quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

O quinto cometa descoberto por Lovejoy

O cometa Lovejoy, C/2014 Q2, é enquadrado como uma árvore de Natal cósmica decorada de estrelas neste retrato telescópico colorido obtido em 16 de Dezembro de 2014.

C/2014 Q2 Lovejoy

© Damian Peach (C/2014 Q2 Lovejoy)

Sua encantadora coma em verde é matizada pelo gás diatômico fluorescente C2 na luz solar. O cometa Lovejoy foi descoberto em 17 de Agosto de 2014; é o 5º descoberto pelo astrônomo amador australiano Terry Lovejoy. Este cometa está varrendo o norte através da constelação Columba, indo para Lepus, sul de Órion, e brilhante o suficiente para oferecer boas vistas binoculares. Entre os dias 28 e 29 de dezembro, o cometa Lovejoy vai passar muito próximo do aglomerado globular M79.

Na sua primeira aparição no Sistema Solar interior, o cometa Lovejoy passará mais próximo ao planeta Terra em 7 de janeiro, enquanto o seu periélio (ponto mais próximo do Sol) será em 30 de janeiro. O cometa estará acessível para o hemisfério sul no verão de 2015, cujo brilho atingirá a 5ª magnitude.

O cometa C/2014 Q2 Lovejoy tem uma órbita acentuadamente inclinada em relação à eclíptica (80,3°) e um período de cerca de 14.166 anos.

Fonte: NASA

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Desfiladeiro na superfície de cometa

Esses belos desfiladeiros ocorrem na superfície de um cometa.

desfiladeiro em cometa

© ESA/Rosetta/NAVCAM (desfiladeiro em cometa)

A imagem acima é um mosaico de quatro quadros obtida em 10 de Dezembro de 2014 pela NAVCAM da Rosetta, mostrando um desfiladeiro do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Ele foi descoberto pela sonda Rosetta, como sendo parte do núcleo escuro do cometa Churyumov-Gerasimenko.

A sonda Rosetta foi lançada pela ESA a mais de 10 anos atrás, e está na órbita do cometa desde o início do mês de Agosto de 2014. Embora o desfiladeiro chega a cerca de um quilômetro de altura, a baixa gravidade na superfície do cometa Churyumov-Gerasimenko, permitiria que o ser humano pudesse pular do desfiladeiro e sobreviver a essa queda. No pé do desfiladeiro pode-se ver um terreno relativamente suave, pontuado com pedaços de rochas que chegam a ter 20 metros de diâmetro. Dados obtidos pela sonda Rosetta, indicam que o gelo do cometa Churyumov-Gerasimenko, tem uma fração de deutério significantemente diferente daquela encontrada nos oceanos da Terra, indicando assim uma origem  provavelmente diferente também. A sonda Rosetta está programada para continuar acompanhando o cometa durante o ano de 2015 observando as mudanças na sua atividade enquanto ele se aproxima do periélio que acontecerá em Agosto de 2015.

Fonte ESA

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Rosetta e a origem dos oceanos na Terra

A sonda Rosetta da ESA descobriu que o vapor de água do seu alvo cometário é significativamente diferente daquele presente aqui na Terra.

taxa de água no cometa Churyumov-Gerasimenko

© ESA (taxa de água no cometa Churyumov-Gerasimenko)

A imagem acima mostra uma medição da taxa deutério/hidrogênio efetuada pela Rosetta no vapor de água ao redor do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. O gráfico mostra os diferentes valores da taxa, observados em vários corpos do Sistema Solar. Os pontos de dados estão agrupados por cor para planetas e luas (azul), meteoritos condritos do cinturão de asteroides (cinzento), cometas originários da nuvem de Oort (roxo) e cometas da família de Júpiter (rosa). O ponto de dados do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, medido pela Rosetta, está em amarelo. O símbolo diamante representa dados obtidos "in situ", os círculos representam dados obtidos por métodos astronômicos. A parte inferior do gráfico mostra o valor da taxa deutério/hidrogênio medido no hidrogênio molecular na atmosfera dos gigantes gasosos (Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno) e uma estimativa do valor típico no hidrogênio molecular da nebulosa protosolar, a partir da qual todos os objetos do Sistema Solar se formaram. A taxa para os oceanos da Terra é 1,56x10−4 (linha horizontal no gráfico). O valor para o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko é 5,3x10−4, mais de três vezes superior.

A descoberta alimenta o debate sobre a origem dos oceanos do nosso planeta. As medições foram feitas no mês que se seguiu à chegada da sonda ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, no dia 6 de Agosto. É um dos primeiros resultados e dos mais esperados da missão, porque a origem da água da Terra ainda é uma questão em aberto.

Uma das principais hipóteses sobre a formação da Terra é que estava tão quente quando se formou há 4,6 bilhões de anos atrás, que o teor original de água deve ter evaporado para o espaço. Mas, hoje, 2/3 da superfície está coberta por água. Então, de onde veio?

