quinta-feira, 25 de março de 2010

Cometa C/2007 Q3 se fragmenta

Um astrônomo amador britânico capturou imagens de um cometa se despedaçando, com ajuda de um telescópio acessado remotamente no Havaí, nos Estados Unidos.
Em seu computador na região britânica de Wiltshire, na Inglaterra, Nick Howes tirou fotos que mostram o núcleo congelado de um cometa dividido. É o cometa C/2007 Q3 (Siding Spring) que foi descoberto por Donna Burton em 2007 no Observatório Siding Spring em New South Wales, Austrália.
 cometa c2007q3 17032010
© Nick Howes (cometa C/2007 Q3 e fragmento em 17/03)
Ele controlou o telescópio remotamente através do Faulkes Telescope Project, um projeto da universidade britânica de Cardiff que permite que pessoas em qualquer parte do mundo acessem o equipamento via internet.
"Isso mostra o que é possível quando astrônomos amadores conseguem pôr às mãos em telescópios tão poderosos", disse Paul Roche, que coordena o projeto.
O projeto foi criado pela faculdade de Física e Astronomia da universidade para ajudar crianças a estudarem ciências. O projeto oferece acesso remoto a telescópios na ilha de Mauí, no Havaí, e no observatório de Siding Spring, na Austrália.
O astrônomo amador Nick Howes observou alteração no tamanho da cauda do cometa entre os dias 15 e 16 de março, conforme imagem a seguir.
 cometa c2007q3 movimento
© Nick Howes (cometa C/2007 Q3 em 15/03 e 16/03)
Com ajuda do telescópio de US$ 10 milhões no Havaí, Nick Howes capturou seis imagens que mostram o pedaço de gelo enorme que se separou do núcleo do cometa C/2007 Q3. Um segundo grupo de imagens obtidas no dia seguinte mostrou que o novo fragmento ainda está seguindo o cometa.
"Como o núcleo do cometa tem geralmente dezenas de quilômetros, o fragmento provavelmente é do tamanho de uma montanha, e vai acabar se tornando um pequeno cometa, na medida em que ele for se separando do cometa que o originou", disse Paul Roche.
Espera-se agora que astrônomos profissionais sigam a descoberta de Howe usando instrumentos como o telescópio espacial Hubble.
"Nós esperamos envolver escolas na observação de cometas nas próximas semanas, para que possamos ver o que acontece com esse novo fragmento", disse Paul Roche.
Ele espera que a descoberta anime outros astrônomos a usarem o telescópio para pesquisa e para ajudar com novas descobertas científicas.
No ano passado, outro astrônomo amador, trabalhando com várias escolas britânicas dentro do Faulkes Telescope Project, descobriu o asteroide com a rotação mais rápida do sistema solar. Mais de 200 escolas britânicas usaram os telescópios do projeto para apoio às aulas.
Fonte: BBC Brasil e Faulkes Telescope Project

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Cometa Siding Spring visto pelo “Sábio”

Um elenco diversificado de personagens cósmicos marcou a estreia do novo telescópio Wise (Wide Field Infrared Survey Explorer), lançado pela NASA nos últimos dias de 2009. Um destes astros celestes foi o cometa Siding Spring, cujo rastro de 16 milhões de quilômetros parece uma mancha de pintura vermelha com uma estrela azul.
cometa siding spring
© NASA/WISE (cometa Siding Spring)
O WISE (Sábio, em português) é um telescópio na faixa do infravermelho que ficará circulando em volta da Terra ao longo dos pólos para fazer um mapa completo do universo, detectando galáxias longínquas, estrelas frias demais para que sua luz seja captado com precisão por outros telescópios e até asteroides escuros, escondidos nas profundezas do Sistema Solar, de onde podem surgir repentinamente para se chocar com a Terra.
Fonte: NASA

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O telescópio WISE acha seu primeiro cometa

O telescópio WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) da NASA descobriu seu primeiro cometa, cuja missão é encontrar milhões de outros objetos durante sua pesquisa contínua do céu em luz infravermelha.
O cometa P/2010 B2, oficialmente nomeado WISE, o sétimo cometa descoberto este ano, é uma massa de poeira e gelo com diâmetro em torno de 2 Km. Provavelmente, foi concebido na mesma época de nosso Sistema Solar, aproximadamente há 4,5 bilhões de anos atrás. O cometa surgiu dos confins gélido do Sistema Solar, sendo atraído pela força gravitacional de Júpiter e penetrando numa órbita mais íntima em torno do Sol. Atualmente, o cometa está a aproximadamente 175 milhões de quilômetros da Terra.
O cometa P/2010 B2 (WISE) está localizado no centro da imagem a seguir.
© NASA (cometa P/2010 B2 – WISE)
O cometa WISE leva 4,7 anos para circular o Sol, com afélio de 4 UA (Unidades Astronômicas) e seu periélio de 1,6 UA, perto da órbita do planeta Marte.
O telescópio WISE foi lançado em uma órbita polar ao redor da Terra no dia 14 de dezembro de 2009, com a função de descobrir alguns novos cometas, além de centenas de milhares de asteroides. Os cometas são mais difíceis de encontrar que os asteroides porque eles são muito mais raros no Sistema Solar interno. Considerando que os asteroides viajam ao redor das órbitas de Marte e Júpiter, e a maioria dos cometas possui órbitas alongadas e se localizam na região exterior de nosso Sistema Solar, os asteroides têm uma probabilidade maior de entrarem em órbitas que os trazem perto da trajetória da Terra. Estes astros celestes  podem ser monitorados gerando dados estatísticos de possíveis impactos de grande intensidade sobre nosso planeta.
Os cometas inativos são difíceis de serem observados na luz visível, porém na região infravermelha do espectro serão objetos de busca, e também serão catalogados.
A missão passará os próximos meses analisando dados coletados, cujo primeiro grupo estará disponível ao público no próximo ano, e o catálogo final no ano seguinte. Serão liberadas imagens selecionadas e resultados ao longo da missão.
Mais informação através do link.
Fonte: NASA / JPL (Jet Propulsion Laboratory)

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Cometa é capturado pelo Sol

A sonda Observatório Solar e Helioscópico (SOHO, na sigla em inglês), que foi lançada em 1995 para estudar desde o núcleo até a superfície do Sol, além do vento solar, já registrou mais de 1,5 mil cometas. Este cometa rasante, que tem pelo menos 2.000 anos de idade, foi descoberto em 2 de janeiro pelo astrônomo amador Alan Watson, na Austrália, que inspecionava imagens da sonda Stereo, obtidas dia 30 de dezembro de 2009.
Cometas como este são conhecidos como cometas rasantes e são caracterizados por serem pequenos e por descreverem órbitas que os levam muito próximo do Sol. A  imagem a seguir mostra o cometa se aproximando à esquerda, antes de ser de ser capturado pelo Sol.
cometa
© ESA/NASA (SOHO)
Astrônomos acreditam que eles sejam fragmentos de cometas maiores que se partiram há muitos séculos.
A imagem do cometa foi obitida através de um coronógrafo, um equipamento que bloqueia o objeto mais brilhante da imagem (o Sol) gerando um efeito de "eclipse falso" que destaca o cometa da maneira como poderia ser visto a olho nu.
Nenhum dos cometas capturados pela SOHO conseguiu "sobreviver" à sua aproximação do Sol.
Fonte: ESA e NASA