A NASA divulgou uma imagem do cometa C/2013 A1, que em 19 de Outubro de 2014, passará a 135 mil quilômetros de Marte, menos do que a metade da distância entre a Terra e a Lua.
© Hubble (cometa Siding Spring)
A imagem da esquerda, capturada em 11 de Março de 2014 pelo telescópio espacial Hubble da NASA, mostra o cometa C/2013 A1, também chamado de Siding Spring, a uma distância de 568 milhões de quilômetros da Terra. O Hubble não pode ver o núcleo congelado do cometa, devido ao seu pequeno tamanho. O núcleo é envolto por uma nuvem de poeira brilhante, a coma, que mede cerca de 19,3 mil quilômetros de diâmetro.
A imagem da direita mostra o cometa depois da imagem ter sido processada. Técnicas de processamento foram aplicadas para remover o brilho da coma, revelando o que parece ser dois jatos de poeira vindos de um local no núcleo e sendo emitidos em direções opostas. Essa observação deve permitir que os astrônomos possam medir a direção do polo do núcleo, e o seu eixo de rotação.
O Hubble também observou o Siding Spring no dia 21 de Janeiro de 2014, enquanto a Terra cruzava seu plano orbital, que é a trajetória do cometa enquanto ele orbita o Sol. Essa posição relativa entre os dois corpos permitiu que os astrônomos pudessem determinar a velocidade da poeira que está sendo expelida do núcleo do cometa.
“Essa é uma informação crítica que nós precisamos saber para determinar, se, e qual o grau, os grãos de poeira na coma do cometa impactarão Marte e as sondas que estão na sua vizinhança”, disse Jian-Yang Li do Planetary Science Institute em Tucson, no Arizona.
Descoberto em Janeiro de 2013 por Robert H. MacNaught, no Observatório de Siding Spring, o cometa está indo em direção ao Sol ao longo de sua órbita de aproximadamente 1 milhão de anos e está agora dentro do raio da órbita de Júpiter. O cometa fará sua maior aproximação do Sol, em 25 de Outubro de 2014, passando a uma distância de 209 milhões de quilômetros, bem fora da órbita da Terra. Não se espera que o cometa torne-se brilhante o suficiente para ser visível a olho nu.
Fonte: NASA