Neste cenário, deve ter sido entregue após o nosso planeta ter arrefecido, provavelmente por colisões de cometas e asteroides. A contribuição relativa de cada classe de objeto para o abastecimento de água do nosso planeta é, no entanto, ainda debatida.

A chave para determinar de onde a água veio está relacionada neste caso a proporção de deutério, um isótopo do hidrogênio com um nêutron adicional em relação ao hidrogênio normal.

Esta proporção é um indicador importante da formação e evolução inicial do Sistema Solar, e as simulações teóricas mostram que deve mudar com a distância ao Sol e com o tempo nos primeiros milhões de anos.

Um dos objetivos principais é comparar o valor de diferentes tipos de objetos com aquele medido nos oceanos da Terra, a fim de quantificar a influência de cada das classes na água da Terra.

Os cometas em particular são ferramentas únicas para estudar o início do Sistema Solar: eles contêm material deixado para trás após a formação do disco protoplanetário a partir do qual os planetas nasceram, devendo por isso refletir a composição primordial dos seus locais de origem.

Mas graças à dinâmica do Sistema Solar jovem, este não é um processo simples. Os cometas de longo período, que são oriundos da distante nuvem de Oort, formaram-se originalmente na região de Urano-Netuno, suficientemente longe do Sol para a água gelada sobreviver.

Mais tarde, foram espalhados para os distantes confins do Sistema Solar como resultado de interações gravitacionais com os gigantes gasosos à medida que estes se estabeleciam nas suas órbitas.

dois reservatórios principais de cometas no Sistema Solar

© ESA (dois reservatórios principais de cometas no Sistema Solar)

A ilustração acima mostra os dois reservatórios principais de cometas no Sistema Solar: o Cinturão de Kuiper, a uma distância de 30 a 50 UA (UA: unidade astronômica, a distância entre a Terra e o Sol) do Sol, e a Nuvem de Oort, que poderá estar de 50.000 a 100.000 UA do Sol. Pensa-se que o Cometa Halley seja originário da Nuvem de Oort, enquanto o 67P/Churyumov-Gerasimenko, o foco da missão Rosetta, é originário do Cinturão de Kuiper. Está agora numa órbita com a duração de 6,5 anos em torno do Sol, entre as órbitas da Terra e Marte no periélio e mesmo para além de Júpiter no afélio.

Por outro lado, pensa-se que os cometas da família de Júpiter, como o cometa da Rosetta, formaram-se mais longe, no Cinturão de Kuiper para além de Netuno. Ocasionalmente estes corpos são perturbados e enviados para o Sistema Solar interior, onde as suas órbitas tornam-se controladas pela influência gravitacional de Júpiter.

De fato, o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko viaja agora em torno do Sol entre as órbitas da Terra e de Marte, no seu ponto mais próximo, e um pouco além da de Júpiter no seu ponto orbital mais distante, com um período de aproximadamente 6,5 anos.

As medições anteriores da taxa de deutério/hidrogênio em outros cometas mostraram uma gama vasta de valores. Dos 11 cometas cujas medições foram finalizadas, apenas o cometa 103P/Hartley 2, da família de Júpiter (em observações feitas pela missão Herschel da ESA em 2011), coincide com a composição da água da Terra.

Por outro lado, certos meteoritos, vindos originalmente de asteroides do cinturão principal, também correspondem à composição da água da Terra. Assim sendo, apesar do fato dos asteroides terem um teor de água em geral muito menor, um grande número de impactos pode ainda ter resultado nos oceanos da Terra.

Por este motivo que as investigações da Rosetta são importantes. Curiosamente, a relação entre o deutério e o hidrogênio, medida pelo instrumento ROSINA (Rosetta Orbiter Spectrometer for Ion and Neutral Analysis) da Rosetta, é mais de três vezes superior à dos oceanos da Terra e do seu companheiro da família de Júpiter, o Cometa Hartley 2; sendo atualmente ainda maior do que a de qualquer outro cometa da nuvem de Oort.

"Esta descoberta surpreendente pode indicar uma origem diversa para os cometas da família de Júpiter, formaram-se talvez numa maior variedade de distâncias no jovem Sistema Solar," afirma Kathrin Altwegg, pesquisadora principal para o ROSINA e autora principal do artigo que relata os resultados.

"A nossa descoberta também exclui a ideia de que os cometas da família de Júpiter contêm apenas água parecida à dos oceanos da Terra, e dá mais peso aos modelos que colocam mais ênfase nos asteroides como o principal mecanismo de entrega para os oceanos da Terra."

"Nós sabíamos que a análise 'in situ' da Rosetta traria surpresas para o grande quadro da ciência do Sistema Solar, e esta notável observação certamente acrescenta combustível no debate acerca da origem da água da Terra," afirma Matt Taylor, cientista do projeto Rosetta da ESA.

