terça-feira, 5 de março de 2019

Cometa de um Cocheiro

Ainda correndo pelos céus noturnos do planeta Terra, o cometa Iwamoto (C/2018 Y1) compartilha esse campo de visão telescópico com estrelas e nebulosas da constelação de Auriga, o Cocheiro.
© Rolando Ligustri (cometa Iwamoto)

A imagem do cometa Iwamoto foi captada em 27 de fevereiro, aparece com a coma esverdeada e a cauda fraca entre um complexo de nebulosas de emissão avermelhada e o aglomerado estelar aberto M36 (canto inferior direito). A emissão avermelhada é a luz do gás hidrogênio ionizado pela radiação ultravioleta de estrelas quentes perto da nuvem molecular gigante da região, a cerca de 6.000 anos-luz de distância.

O brilho esverdeado do cometa, a menos de 5 minutos-luz de distância, é devido predominantemente à emissão de moléculas de carbono diatômicas fluorescentes à luz do Sol.

O M36, um dos aglomerados estelares mais familiares da constelação de Auriga, também é um objeto de fundo muito além do Sistema Solar, localizado a cerca de 4.000 anos-luz de distância.

O cometa Iwamoto passou mais próximo da Terra em 12 de fevereiro e está preso a uma órbita altamente elíptica que o levará além do cinturão de Kuiper. O cometa Iwamoto tem um período orbital estimado de 1.317 anos, devendo retornar ao Sistema Solar interno em 3390 dC.

Fonte: NASA

sábado, 15 de dezembro de 2018

Cometa Wirtanen aproxima-se do perigeu

Amanhã, o cometa periódico 46P/Wirtanen atingirá o perigeu, a maior aproximação da Terra, e ficará distante apenas 11,5 milhões de km do nosso planeta.

cometa 46P/Wirtanen

© Gerald Rhemann (cometa 46P/Wirtanen)

O astrofotógrafo Gerald Rhemann captou esta imagem do cometa 46P/Wirtanen no dia 29 de novembro deste ano, na Namíbia.

O cometa 46P/Wirtanen foi descoberto fotograficamente em 17 de janeiro de 1948 pelo astrônomo norte-americano Carl A. Wirtanen, do observatório de Lick, na Califórnia.

O 46P/Wirtanen que tem 1,2 km de diâmetro está se deslocando com velocidade de 34.200 quilômetros por hora, e completa sua órbita a cada 5,4 anos.

O cometa passou pelo periélio, a maior aproximação do Sol, no último dia 12 de dezembro, cuja magnitude era 4.8, abaixo do limiar da visão humana, que é de magnitude 6. Porém, o uso de um binóculo é imprescindível para uma visão mais confortável, pois permitirá distinguir o objeto entre as estrelas. E o distanciamento das luzes da cidade também favorecerá a observação.

Devido à pequena distância, o objeto já pode ser visto a olho nu, na forma de um pequeno ponto verde difuso e deve ficar ainda mais brilhante. O cometa 46P/Wirtanen poderá atingir magnitude 4.4, no dia 16 de dezembro.

A cor é recorrente em cometas, como no cometa Lovejoy, e se deve a sua coma, a nuvem brilhante de gás e poeira que o envolve. Ela tem cianogênio e carbono diatômico, que brilham na cor verde quando são ionizadas pela luz do Sol.

Hoje e amanhã, o cometa estará quase alinhado entre as Plêiades e a estrela Aldebaran, que não fica muito longe das Três Marias em Órion.

Fonte: Cometas Blog

sábado, 17 de novembro de 2018

O cometa periódico 46P/Wirtanen

O cometa periódico 46P/Wirtanen é agora o mais brilhante cometa no céu noturno, mas também fraco para ser visto a olho nu.

cometa periódico 46P/Wirtanen

© Alex Cherney (cometa periódico 46P/Wirtanen)

No entanto, a partir de locais com céu escuro, ele pode se tornar visível a olho nu, já que sua órbita de 5,4 anos de duração a leva mais perto da Terra e do Sol em meados de dezembro. Fluorescendo à luz do Sol, sua coma esférica é cerca de metade do tamanho angular da Lua cheia na visão telescópica do hemisfério sul de 7 de novembro.

