No ano passado, uma fonte de poeira foi detectada jorrando de dentro do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, levando à pergunta: como foi impulsionada?
© ESA/Rosetta (cometa Churyumov-Gerasimenko)
Os cientistas sugerem agora que a explosão foi conduzida de dentro do cometa, talvez liberada de antigos respiradouros de gás ou bolsas de gelo escondido.
A pluma foi vista pela nave espacial Rosetta da ESA, em 3 de julho de 2016, apenas alguns meses antes do final da missão e quando o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko estava se afastando do Sol, a uma distância de quase 500 milhões de quilômetros.
A pluma de poeira brilhante que soprava para longe da superfície durou cerca de uma hora, produzindo cerca de 18 kg de poeira a cada segundo.
Além de um aumento acentuado do número de partículas de poeira que fluíam do cometa, a Rosetta também detectou pequenos grãos de água gelada.
As imagens mostraram a localização da explosão: uma parede com 10 m de altura em torno de uma depressão circular na superfície.
Plumas, falésias em colapso e elementos semelhantes foram anteriormente observados no cometa, mas detectar este foi especialmente afortunado: além de fotografar a localização em detalhes, a Rosetta também recolheu amostras do próprio material ejetado.
Inicialmente, os cientistas achavam que a pluma poderia ter sido o gelo superficial evaporando na luz solar. No entanto, as medições da Rosetta mostraram que tinha que haver algo mais enérgico para lançar esta quantidade de poeira no espaço.
Como esta energia foi liberada ainda não está claro. Talvez fossem bolhas de gás pressurizadas subindo por cavidades subterrâneas e explodindo livremente através de aberturas antigas, ou reservas de gelo reagindo violentamente quando expostas à luz solar.
Um dos principais objetivos da sonda Rosetta foi entender como funciona um cometa. Por exemplo, como se forma o seu invólucro gasoso e muda ao longo do tempo?
Os cientistas da Rosetta estão agora combinando medições obtidas a partir do cometa com simulações de computador e trabalho de laboratório, para descobrir o que impulsiona tais plumas em cometas.
Fonte: ESA
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