se a mais de 91 mil quilômetros, muito além do campo de visão do Hubble.

Os cientistas vão agora usar estes novos dados para preverem com maior rigor o comportamento do cometa durante a sua passagem periélica no próximo dia 28 de Novembro. O cometa ISON deverá passar a cerca de 1,1 milhões de quilômetros da superfície do Sol, quando poderá tornar-se momentaneamente num objeto mais brilhante que a Lua Cheia. Posteriormente, se sobreviver à passagem periélica, o cometa passará a cerca de 64,2 milhões de quilômetros do nosso planeta. Espera-se que durante esse período o cometa se torne num dos mais brilhantes cometas das últimas décadas.

Fonte: NASA

sábado, 30 de março de 2013

A vasta cauda do cometa PanSTARRS

Para os observadores do hemisfério norte, o cometa PanSTARRS (C/2011 L4), mesmo se apagando continua acima do horizonte no lado oeste do céu, depois do pôr do Sol mas antes da Lua nascer.

cauda do cometa PanSTARRS

© Lorenzo Comolli (cauda do cometa PanSTARRS)

Com uma perspectiva do planeta Terra, ele continua revelando uma vasta cauda de poeira. Essa imagem de longa exposição do cometa, feita no dia 21 de Março de 2013, foi realçada para mostrar as impressionantes e sutis estrias na cauda do PanSTARRS, denominadas síncronas e syndynes. As síncronas traçam a localização dos grãos de poeira lançados do núcleo do cometa ao mesmo tempo e com velocidade zero. As sucessivas linhas síncronas estão separadas por um dia e começam na parte inferior, 10 dias antes da passagem do cometa pelo periélio em 10 de Março de 2013. As syndynes são linhas contínuas, e mostram a localização dos grãos de poeira de mesmo tamanho, também lançados com velocidade zero. Os grãos de poeira com largura de 1 mícron localizam-se ao longo da syndyne superior. A largura dos grãos aumenta no sentido anti-horário até grãos com 500 mícron de largura localizados ao longo da syndyne aproximadamente paralela à órbita do cometa. No modelo, as forças agindo nos grãos de poeira foram assumidas como sendo a gravidade e a pressão da luz do Sol. As estrias periódicas na cauda do PanSTARRS vistas tão de perto seguem as linhas síncronas do modelo. No dia 21 de Março de 2013, o cometa PanSTARRS estava a aproximadamente 180 milhões de quilômetros de distância. Nessa distância, essa foto teria quase que 4 milhões de quilômetros de largura.

Fonte: NASA

segunda-feira, 4 de março de 2013

O cometa PANSTARRS se aproxima

O cometa C/2011 L4 PANSTARRS foi descoberto no dia 6 de junho de 2011 em Haleakala no Havaí,  quando o objeto estava com magnitude 19.

cometa PANSTARRS

© Minoru Yoneto (cometa PANSTARRS)

O projeto PANSTARRS (Panoramic Survey Telescope and Rapid Response System) que tem por objetivo mapear constantemente o céu em busca de objetos próximos que possam apresentar risco de colisão com a Terra.

Esta é a primeira visita do cometa PANSTARRS pelo interior do Sistema Solar. Ele se formou há milhares de anos, possivelmente na região da Nuvem de Oort, grande reservatório de objetos gelados no extremo do Sistema Solar, sendo atraído ao aproximar da nossa estrela.

coma do cometa PANSTARRS

© Roger Groom (coma do cometa PANSTARRS)

Os registros do início de março de 2013 mostram que a coma tem se mostrado de aspecto quase estelar e avaliada com magnitude 2.

O cometa pode ser visto durante o crepúsculo vespertino e passa mais próximo da Terra na manhã de 5 de março de 2013, a aproximadamente 166 milhões de km. O periélio ocorrerá no dia 10 de março deste ano, quando o cometa ficará a cerca de 45 milhões de quilômetros do Sol.

Fonte: Cometas Blog

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Deep Impact capta imagem do cometa ISON

O cometa ISON foi descoberto pelos astrônomos russos Vitali Nevski e Artyom Novichonok em 21 de setembro de 2012. O nome dado foi o da instituição na qual os dois trabalham, a International Scientific Optical Network.

cometa ISON

© Deep Impact (cometa ISON)

A sonda Deep Impact da NASA capturou imagens do cometa C/2012 S1(ISON), que deve iluminar o céu da Terra até 2014 e poderá ser, devido as previsões do seu brilho, o "cometa do século"!

