Na imagem abaixo, parece que o cometa errou por pouco o aglomerado estelar, mas a coma esverdeada e acuada do cometa Siding Spring (C/2013 A1) estão na realidade a cerca de 2.000 anos-luz de distância das estrelas do aglomerado estelar aberto Messier 6 (M6).
© Rolando Ligustri (M6 e cometa Siding Spring)
Os dois objetos parecem próximos por estarem na mesma linha de visão quando foram fotografados no dia 9 de Outubro de 2014, quando eles se encontravam na constelação de Scorpius. Hoje, o cometa estará realmente próximo do planeta Marte, passando a cerca de 139.500 quilômetros de distância da superfície do Planeta Vermelho. Essa distância é cerca de 10 vezes mais próxima do que qualquer outro objeto que já passou perto da Terra, e cerca de um terço da distância entre a Terra e a Lua.
Tal espectáculo nunca foi visto na história registada do planeta Terra. A passagem mais próxima e confirmada de um grande cometa pelo nosso planeta foi a do Cometa D/1770 L1 Lexell, que passou a mais de 15 vezes a distância entre o Siding Spring e Marte, a 2,2 milhões de quilômetros da Terra no dia 1 de Julho de 1770. Há que realçar que uma passagem cometária ainda mais próxima em 1491 permanece não confirmada.
Em tempos mais recentes, o Cometa Hyakutake passou a 15,8 milhões de quilômetros da Terra no dia 25 de Março de 1996, com uma cauda que abrangia metade do céu a partir de um local escuro, e os observadores cometários de longa data podem estar recordados da passagem do Cometa IRAS-Araki-Alcock em 1983, que passou a apenas 4,7 milhões de quilômetros da Terra.
O impacto entre o cometa e o planeta é algo que não vai acontecer, mas a poeira do cometa se movendo a uma velocidade de 56 km/s com relação a Marte, além de partes de sua coma gasosa, irão interagir com a fina atmosfera marciana. Obviamente o encontro imediato entre o cometa e planeta será seguido de perto pelas sondas na órbita de Marte e pelos rovers na sua superfície.
Fonte: NASA e Universe Today
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