"À medida que a Rosetta continua seguindo o cometa na sua órbita ao redor do Sol ao longo do próximo ano, estaremos mantendo uma vigilância apertada sobre como evoluiu e se comporta, o que nos dará uma visão única sobre o mundo misterioso dos cometas e sobre a sua contribuição para o nosso conhecimento da evolução do Sistema Solar."

Os resultados obtidos da pesquisa foi publicado na revista Science.

Fonte: ESA

sábado, 15 de novembro de 2014

O módulo Philae inicia hibernação

O módulo Philae completou sua missão principal antes da hibernação.

vista panorâmica da superfície do cometa

© Philae (vista panorâmica da superfície do cometa)

O módulo Philae foi levantado em torno de 4 cm e rotacionado em cerca de 35°, numa tentativa para receber mais energia solar, e aumentar sua autonomia para efetuar suas tarefas previstas.

O módulo Philae realmente parece estar bem fixado ao chão e cercado por rochas. As equipes do centro de operações espaciais da ESA e da agência aeroespacial alemã DLR conseguiram ativar o instrumento de perfuração SD2 do módulo Philae. A sonda completou as medições previstas para o bloco final de experiências sobre a superfície, coletando dados científicos a partir dos instrumentos, incluindo Rolis, Ptolomeu, SD2, COSAC (Cometary Sampling and Composition Experiment) e CONSERT (Comet Nucleus Sounding Experiment by Radiowave Transmission). O instrumento COSAC é um dos experimentos que dependiam da perfuratriz SD2 atingir o solo do cometa e trazer amostras de volta para o interior do Philae.

O COSAC vai buscar a presença de compostos orgânicos e identificar qual forma quiral possuem os aminoácidos contidos no cometa.

Essa última sessão provavelmente deve encerrar atualmente as operações do Philae, quando entrará em suspensão, até próximo do periélio do cometa que será no dia 13 de Agosto de 2015. Talvez, quando o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko se aproximar mais do Sol, as baterias sejam recarregadas e ele volte da hibernação para retornar mais informações.

Os dados coletados pela sonda permitirá aos cientistas observar mudanças que ocorrem no cometa, ajudando a responder a algumas das maiores e mais importantes questões sobre a história do nosso Sistema Solar.

Como funcionam os cometas? Como é que se formam e evoluem? Que papel desempenham os cometas na evolução dos planetas?

"Os dados coletados pelo Philae e Rosetta tornará essa missão um divisor de águas na ciência de cometas", diz Matt Taylor, cientista do projeto Rosetta da ESA.

Fonte: ESA

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

O pouso no cometa do módulo Philae

O módulo Philae pousou ao lado da parede de um penhasco.

local de pouso no cometa

© Philae (local de pouso no cometa)

Há indicativos de que ele não está paralelo com o chão e uma das pernas do trem de pouso está suspensa no vácuo. Ele está estável, mas numa posição delicada, que deve inspirar cuidados.

O módulo quicou duas vezes na superfície do cometa antes de se estabilizar no solo, após a terceira descida. Segundo dados do instrumento ROMAP, que avalia o campo magnético, o primeiro toque no solo ocorreu às 13:34 hs, a uma velocidade de 1 m/s.

aproximação da superfície do cometa

© Philae (aproximação da superfície do cometa)

A imagem acima mostra a superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, obtida pela câmara ROLIS do Philae, a 40 metros de altitude, em Agilkia.

A seguir, o módulo Philae quicou de volta para cima a 38 cm/s e flutuou por cerca de 1 km, até voltar a tocar o chão às 15:25 hs. Sofreu novo rebote, desta vez a meros 3 cm/s, e voltou a pousar às 15:32 hs, desta vez para ficar. A débil gravidade do astro propiciou saltos suaves, sem causar danos ao veículo. O cometa tem uma gravidade de aproximadamente 1/10.000 da da Terra, e a sua velocidade de escape é cerca de 0,5 m/s. O Philae aterrissou com o dobro desta velocidade, pois os ressaltos eram uma preocupação.

Novas estimativas com base na telemetria dão conta de que o Philae está recebendo só 1h30 de exposição solar por rotação, o que é muito pouco se comparado à expectativa original, que em torno de 6 a 7 hs. Os engenheiros tentarão fazer pequenos movimentos que realinhem melhor o módulo, de forma a melhorar esse desempenho. Mas a situação não parece favorável para observações de longo prazo. Entretanto, oito dos dez instrumentos do Philae estão operando. Os outros dois, o APXS (Alpha Proton X-ray Spectrometer) e o sistema de perfuração, foram temporariamente desligados porque ambos envolvem contato com a superfície e os engenheiros estão preocupados em desestabilizar a orientação aparentemente precária do módulo.

Fonte: ESA

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Módulo Philae pousa na superfície de cometa

O módulo Philae pousou hoje na superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko!