A sonda Deep Impact foi lançada em 2005 e já conseguiu um feito no estudo de cometas: em sua primeira missão, disparou um projétil que atingiu o cometa Tempel 1 para estudar os destroços liberados com o impacto. A Deep Impact observou também o cometa Hartley 2 em 2010 e o cometa C/2009 P1 (Garradd) em 2012.

A Deep Impact recentemente fez as imagens ao se concentrar no cometa em um período de 36 horas nos dias 17 e 18 de janeiro deste ano, quando o cometa ainda estava a cerca de 763 milhões de quilômetros do Sol. Em fevereiro, o cometa ISON cruzou a órbita de Júpiter.

O cometa ISON já tem uma cauda de 64 mil quilômetros de extensão, formada por poeira e gases. O corpo celeste deve passar muito perto do Sol em novembro e, acredita-se, poderá ser visto a olho nu com um brilho intenso na Terra, quem sabe até mesmo durante o dia.

"Esta parece ser a primeira viagem deste cometa para dentro do Sistema Solar, e ele deve passar muito mais perto do Sol do que a maioria dos cometas", afirmou o cientista Tony Farnham, da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.

As estimativas atuais dizem que o núcleo do ISON tem entre 1 e 10 km de diâmetro com muito gelo contendo compostos voláteis como amônia, monóxido de carbono, dióxido de carbono e metano congelados.

Por isso, este cometa irá fornecer uma nova oportunidade de ver como a poeira e o gás congelados desde o início de nosso Sistema Solar vão mudar e evoluir quando for muito aquecido durante sua primeira passagem perto do Sol.

No dia 28 de novembro, ocorrerá o periélio quando o cometa passará apenas a 0,0125 UA (Unidades Astrônomicas) do Sol, aproximadamente 1,875 milhões de quilômetros. Nesta data, devido às previsões, o cometa atingirá a magnitude –13, porém somente com 0,5 grau de elongação, consequentemente no pôr do Sol será possível ver a cauda do cometa. A máxima aproximação da Terra deve ocorrer no dia 26 de dezembro, quando estará a 60 milhões de km de distância.

Se o cometa sobreviver a esta passagem, deve se afastar do Sol ainda mais brilhante do que antes, mas as condições favoráveis dependerá da localização do observador.

No entanto, cometas são imprevisíveis, e o ISON poderá se desintegrar durante a passagem nas proximidades do Sol.

Vamos torcer para que desta vez surja no céu um cometa espetacular!

Fonte: NASA

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Cometa Lemmon muito mais brilhante

Este ano de 2013, pode ser chamado de o ano dos cometas.

cometa Lemmon

© Rolf Wahl Olsen (cometa Lemmon)

O C/2011 L4 PANSTARRS e o C/2012 S1 ISON estão sendo anunciados como os dois cometas com possibilidades de serem vistos a olho nu. Nos últimos meses, um terceiro cometa, o cometa C/2012 F6 Lemmon, está mais brilhante do que o esperado, e agora está com magnitude entre 6,2 e 6,5; que é abaixo do limite para a visibilidade a olho nu.

Ele foi descoberto por Alex Gibbs do Mount Lemmon Survey no Arizona em 23 de março de 2012. Naquela época, o cometa estava demasiado fraco com magnitude 21, e localizado cerca de 5 UA (Unidade Astronômica), ou seja, cinco vezes a distância da Terra ao Sol.

No dia 5 de fevereiro de 2013 o cometa atingiu sua máxima aproximação da Terra, com cerca de 1 UA, sendo melhor observado ao anoitecer no hemisfério sul através de binóculos.

O cometa Lemmon ostenta uma impressionante coma verde limão e uma cauda fraca dividida. A tonalidade esverdeada gerada na coma vem do gás cianogênio (CN) e carbono diatômico (C2) fluorescentes na luz solar.

Se esta tendência de aumento de brilho continuar, o cometa poderá se tornar visível a olho nu ainda este mês, mas provavelmente não tão brilhante como as previsões para os cometas PANSTARRS e ISON.

O periélio (a máxima aproximação do Sol) do cometa Lemmon acontecerá em 24 de março de 2013, com uma distância de 0,73 UA, que é um pouco menor do que o da órbita da Terra em torno do Sol. Nesta ocasião o cometa deve atingir seu máximo brilho, com previsão de magnitude 4. Até maio de 2013, os observadores com telescópios em ambos os hemisférios podem ser capazes de vislumbrar sua aparição. Em junho de 2013, o cometa estará com magnitude 10 na constelação de Andrômeda,  seguindo sua jornada.

Fonte: EarthSky