sexta-feira, 28 de março de 2014

Registro do cometa Churyumov-Gerasimenko

A sonda Rosetta registrou a primeira imagem de seu cometa de destino desde que acordou de seu sono cósmico.

cometa Churyumov-Gerasimenko

© ESA (cometa Churyumov-Gerasimenko)

O cometa é o pequeno círculo ao lado do aglomerado globular M107. As primeiras imagens do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko foram feitas nos dias 20 e 21 de Março de 2014 com a câmera de grande angular e pela câmera de ângulo estreito do instrumento da sonda chamado Optical, Spectroscopic and Infrared Remote Imaging System (OSIRIS). A Rosetta, é uma missão internacional liderada pela Agência Espacial Europeia (ESA) com suporte e instrumentos fornecidos pela NASA.

As duas imagens foram feitas a uma distância de cerca de cinco milhões de quilômetros e necessitou uma série de exposições de 60 a 300 segundos, feitas com as câmeras de ângulo estreito e de grande angular. O imageamento do 67P/Churyumov-Gerasimenko é parte de seis semanas de atividades dedicadas para preparar os instrumentos científicos da sonda para o estudo mais detalhado do cometa que está por vir. A sonda Rosetta está viajando pelo Sistema Solar por 10 anos, e alcançará o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko em Agosto desse ano.

A sonda Rosetta foi reativada em 20 de Janeiro de 2014 depois de 957 dias de hibernação. Os três instrumentos norte-americanos a bordo da Rosetta, são o Microwave Instrument for the Rosetta Orbiter, Alice (um espectrógrafo de imageamento ultravioleta) e o Ion and Electron Sensor.

Fonte: NASA

sexta-feira, 14 de março de 2014

Grupo brasileiro descobre mais um cometa

A União Astronômica Internacional (IAU) acaba de confirmar a descoberta do cometa C/2014 E2 Jacques.

cometa Jacques

© Remanzacco Observatory (cometa Jacques)

A imagem acima foi obtida remotamente pelo iTelescope, em Siding Spring, em 13 de março de 2014, mostrando que o objeto é um cometa, apresentando uma coma brilhante com diâmetro de cerca de 2 arcmin. O objeto foi designado provisoriamente como S002692, sendo identificado em imagens obtidas na noite de 12 de março de 2014, com 15ª magnitude.

O cometa Jacques é o segundo descoberto pelos astrônomos brasileiros Cristovão Jacques, Eduardo Pimentel e João Ribeiro de Barros por intermédio do Observatório SONEAR (Southern Observatory for Near Earth Asteroids Research), localizado em Oliveira (Minas Gerais).

O primeiro cometa, o C/2014 A4 SONEAR, foi descoberto pelo grupo no dia 12 de janeiro de 2014. Naquela ocasião, os astrônomos amadores liderados por Cristóvão Jacques haviam identificado o objeto, mas não tinham certeza de sua natureza cometária. Quando isso acontece, as regras de nomenclatura sugerem que o cometa leve o nome do observatório que primeiro reportou sua existência. Por isso, ele se tornou o cometa SONEAR. Nesta segunda descoberta, prontamente foi possível identificar uma coma, ou seja, uma atmosfera tênue em volta do objeto, devido à evaporação de material volátil. Consequentemente, após outros astrônomos espalhados pelo mundo confirmarem a descoberta, o cometa foi batizado oficialmente de C/2014 E2 Jacques, constando o nome de seu descobridor.

O sistema de buscas implementado pelo SONEAR é eficiente, e devido a  pouca concorrência de observatórios buscadores destes astros no hemisfério Sul, o grupo com certeza fará novas descobertas.