Agilkia, local de pouso do módulo Philae

© Rosetta (Agilkia, local de pouso do módulo Philae)

A imagem acima é um mosaico de quatro fotos individuais captadas, em 6 de novembro, pela NavCam instalada na sonda Rosetta, a partir de uma distância de 30,5 km do centro do cometa.

A sonda Rosetta da ESA (Agência Espacial Europeia) chegou ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko no dia 6 de Agosto de 2014, após uma viagem de uma década. O que encontrou foi chocante. O núcleo do cometa tem uma forma estranha, parecendo um pato de borracha, dominada por um par de lóbulos unidos por um "pescoço" repleto de pedregulhos. A escolha de um local de pouso não seria fácil. A Rosetta passou mais de um mês coletando dados do cometa para cientistas tomarem a sua decisão.

"Nenhum dos locais candidatos preenchia os critérios operacionais a 100%," afirma Stephan Ulamec, gerente do projeto Philae no DLR (Centro Aeroespacial Alemão). O local escolhido, denominado Agilkia, é claramente a melhor solução. Agilkia é um local relativamente plano, sem pedregulhos, no lóbulo mais pequeno do cometa. Recebe muita luz solar para os painéis do Philae e tem uma boa linha de visão para comunicações com a Rosetta que orbita acima.

O módulo Philae deixou a sonda Rosetta a partir de uma altura de 22,5 km à medida que o cometa girava livremente abaixo. Sem navegação ativa durante a lenta descida, que consumiu cerca de 7 horas.

módulo a 3km de Agilkia

© Philae (módulo a 3km de Agilkia)

A imagem mostra o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, adquirida pelo instrumento Rolis no módulo Philae durante a descida em 12 de novembro de 2014 14:38:41 UT a uma distância de cerca de 3 km da partir da superfície. O local de pouso foi fotografada com uma resolução de cerca de 3m por pixel.

O módulo Philae pousou com sucesso na superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko às 13:35 hs do dia 12 de novembro de 2014, tornando-se o primeiro artefato humano a realizar um pouso suave num astro desse tipo. O pouso foi confirmado às 14:03 hs, 28 minutos após, sendo o tempo que leva para que os sinais de rádio da sonda atravessem os 511 milhões de quilômetros que a separam da Terra. A ESA, através de dados da telemetria, informou que o pouso do módulo Philae foi muito suave e momentaneamente está estável, mas os arpões não dispararam, assim como o sistema de descida ativa, que já parecia estar defeituoso na checagem antes do pouso. As operações em solo continuam, e os engenheiros estudam a possibilidade de tentar redisparar os arpões, para garantir que o módulo permaneça fixado à superfície.

Ao longo dos próximos dias, o veículo estudará de perto o cometa, em busca de informações sobre a formação dos planetas do Sistema Solar e possivelmente sobre a origem da vida na Terra.

Um conjunto de 10 sensores no módulo, incluindo uma broca para obtenção de amostras e um instrumento acústico para analisar a estrutura sub-superficial do cometa serão utilizados num estudo sem precedentes de um cometa à "queima-roupa".

A aterrissagem bem-sucedida do Philae foi um feito incrível para a humanidade!

Fonte: ESA

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Aumento da atividade de cometa

O cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko está mostrando um gradativo, mas claro aumento na sua atividade, como pode ser visto nas últimas imagens fornecidas pela equipe do instrumento OSIRIS.

superfície do cometa Churyumov-Gerasimenko

© ESA/Rosetta (superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko)

A imagem acima do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko foi obtida em 10 de setembro de 2014, mostra jatos sendo emitidos ao longo de quase todo o corpo do cometa.

Enquanto as imagens obtidas a poucos meses atrás mostravam jatos distintos de poeira deixando o cometa, esses estavam limitados para a região do pescoço do cometa. As imagens mais recentes obtidas pelo sistema de imageamento científico da sonda Rosetta, OSIRIS, mostra que a poeira está sendo emitida ao longo de quase todo o corpo do cometa. Jatos também têm sido detectados no lobo menor do cometa.

“Nesse ponto, nós acreditamos que uma grande fração da superfície iluminada do cometa está mostrando algum nível de atividade”, disse o cientista Jean-Baptiste Vincent do OSIRIS e do Max Planck Insitute for Solar System Research (MPS) na Alemanha.

A partir dessas imagens, a equipe quer derivar um melhor entendimento da evolução da atividade cometária e do processo físico que a guia.

“Com a capacidade de monitorar essas emissões pela primeira vez poderemos ter muito mais ideias detalhadas”, disse o principal pesquisador do OSIRIS Holger Sierks. “Mas uma imagem sozinha não pode nos contar a história completa, a partir de uma imagem nós não podemos discernir exatamente de onde na superfície um jato surge”.

superfície do cometa Churyumov-Gerasimenko

© ESA/Rosetta (superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko)

Esta imagem, obtida em 20 de outubro de 2014, traz detalhes dos jatos decorrentes de uma distância de 7,2 quilômetros da superfície do cometa.

