O módulo Philae completou sua missão principal antes da hibernação.
© Philae (vista panorâmica da superfície do cometa)
O módulo Philae foi levantado em torno de 4 cm e rotacionado em cerca de 35°, numa tentativa para receber mais energia solar, e aumentar sua autonomia para efetuar suas tarefas previstas.
O módulo Philae realmente parece estar bem fixado ao chão e cercado por rochas. As equipes do centro de operações espaciais da ESA e da agência aeroespacial alemã DLR conseguiram ativar o instrumento de perfuração SD2 do módulo Philae. A sonda completou as medições previstas para o bloco final de experiências sobre a superfície, coletando dados científicos a partir dos instrumentos, incluindo Rolis, Ptolomeu, SD2, COSAC (Cometary Sampling and Composition Experiment) e CONSERT (Comet Nucleus Sounding Experiment by Radiowave Transmission). O instrumento COSAC é um dos experimentos que dependiam da perfuratriz SD2 atingir o solo do cometa e trazer amostras de volta para o interior do Philae.
O COSAC vai buscar a presença de compostos orgânicos e identificar qual forma quiral possuem os aminoácidos contidos no cometa.
Essa última sessão provavelmente deve encerrar atualmente as operações do Philae, quando entrará em suspensão, até próximo do periélio do cometa que será no dia 13 de Agosto de 2015. Talvez, quando o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko se aproximar mais do Sol, as baterias sejam recarregadas e ele volte da hibernação para retornar mais informações.
Os dados coletados pela sonda permitirá aos cientistas observar mudanças que ocorrem no cometa, ajudando a responder a algumas das maiores e mais importantes questões sobre a história do nosso Sistema Solar.
Como funcionam os cometas? Como é que se formam e evoluem? Que papel desempenham os cometas na evolução dos planetas?
"Os dados coletados pelo Philae e Rosetta tornará essa missão um divisor de águas na ciência de cometas", diz Matt Taylor, cientista do projeto Rosetta da ESA.
Fonte: ESA