Cientistas da NASA (agência espacial norte-americana) descobriram pela primeira vez a presença de glicina, um aminoácido essencial para a formação de vida, em amostras do cometa Wild 2 trazidas à Terra pela sonda Stardust em 2006, revelou hoje o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da agência. A seguir, observa-se uma imagem do cometa Wild 2, realizada pela NASA a partir da sonda Stardust.
© NASA (Cometa Wild 2)
A sonda Stardust, que passou pela cauda do cometa em 2004, com velocidade de 21000 km/h, recolheu e enviou para a Terra amostras de poeira do cometa. A descoberta apoia a teoria de que alguns ingredientes da vida surgiram no espaço e chegaram à Terra por meio do impacto de meteoritos e cometas.
Carl Pilcher, diretor do Instituto de Astrobiologia da NASA, afirmou que a descoberta também respalda a hipótese de que os blocos básicos da vida abundam no espaço e que a vida no universo é mais comum do que se acredita.
Os resultados da investigação dos cientistas foram apresentados durante uma reunião realizada pela Sociedade Química dos Estados Unidos em Washington no fim de semana passado e serão publicados em breve pela revista "Meteorites and Planetary Science", de acordo com o JPL.
Desde o princípio, as análises revelaram a presença de glicina nas amostras. No entanto, por esse ingrediente existir na vida terrestre acreditou-se que a malha estava contaminada, durante a manipulação ou fabricação da cápsula, porém, descartaram a possibilidade, após usarem a análise isotópica, explicou Jamie Elsila, do Centro de Voos Espaciais da Nasa. Há uma quantidade maior do isótopo do carbono ¹³C do que o carbono estável ¹²C, indicando que a glicina possui origem cometária.
A descoberta de aminoácidos em um cometa é um triunfo notável!
Fonte: Goddard Space Flight Center - NASA