Ao invés disso, os pesquisadores comparam imagens de uma mesma região feita de ângulos diferentes, com o objetivo de reconstruir uma estrutura tridimensional dos jatos. E, desde que sob condições normais o núcleo do cometa se sobrepõe aos jatos, as imagens precisam ser drasticamente expostas para revelar os detalhes dos jatos.

Enquanto que a atividade geral do 67P/Churyumov-Gerasimenko está aumentando claramente, o local de pouso designado da missão no lobo menor ainda permanece relativamente tranquilo. Contudo, existem indicativos que novas áreas ativas estão surgindo a cerca de um quilômetro do local do pouso do módulo Philae. Isso permitirá que os instrumentos do Philae estudem a atividade do cometa de muito mais próximo e com muito mais detalhe.

O 67P/Churyumov-Gerasimenko está a cerca de 470 milhões de quilômetros do Sol. Com base na rica história de observações com telescópios na Terra, os cientistas esperam um aumento significativo na atividade do cometa quando ele atingir uma distância de cerca de 300 milhões de quilômetros do Sol, esse momento deve ocorrer no final do mês de Março de 2015.

Fonte: ESA

domingo, 19 de outubro de 2014

Messier 6 e o Cometa Siding Spring

Na imagem abaixo, parece que o cometa errou por pouco o aglomerado estelar, mas a coma esverdeada e acuada do cometa Siding Spring (C/2013 A1) estão na realidade a cerca de 2.000 anos-luz de distância das estrelas do aglomerado estelar aberto Messier 6 (M6).

M6 e cometa Siding Spring

© Rolando Ligustri (M6 e cometa Siding Spring)

Os dois objetos parecem próximos por estarem na mesma linha de visão quando foram fotografados no dia 9 de Outubro de 2014, quando eles se encontravam na constelação de Scorpius. Hoje, o cometa estará realmente próximo do planeta Marte, passando a cerca de 139.500 quilômetros de distância da superfície do Planeta Vermelho. Essa distância é cerca de 10 vezes mais próxima do que qualquer outro objeto que já passou perto da Terra, e cerca de um terço da distância entre a Terra e a Lua.

Tal espectáculo nunca foi visto na história registada do planeta Terra. A passagem mais próxima e confirmada de um grande cometa pelo nosso planeta foi a do Cometa D/1770 L1 Lexell, que passou a mais de 15 vezes a distância entre o Siding Spring e Marte, a 2,2 milhões de quilômetros da Terra no dia 1 de Julho de 1770. Há que realçar que uma passagem cometária ainda mais próxima em 1491 permanece não confirmada.

Em tempos mais recentes, o Cometa Hyakutake passou a 15,8 milhões de quilômetros da Terra no dia 25 de Março de 1996, com uma cauda que abrangia metade do céu a partir de um local escuro, e os observadores cometários de longa data podem estar recordados da passagem do Cometa IRAS-Araki-Alcock em 1983, que passou a apenas 4,7 milhões de quilômetros da Terra.

O impacto entre o cometa e o planeta é algo que não vai acontecer, mas a poeira do cometa se movendo a uma velocidade de 56 km/s com relação a Marte, além de partes de sua coma gasosa, irão interagir com a fina atmosfera marciana. Obviamente o encontro imediato entre o cometa e planeta será seguido de perto pelas sondas na órbita de Marte e pelos rovers na sua superfície.

Fonte: NASA e Universe Today

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Pedaço de rocha na superfície de cometa

O sistema de imageamento científico OSIRIS a bordo da sonda Rosetta da ESA registrou uma imagem espetacular de um dos muitos pedaços de rochas que cobrem a superfície do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.

localização do pedregulho Quéops

© ESA (localização do pedregulho Quéops)

Com uma dimensão máxima de aproximadamente 45 metros, ele é um dos maiores pedaços de rochas vistos no cometa. Ele se destaca entre um grupo de pedaços de rochas localizados numa região suave do lado inferior do lobo maior do cometa.

Esse aglomerado de rochas lembrou os cientistas as famosas pirâmides em Giza, perto de Cairo no Egito, e esse pedaço de rocha específico foi chamado de Quéops por ser o maior pedaço de rocha, assim como Quéops é a maior pirâmide, conhecida como a Grande Pirâmide e que foi construída para ser a tumba do faraó Quéops em 2.550 aC.

Essa escolha também introduz um esquema de nomes egípcios gerais concordados pelos cientistas da Rosetta que serão usados para nomear as muitas características do cometa, isso mantém o espírito geral da missão e do nome da sonda.