Na ocasião o cometa estava a cerca de 2 minutos-luz ou 35 milhões de quilômetros da Terra. A coma esverdeada vista aqui tem cerca de 150.000 quilômetros de diâmetro. Isso faz com que seja do tamanho de Júpiter.

A pilha de imagens digitais também revela uma cauda muito tênue que se estende para as 4 horas com uma galáxia de fundo distante notável na parte superior esquerda. Como visitante regular do Sistema Solar interior, o cometa 46P/Wirtanen já foi o alvo de encontro preferido para o cometa da ESA, que explorava através da missão Rosetta.

Fonte: ESA

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Um cometa entre as nebulosas Cone e Rosette

Espera-se que pequenos pedaços do cometa 21P/Giacobini-Zinner cinza-esverdeado caiam na atmosfera da Terra hoje à noite.

cometa entre as nebulosas Cone e Rosette

© F. H. Hemmerich (cometa entre as nebulosas Cone e Rosette)

Especificamente, fragmentos do núcleo erodido do cometa periódico 21P/Giacobini-Zinner causam a chuva anual de meteoros dos Draconídeos, que atinge o pico esta noite.

Os meteoros draconídeos são fáceis de sere apreciados este ano porque as taxas de meteoros provavelmente atingirão o pico logo após o pôr do sol, com o brilho da Lua quase ausente. No entanto, é necessário paciência, pois não deverá aumentar a taxa de meteoros normais dos Draconídeos este ano, durante o último mês do cometa perto da órbita da Terra. Então, novamente, as taxas de meteoros são notoriamente difíceis de prever, e os Draconídeos foram bastante impressionantes em 1933, 1946 e 2011.

Em destaque na imagem, nota-se o cometa 21P/Giacobini-Zinner  entre as nebulosas Rosette (superior esquerdo) e Cone (inferior direito) há duas semanas perto da órbita de Júpiter, para retornar novamente em cerca de seis anos e meio.

Fonte: NASA

domingo, 26 de agosto de 2018

Cometa, Coração e Alma

A coma esverdeada do cometa 21P/Giacobini-Zinner se destaca à esquerda desta imgem que abrange mais de 10 graus em direção às constelações Cassiopeia e Perseus.

cometa Giacobini-Zinner próximo de nebulosas

© J. C. Casado (cometa Giacobini-Zinner próximo de nebulosas)

Esta imagem foi captada em 17 de agosto passado.

O radiante da próxima chuva de meteoros Draconídeos é devido ao cometa 21P/Giacobini-Zinner. Previsto para ser o mais brilhante no mês de outubro, o cometa está realmente no primeiro plano do rico campo estelar, a apenas cerca de 4 minutos-luz do nosso planeta. O 21/Giacobini-Zinner deve permanecer muito fraco para ser visto a olho nú, como as coloridas nebulosas Coração e Alma perto do centro do campo de visão da câmera digital sensível.

Mas o par de aglomerados estelares abertos à direita, h e Chi Persei, podem ser vistos apenas a olho nu em locais escuros. As nebulosas Coração e Alma, com seus próprios aglomerados de estrelas jovens de um milhão de anos, cada um com mais de 200 anos-luz de diâmetro e 7 mil anos-luz de distância da Terra. Eles fazem parte de um grande complexo de formação de estrelas que se estende ao longo do braço espiral de Perseus da nossa Via Láctea. Também conhecido como Double Cluster, h e Chi Persei estão localizados na mesma distância.

O cometa 21P/Giacobini-Zinner foi descoberto pelo astrônomo Michael Giacobini em dezembro de 1900 no observatório de Nice (França), e redescoberto por Ernst Zinner, quando observava estrelas variáveis próximo de Beta Scuti. O cometa possui um período de 6,54 anos e passará a 0,39 UA da Terra. A máxima aproximação do Sol (periélio) será no dia 10 de Setembro de 2018, onde estima-se que o cometa alcançará a 6ª magnitude.

O cometa periódico Giacobini-Zinner foi visito por uma sonda International Cometary Explorer quando passou por sua cauda em setembro de 1985.

Fonte: NASA