sábado, 11 de julho de 2020

A cauda do cometa NEOWISE

O cometa NEOWISE (C/2020 F3) está agora varrendo os céus do norte.


© Miloslav Druckmuller (cometa NEOWISE)

Suas caudas em desenvolvimento se estendem por cerca de seis graus através desse campo de visão telescópico, captado por Miloslav Druckmuller, em Brno, República Tcheca, antes do amanhecer de 10 de julho. Empurrado pela pressão da luz do Sol, a cauda larga e amarelada de poeira do cometa é mais fácil de ver.

Mas a imagem também evidencia uma cauda mais fraca e mais azulada, separada da poeira reflexiva do cometa. A cauda mais fraca é uma cauda iônica, formada quando íons da coma cometária são arrastados para fora por campos magnéticos do vento solar gerando fluorescência.

Neste retrato nítido desse novo visitante do Sistema Solar externo, as caudas do cometa NEOWISE lembram as caudas ainda mais brilhantes de Hale Bopp, o Grande Cometa de 1997.

Fonte: NASA

terça-feira, 7 de julho de 2020

Cometa visto da ISS

O cometa NEOWISE, cuja designação é C/2020 F3, tem sido motivo de entusiasmo para astrônomos e até mesmo para os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS).


© NASA/Roscosmos/ISS/Ivan Vagner (cometa NEOWISE)

Enquanto se espera que ele se torne brilhante o suficiente para ser visto a olho nu, Bob Behnken e Ivan Vagner o fotografaram do espaço no último fim de semana. 

Quando foi descoberto em 27 de março de 2020 pela sonda WISE (Near-Earth Object Wide-field Infrared Survey Explorer), o cometa gelado estava com brilho bastante fraco, e os astrônomos não tinham certeza de que isso mudaria em algum momento. Mas, com o passar do tempo, o cometa se tornou cada vez mais luminoso, chamando a atenção dos observadores após a decepção com outros dois cometas promissores que desapareceram recentemente. 

Bob Behnken, astronauta que foi à ISS a bordo da SpaceX Crew Dragon no final de maio, e o cosmonauta russo Ivan Vagner fotografaram o cometa. Uma imagem obtida por Ivan foi feita de uma perspectiva diferente, dando a impressão de que o cometa está caindo na Terra. Esta imagem é particularmente fascinante porque é possível distinguir claramente a cauda do NEOWISE, que é formada pela radiação do Sol que empurra a poeira da coma, enquanto o gelo se aquece e se transforma em gás. 

Em 3 de julho de 2020, o cometa passou pelo seu periélio, ou seja, a maior aproximação do Sol durante seu trajeto orbital, a uma distância de 0,29 UA (equivalente a 43 milhões de km). No entanto, espera-se que ele se torne visível a olho nu quando fizer sua maior aproximação da Terra, numa distância de 0,69 UA (equivalente a 103 milhões de km), o que acontecerá entre os dias 22 e 23 de julho, sendo visível ao anoitecer brilhando na 3ª magnitude e situado na constelação de Ursa Maior. 

Por enquanto, os que tiverem um bom par de binóculos adequados para astronomia podem observar o cometa no céu noturno. 

Fonte: Galileu