Quéops foi visto pela primeira vez em imagens obtidas no início do mês de Agosto de 2014 quando a sonda chegou ao cometa. Na semana passada, enquanto a Rosetta navegava cada vez mais próxima do cometa, o instrumento OSIRIS imageou essa única estrutura novamente, mas dessa vez com uma resolução muito maior de cerca de 50 centímetros por pixel.

pedregulho Quéops

© ESA (pedregulho Quéops)

A imagem acima foi feita pela câmera de ângulo estreito OSIRIS da Rosetta em 19 de setembro de 2014, a uma distância de 28,5 km. As estruturas rochosas que a sonda Rosetta tem revelado em muitos lugares na superfície do Churyumov-Gerasimenko são uma das feições mais misteriosas e espetaculares já vistas.

Como muitos outros pedaços de rochas vistos tanto pelo OSIRIS como pela câmera NAVCAM da Rosetta, o Quéops se destaca não apenas fisicamente, mas também por ser uma feição levemente mais brilhante se comparado com a superfície escura ao redor.

O principal pesquisador do OSIRIS, Holger Sierks, do Max Planck Institute for Solar System Research (MPS) na Alemanha, descreveu a superfície do Quéops como “muito irregular”.

Entre as regiões mais brilhantes da superfície do pedaço rochoso estão intrigantes regiões menores de material mais escuro, similar em brilho e textura com o solo onde o pedaço de rocha se localiza.

“É quase como se olhássemos uma poeira solta que cobre a superfície do cometa impregnada nas fraturas desse pedaço de rocha. Mas, é claro, é muito cedo para tirarmos muitas conclusões”, disse Sierks.

Apesar do tamanho do cometa estar sendo medido de forma cuidadosa pela sonda Rosetta, através da análise meticulosa das imagens obtidas, quase todas as outras propriedades dos pedaços rochosos são ainda um mistério para os pesquisadores. Do que eles são feitos? Quais são suas propriedades físicas incluindo sua densidade e estabilidade? Como eles foram criados? À medida que a sonda Rosetta continua sua pesquisa e seu monitoramento da superfície do cometa nos próximos meses, os cientistas provavelmente terão muitas dessas respostas.

Por exemplo, se os pedaços rochosos são expostos pela atividade cometária ou são deslocados pelo campo de gravidade do cometa, nós devemos ser capazes de rastreá-los nas nossas imagens”, adicionou Sierks.

No dia 10 de Otubro de 2014, a sonda Rosetta começou a sua chamada Close Observation Phase do cometa chegando a uma distância de 10 km de seu alvo, e fazendo com que suas câmeras possam registrar detalhes cada vez menores e mais misteriosos do 67P/Churyumov-Gerasimenko.

Enquanto isso, a ESA confirmou ontem o local principal de pouso, conhecido como local J, do módulo Philae no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko em 12 de novembro, na primeira vez que ocorre um pouso suave em um cometa.

Fonte: ESA

sábado, 4 de outubro de 2014

Fragmentação do cometa C/2011 J2 (LINEAR)

Foi detectada uma fragmentação do cometa C/2011 J2 (LINEAR).

cometa C2011 J2

© telescópio Liverpool (cometa C/2011 J2)

Os astrônomos F. Manzini, V. Oldani, A. Dan e R. Behrend, no final de agosto, observaram um segundo componente de condensação nuclear. O componente B é mais tênue que o componente A, o componente principal e mais brilhante.

Apesar de trabalhar em um estudo de longo prazo sobre a morfologia do cometa C/2012 K1 com N. Samarasinha e B. Mueller usando o telescópio Liverpool de 2 metros, a equipe do Observatório Remanzacco, composta por Ernesto Guido, Nick Howes e Martino Nicolini, recebeu um alerta do evento de fragmentação do cometa C/2011 J2, e assim o telescópio foi  desviado para este cometa durante alguns dias. Na ocasião a componente B apresentava uma magnitude 19,5.

Fonte: Observatório Remanzacco

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Escolhido o local de pouso do módulo Philae

O módulo Philae da Rosetta terá como alvo o Local J, uma região fascinante do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko que oferece um potencial científico único, com pistas de atividade nas proximidades e risco mínimo para o "lander" em comparação com outros locais candidatos.

local J do cometa Churyumov-Gerasimenko

© ESA/Rosetta (local J do cometa Churyumov-Gerasimenko)

O Local J está na "cabeça" do cometa, um objeto de forma irregular com pouco mais de 4 km de comprimento. A decisão de escolher o Local J como o local primário foi unânime. O local secundário, Local C, está situado no "corpo" do cometa.

O Philae, com 100 kg, tem pouso planejado à superfície no dia 11 de Novembro, onde irá realizar medições detalhadas para caracterizar o núcleo "in situ" de uma maneira totalmente inédita.

Mas a escolha do local de pouso adequado não foi uma tarefa fácil.

"Como vimos a partir de imagens recentes, o cometa é um mundo maravilhoso mas dramático, é cientificamente interessante, mas a sua forma faz com que seja operacionalmente complicado," afirma Stephan Ulamec, da equipe do Philae no Centro Aeroespacial DLR alemão.

