A colisão de um cometa com o Sol foi registrada por pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA).
Nas imagens divulgadas pela universidade, o cometa atravessa a coroa, camada exterior do Sol com temperaturas acima de 1 milhão de graus Celsius, e evapora na cromosfera, camada interna da atmosfera solar com temperatura de cerca de 100 mil graus Celsius.
© NASA/Universidade da Califórnia (cometa no limbo do Sol)
Usando dados de instrumentos a bordo de uma dupla de sondas denominada Stereo, postas em órbita ao redor do Sol pela Nasa em 2006, os cientistas puderam prever a trajetória, hora e local do impacto. A seguir a imagem mostra o Sol sendo monitorado pelas sondas Stereo; no momento a região escura ainda não pode ser vista por elas.
© NASA (Stereo monitorando o Sol)
A partir daí, a equipe utilizou o Soho, satélite da Nasa lançado em 1995 para observação do Sol, para capturar as imagens.
Sabe-se que cometas colidem com o Sol com certa frequência, mas as emissões luminosas nas proximidades tornam quase impossível que se vejam esses impactos. "Acreditamos que temos as primeiras imagens de um cometa na cromosfera solar", disse a pesquisadora Claire Raftery, integrante da equipe.
O cometa conseguiu sobreviver ao calor da corona e desapareceu na cromosfera, evaporando sob o calor de 100 mil graus Celsius.
Ele conseguiu aguentar ao calor provavelmente por apresentar em sua composição materiais pesados. O indício de que matéria pesada compunha o cometa veio do tamanho relativamente reduzido de sua cauda: apenas 3 milhões de quilômetros de comprimento.
O cometa faz parte da família Kreutz, grupo de cometas originados da desintegração de um maior e ejetados em 2004 da órbita de Júpiter.
Fonte: Universidade da Califórnia
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