Fonte: SONEAR e Remanzacco Observatory

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Descoberto cometa genuinamente brasileiro

Utilizando um telescópio instalado no interior de Minas Gerais, um grupo de brasileiros conseguiu detectar e confirmar a descoberta do primeiro cometa brasileiro em território nacional.

cometa SONEAR

© Remanzacco Observatory (C/2014 A4 SONEAR)

Lembrando que, no dia 26 de fevereiro de 1860, o cometa Olinda foi descoberto pelo astrônomo francês Emmanuel Liais, que estava a serviço do Observatório Imperial de Paris. A descoberta foi feita no observatório do Alto da Sé, situado em Olinda, Pernambuco, Brasil. Foi o primeiro cometa descoberto na América do Sul e era o único cometa descoberto em território brasileiro. Em 1882 foi descoberto também em território nacional o cometa C/1882 R1 Cruls pelo belga, naturalizado brasileiro, Louis Ferdinand Cruls do Observatório Imperial do Rio de Janeiro. Apesar de existirem alguns registros anteriores ao de Cruls, o Observatório Imperial foi o primeiro a medir a posição e divulgar à comunidade científica por meio de mensagem telegráfica enviada aos editores da revista L'Astronomie. O brasileiro Paulo Holvorcem descobriu vários objetos, sendo dois cometas de maneira solidária, porém as descobertas ocorreram fora do Brasil.

Agora, um cometa genuinamente brasileiro, denominado de C/2014 A4 SONEAR, o objeto foi descoberto pelos astrônomos brasileiros Cristovão Jacques, Eduardo Pimentel e João Ribeiro de Barros a partir de imagens feitas no dia 12 de janeiro de 2014, como um objeto de magnitude 18 localizado na constelação da Pomba (Columba). Os registros foram obtidos através de um telescópio de 457 mm (18"), com câmera CCD acoplada, instalado no observatório SONEAR (Southern Observatory for Near Earth Asteroid Research), localizado na cidade mineira de Oliveira.

A detecção do objeto, que inicialmente tinha um aspecto asteroidal, foi primeiramente submetida à União Astronômica Internacional (IAU), e diversos astrônomos passaram a executar as medições (astrometria) do novo objeto antes que a descoberta fosse confirmada.

Em 13 de janeiro, um dia após a detecção inicial, os astrônomos Ernesto Guido, Nick Howes e Martino Nicolini, ligados ao Observatório Remanzacco, na Itália, coletaram 19 imagens a partir de um telescópio robótico instalado em Siding Spring, na Austrália, confirmando a existência de uma pequena coma ligeiramente elongada no sentido norte-este, que pode ser vista na imagem acima.

Outra série de 25 exposições feitas no dia 14 de janeiro também confirmou que o objeto descoberto era de fato um cometa, com uma difusa coma de 8 arcosegundos de diâmetro.

Finalmente, após 3 dias de observações, em 16 de janeiro de 2014 a IAU confirmou a descoberta dos astrônomos brasileiros, batizando oficialmente de C/214 A4 SONEAR o primeiro astro desse tipo descoberto no Brasil por brasileiros.

De acordo com os recentes elementos orbitais, C/214 A4 SONEAR é um cometa de orbita parabólica, provavelmente originado na nuvem de Oort. Quando detectado, se encontrava a cerca de 5,68 UA (Unidade Astronômica, equivalente a cerca de 149,5 milhões de km) da Terra e 6,33 UA do Sol, com órbita altamente inclinada de 121 graus. Ele atingirá o periélio em 11 de setembro de 2015, quando passará a 3,82 UA do Sol, cerca de 571 milhões de quilômetros.

Fonte: SONEAR e Remanzacco Observatory

sábado, 30 de novembro de 2013

Os restos mortais do cometa ISON

O cometa C/2012 S1 ISON não apresenta sinais de atividade e devido a fragmentação tornou-se uma nuvem de debris (estilhaços).

cometa ISON

© SOHO (cometa ISON)

A imagem acima obtida pela câmara LASCO C3 da sonda SOHO indica uma acentuada queda de brilho após a passagem periélica, atualmente na 5ª magnitude. Nesta imagem o cometa ISON está trestes a sair do campo de visão da câmara.