"Nenhum dos locais candidatos cumpria todos os critérios operacionais a 100%, mas o Local J é claramente a melhor solução."

"Vamos fazer a primeira análise 'in situ' de um cometa neste local, dando-nos uma visão sem precedentes da composição, estrutura e evolução," comenta Jean-Pierre Bibring, cientista do "lander" e pesquisador principal do instrumento CIVA e do IAS (Institut d'Astrophysique Spatiale) em Orsay, França.

"O Local J, em particular, oferece-nos a oportunidade de analisar material pristino, de caracterizar as propriedades do núcleo e de estudar os processos que alimentam a sua atividade."

A corrida para encontrar um local de aterragem só pôde começar quando a Rosetta chegou ao cometa no dia 6 de Agosto, quando foi visível de perto pela primeira vez. No dia 24 de Agosto, usando dados recolhidos quando a Rosetta estava ainda a 100 km do cometa, foram escolhidas cinco regiões candidatas para posterior análise.

Desde aí, a sonda moveu-se até 30 km do cometa, proporcionando medições científicas mais detalhadas dos locais candidatos. Em paralelo, as equipes de operação e de dinâmica de voo têm explorado opções para a aterragem do "lander" em todos os cinco candidatos.

Na última semana, os engenheiros e cientistas encarregados de tomar a decisão reuniram-se para escolher o local primário e o secundário. Tiveram de ser considerados um certo número de aspectos críticos, entre eles a identificação de uma trajetória segura para a aterragem do Philae e a densidade de perigos visíveis nesta região. Uma vez na superfície, outros fatores entram em jogo, entre eles o número de horas diurnas e noturnas e a frequência de passagens para comunicação com a sonda.

A descida para o cometa é passiva e só é possível prever que o ponto de pouso será dentro de uma "elipse de aterragem", normalmente com algumas centenas de metros de tamanho.

Para cada local candidato, foi avaliada uma área com 1 quilômetro quadrado. No Local J, a maioria das encostas tem menos de 30º relativamente ao chão local, reduzindo a probabilidade do Philae tombar durante a aterragem. O Local J também parece ter relativamente poucos pedregulhos, e recebe iluminação diária suficiente para recarregar o Philae e continuar as operações científicas à superfície para além da fase inicial alimentando a bateria.

A avaliação provisória da trajetória até ao Local J descobriu que o tempo de descida do Philae, até à superfície, é em torno de sete horas, um espaço de tempo que não compromete as observações do cometa através da utilização da bateria durante esta fase.

Tanto o Local B como o C foram considerados para locais secundários, mas o C foi o escolhido devido a um maior perfil de iluminação e menos rochas. Os Locais A e I pareciam atraentes durante o início da discussão, mas foram eliminados posteriormante, pois não satisfaziam uma série de critérios essenciais.

Uma linha temporal adicional será agora preparada para determinar a trajetória de aproximação da Rosetta com precisão a fim de entregar o Philae ao Local J. A aterragem deve ocorrer antes de meados de Novembro, antes que o cometa aumente consideravelmente de atividade à medida que se aproxima do Sol.

"Não há tempo a perder, mas agora que estamos mais perto do cometa, as operações científicas e de mapeamento vão ajudar a melhorar a análise dos locais primário e secundário," afirma Andrea Accomazzo, diretora de voo da Rosetta.

"É claro que não podemos prever a atividade do cometa até à aterragem, e durante o próprio dia do pouso. Um aumento repentino na atividade pode afetar a posição orbital da Rosetta e, por sua vez, o local exato onde o Philae vai pousar, e é isso que torna esta operação muito arriscada".

Uma vez livre da Rosetta, a descida do Philae vai ser autônoma. Os comandos terão que ser preparados e enviados pelo controle da missão antes da separação. Durante a descida, serão obtidas imagens e outras medições do ambiente do cometa.

Quando o Philae tocar o chão, a uma velocidade equivalente ao andar de um ser humano, usará arpões e parafusos para se prender à superfície. Fará então uma imagem panorâmica de 360º do local de aterragem para ajudar a determinar onde e em que orientação pousou.

A fase científica inicial começará depois com outros instrumentos que vão analisar o plasma, ambiente magnético e a temperatura da superfície. O Philae vai também perfurar e recolher amostras, entregando-as a um laboratório no seu interior para análise. A estrutura interior do cometa também será explorada através do envio de ondas de rádio até à Rosetta.

"Nunca ninguém tentou pousar antes num cometa, por isso é um verdadeiro desafio," afirma Fred Jansen, gestor da missão Rosetta da ESA. "A complicada estrutura 'dupla' do cometa tem um impacto considerável nos riscos globais relacionados com a aterragem, mas são riscos que valem a pena enfrentar pela hipótese de fazer a primeira aterragem controlada num cometa."