A grande perda de material, pode ser observada através da animação abaixo, que descreve a trajetória do cometa, antes e depois da maior aproximação da coroa solar, obtida pela câmara COR2-A da sonda STEREO da NASA.

trajetória do cometa ISON no periélio

© STEREO/COR2-A (trajetória do cometa ISON no periélio)

Mas, ainda há dúvida se restou um pedaço do núcleo e se ele está ativo, ou seja, produzindo algum gás. O diâmetro do núcleo do cometa ISON era de cerca de 1,4 km, porém, agora é muito menor. Brevemente, saberemos a respeito quando o telescópio espacial Hubble captar uma imagem mais nítida nos últimos dias do ano.

O desvanecimento de brilho e o afastamento do cometa em relação ao Sol desfavorece completamente a visão a olho nu do astro na próxima semana, preferencialmente no hemisfério norte.

A passagem rasante do cometa ISON fragilizou sua estrutura, e seu renascimento temporário pode ter sido seu último suspiro!

Fonte: NASA e Cometas Blog

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Cometa ISON ressurge das cinzas

O cometa C/2012 S1 ISON não resistiu ao periélio e foi quase totalmente consumido pelo calor do Sol.

fragmento do cometa ISON

© SOHO/LASCO C3 (fragmento do cometa ISON)

Depois que todo mundo viu o cometa reduzir paulatinamente de brilho e sumir por trás do Sol, parecia que o destino estava selado. Redução rápida de magnitude significava fragmentação, e um cometa aos pedaços não resistiria aos 2.700 ºC durante a passagem a 1,2 milhão de km de uma estrela. A essa temperatura, aos pedaços, todo o gelo sofre sublimação. No auge da aproximação, o cometa se deslocava a mais de 350 km/s pela atmosfera solar.

fragmento do cometa ISON

© SOHO/LASCO C2 (fragmento do cometa ISON)

Existe indícios de que possivelmente o cometa ISON se desintegrou parcialmente às 17:40 (UTC) em 28 de novembro de 2013. Porém, um rastro de fragmentos foi observado logo após o periélio, através de imagens obtidas pelas câmeras C2 e C3 da sonda SOHO, indicando que uma pequena parte do núcleo do ISON sobreviveu ao periélio.

Embora o cometa ISON tenha sofrido ruptura, oferece uma oportunidade muito rara, já que possibilita observar como um dos objetos mais antigos do Sistema Solar interage com o campo magnético do Sol.

Que outras surpresas o cometa ISON nos reserva, além de uma ressurreição?

Fonte: NASA

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Sondas captam aproximação do cometa ISON

No início desta quarta-feira o cometa C/2012 S1 ISON penetrou no campo de visão do coronógrafo LASCO C3 da sonda SOHO (Solar and Heliospheric Observatory).

cometa ISON

© SOHO/LASCO C3 (cometa ISON)

As primeiras imagens do coronógrafo LASCO C3 mostravam o cometa ISON aparentemente íntegro quando estava a apenas 22 milhões de quilômetros da superfície do Sol. O cometa ISON surgiu lentamente pelo canto inferior direito da imagem, com velocidade estimada em 830 mil km/h. À medida que se aproxima do Sol essa velocidade vai aumentar ainda mais até atingir o periélio na quinta-feira, às 18h38 BRT, quando o cometa ISON chegará a apenas 1,1 milhão de quilômetros da superfície, cuja velocidade neste momento será de 1,36 milhão km/h. Esta velocidade será suficiente para fazê-lo contornar o Sol, desde que suporte o calor intenso de 2 milhões de graus na região plasmática da coroa solar e também a influência das forças de maré durante a máxima atração gravitacional.

Alguns dias antes a sonda STEREO (Solar TErrestrial RElations Observatory) através das cãmeras SECCHI (Sun Earth Connection Coronal and Heliospheric Investigation) acompanhou o cometa ISON aproximando do Sol, visto na filme a seguir.

© STEREO/SECCHI (cometa ISON)

Este filme mostra o cometa ISON, o planeta Mercúrio, o cometa Encke e a Terra ao longo de um período de cinco dias (a partir de 20 novembro até 25 novembro de 2013). O Sol está à direita do campo de visão da câmera.