A data de aterragem deverá ser confirmada no dia 26 de Setembro, depois de uma análise mais aprofundada da trajetória e o pouso no local primário será antecedido de uma abrangente revisão de prontidão no dia 14 de Outubro.

Fonte: ESA

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

O VLT segue o cometa de Rosetta

A mancha brilhante e desfocada que se vê no centro da imagem trata-se do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, ou 67P/C-G.

cometa Churyumov-Gerasimenko

© ESO/VLT (cometa Churyumov-Gerasimenko)

Este não é um cometa qualquer mas sim o alvo da sonda espacial Rosetta da ESA, que se encontra atualmente no interior da coma do cometa, a menos de 100 quilômetros do seu núcleo. A sonda Rosetta atingiu esta distância no dia 6 de agosto de 2014, e desde essa data a sonda vem se aproximando do cometa. Com a Rosetta tão próxima do cometa, a única maneira de ver o 67P/C-G na sua totalidade é observá-lo a partir do solo.
Esta imagem foi obtida em 11 de agosto de 2014 com um dos telescópios de 8 metros do Very Large Telescope (VLT) do ESO, no Chile. Foi composta a partir da sobreposição de 40 exposições individuais, cada uma de 50 segundos, depois de removidas as estrelas de fundo, de modo a obter a melhor imagem possível do cometa. A sonda Rosetta encontra-se no interior do pixel central da imagem e é muito pequena para poder ser revelada.
O VLT é composto por quatro telescópios principais individuais que podem trabalhar em uníssono ou separadamente. Estas observações foram feitas com o instrumento FORS2 (FOcal Reducer and low dispersion Spectrograph 2), montado no telescópio principal nº1, também conhecido por Antu, nome que significa “Sol” em mapuche, língua indígena chilena.
O FORS2 pode ser utilizado de diversas maneiras, mas no caso da campanha de Rosetta, os astrônomos usam-no para obter imagens do cometa e determinar o seu brilho, tamanho e forma, além de analisar a composição da coma.
Apesar do 67P/C-G aparecer tênue nesta imagem, o objeto encontra-se claramente ativo, com uma coma de poeira que se estende 19.000 quilômetros a partir do núcleo. Esta coma é assimétrica uma vez que  a poeira vai sendo varrida na direção oposta à do Sol, o qual se localiza para lá do canto inferior direito da imagem, e começa a formar uma característica cauda cometária.
Esta imagem do VLT faz parte de uma colaboração entre a ESA e o ESO, no intuito de observar o cometa 67P/C-G a partir do solo, enquanto a sonda Rosetta se encontra efetuando medições no cometa. Em média, o VLT obtém imagens deste objeto noite sim noite não. Estas exposições curtas são utilizadas para monitorar a ativdade do cometa, ao estudar-se como é que o seu brilho varia. Os resultados são comunicados ao projeto Rosetta, constituindo parte da informação utilizada para planejar a órbita da sonda em torno do 67P/C-G.

cometa Churyumov-Gerasimenko

© ESA/Rosetta (cometa Churyumov-Gerasimenko)

A imagem acima mostra penhascos e rochas proeminentes, que foi efetuada em 5 de setembro de 2014 pelo OSIRIS, sistema de imagens científica da Rosetta, a uma distância de 62 km a partir do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. A parte esquerda da imagem mostra uma vista lateral do ‘corpo’ do cometa, enquanto o direito é a parte de trás de sua ‘cabeça’. Um pixel corresponde a 1,1 metros.

Fonte: ESO e ESA

domingo, 7 de setembro de 2014

Aglomerados e o cometa Siding Spring

No dia 19 de Outubro de 2014, um bom lugar para se observar o cometa Siding Spring será o planeta Marte.

aglomerados e o cometa Siding Spring

© Rolando Ligustri (aglomerados e o cometa Siding Spring)

Esse visitante do Sistema Solar interno, chamado oficialmente de C/2013 A1, e descoberto em Janeiro de 2013 por Robert McNaught no Observatório Siding Spring da Austrália, passará a cerca de 132.000 quilômetros de distância do Planeta Vermelho. Ou seja, irá passar bem perto de Marte, já que essa distância equivale a pouco mais de 1/3 da distância entre a Terra e a Lua. Grandes imagens do cometa, são possíveis de serem feitas do hemisfério sul da Terra atualmente. Essa imagem telescópica acima foi feita no dia 29 de Agosto de 2014 e capturou a coma esbranquiçada do cometa e a sua cauda de poeira varrendo os céus do sul. O fabuloso campo de visão mostrado acima, inclui, a Pequena Nuvem de Magalhães e os aglomerados globulares de estrelas 47 Tucanae, visto na porção direita da imagem e o NGC 362, observado na parte superior esquerda da imagem. Por causa das partículas de poeira expelidas pelo cometa que poderão representar perigo para as sondas, os controladores planejam posicioná-las no lado oposto do planeta Marte durante a passagem do cometa.

Fonte: NASA