Fonte: NASA

sábado, 23 de novembro de 2013

O cometa ISON perde fragmentos individuais

Um ou mais fragmentos poderão ter-se separado do núcleo do cometa ISON nos últimos dias.

imagem da estrutura alada do cometa ISON

© O. Wendelstein (imagem da estrutura alada do cometa ISON)

Duas estruturas tipo-asa no ambiente gasoso em redor do cometa, fotografadas por uma equipe de cientistas do Instituto Max Planck para Pesquisa no Sistema Solar e do Observatório Wendelstein da Universidade Ludwig Maximilian de Munique, parecem indicar isso; as estruturas aparecem em imagens obtidas no final da semana passada. Este distanciamento de pedaços individuais de detritos pode possivelmente explicar o recente aumento de brilho do cometa.

O cometa ISON tem decepcionado muitos astrônomos amadores ao longo da sua viagem até ao Sol. O brilho do cometa, que passará no dia 28 pela superfície do Sol a uma relativamente pequena distância de pouco mais de um milhão de quilômetros, não aumentou tanto quanto inicialmente se esperava. No final da semana passada, a luminosidade do ISON subiu dramaticamente com vários observadores a relatando um considerável aumento de brilho.

Uma possível indicação para a causa do surto é fornecida por imagens do cometa obtidas e avaliadas recentemente por cientistas do Observatório Wendelstein e do Instituto Max Planck para Pesquisa no Sistema Solar.

As análises mostram duas estruturas visíveis na atmosfera do cometa que se estendem a partir do núcleo como asas. Estas "asas" eram ainda bastante fracas no dia 14 de novembro, mas dominavam claramente as imagens obtidas dois dias depois. "Tais estruturas ocorrem tipicamente após a separação de fragmentos individuais a partir do núcleo cometário," realça Hermann Böhnhardt do Instituto Max Planck para Pesquisa no Sistema Solar.

Tal como o núcleo do cometa, os seus fragmentos também libertam gás e poeira para o espaço. Se as emissões do cometa e dos fragmentos menores se encontram, é gerada uma espécie de camada separadora e por vezes tem um carácter tipo-asa. Se o aumento de brilho visto nos últimos dias foi também provocado pela divisão dos fragmentos, "isso não pode ser afirmado com certeza," acrescenta Böhnhardt. No entanto, esta relação foi comprovada noutros cometas.

As estruturas tipo-asa nas imagens não podem ser avistadas a olho nu, são necessários métodos numéricos para aparecerem em imagens processadas. Para este fim, deve ser analisado o ambiente gasoso do cometa no computador em busca de mudanças de brilho. O uniforme pano de fundo da atmosfera do cometa é subtraído e deixa assim de eclipsar as frágeis estruturas. "As nossas simulações indicam que ou apenas se dividiu uma única parcela, ou apenas poucos pedaços menores," afirma Böhnhardt.

Ainda não se sabe como o cometa irá comportar-se nas próximas semanas, quando der a volta ao Sol. "No entanto, a experiência passada mostra que os cometas que perdem fragmentos têm tendência para fazê-lo novamente," conclui Böhnhardt.

No dia 19 de novembro o cometa ISON apresentou uma desconexão, observada na imagem a seguir obtida por Joseph Brimacombe.

desconexão no cometa ISON

© Joseph Brimacombe (desconexão no cometa ISON)

Fonte: Instituto Max Planck

domingo, 17 de novembro de 2013

Aumento repentino de brilho do cometa ISON

O cometa C/2012 S1 ISON já está visível a olho nu em locais de baixa luminosidade, devido a um incremento substancial em seu brilho.

cometa ISON

© Adam Block (cometa ISON)

Este aumento súbito de brilho (outburst) de um cometa pode ocorrer devido à perda abrupta de massa em um intervalo de tempo muito curto. A sublimação de material ejeta ao espaço muita água e poeira aumentando o tamanho da coma, o que faz o cometa brilhar ainda mais próximo do Sol.
A ejeção de jatos de gás em todas as direções provoca a rotação do cometa expondo novas camadas de rocha à radiação solar. Estes fatores poderão induzir a uma ruptura do cometa na passagem periélica, que ocrrerá no dia 28 de novembro deste ano, quando o cometa passará pela superfície borbulhante do Sol a uma distância de cerca de um milhão de quilômetros. O núcleo de gelo e rochado cometa, cujo diâmetro é estimado entre dois e cinco quilômetros, será submetido a forças de maré gigantescas e a um calor brutal.
A seguir uma é vista uma animação da órbita do cometa ISON efetuada no software Solar System Scope.
 

© Solar System Scope (órbita do cometa ISON)

Em 27 de dezembro o cometa atinge o seu ponto de maior aproximação com a Terra, passando a uma distância de 64 milhões de quilômetros.
Para o astrônomo Emmanual Jehin, da Universidade de Liège, na Bélgica, utilizando o telescópio robótico TRAPPIST (TRAnsiting Planets and PlanetesImals Small Telescope), em La Silla, Chile, verificou que esse incremento de intensidade nas últimas noites, resultou no dobro da produção do material que vinha sendo ejetado pelo cometa, numa taxa de 2x1028 moléculas/segundo. Agora, podemos observar emissão de jatos na banda de OH (hidroxila), no mesmo local das de CN (cianogênio) e de C2 (carbono diatômico).
A imagem abaixo mostra a localização do cometa ISON, as 5:30 hs(horário de verão). Ele estará numa linha imaginária entre o planeta Marte e a estrela Spica, com baixa elongação e próximo do horizonte.

localização do cometa ISON
© Cartes du Ciel (localização do cometa ISON)

Nesta manhã de domingo (17/11), o cometa ISON estará na 5ª magnitude. Na região sudeste do Brasil estará visível apartir das 4:30 hs, e poderá ser visto até as 6:30 hs quando o Sol surgirá. Estas aparições no alvorecer deverão ser mais expressivas até o periélio, atingindo a magnitude –6.
 
Fonte: Cometas Blog

domingo, 3 de novembro de 2013

Um trio atual de cometas brilhantes

Uma excursão sob o céu permitirá observar um trio de cometas neste final de ano. Os cometas em questão são: 2P/Encke, C/2012 S1 (ISON) e C/2013 R1 (Lovejoy).

trio de cometas

© Cartes du Ciel (trio de cometas)

Uma vez que é raro ter três cometas relativamente brilhantes no mesmo pedaço de céu, ao mesmo tempo, você não vai querer perder esta oportunidade, agora que a Lua está na fase Nova, para observar estes astros.

O cometa Lovejoy foi descoberto em 7 de setembro de 2013 por Terry Lovejoy (Austrália). Na ocasião o objeto estava com magnitude 14. Atualmente com magnitude 8, poderá ser visto através de binóculos de 50 mm. Usando os mapas celestes, procure uma mancha difusa com um centro brilhante não muito longe da estrela brilhanteProcyon na constelação de Cão Menor. Nos próximos dias, Lovejoy vai iluminar com um adicional de 2 a 3 magnitudes, em direção à constelação de Câncer. Lovejoy provavelmente poderá ser visto a olho nu, em meados de novembro. Usuários com pequeno telescópio pode ver o cometa com facilidade, mas o desenvolvimento de sua cauda de gás ainda é fraco para detectar visualmente. Na segunda quinzena de novembro o cometa se encontrará na constelação de Leão Menor e possivelmente atingirá a magnitude 5.

cometa Lovejoy

© Gerald Rhemann (cometa Lovejoy)

Enquanto isso, o cometa Encke que translada ao redor do Sol a cada 3,3 anos. O cometa foi descoberto em 17 de janeiro de 1786 por Pierre Méchain. As estimativas atuais apontam uma magnitude 7, também poderá ser visto através de binóculos de 50 mm. Na manhã de 1º de novembro ele estará na constelação da Virgem, visível antes do Sol nascer. O brilho total deverá atingir a magnitude 7, porém sua altura será de apenas 10 graus acima do horizonte. No periélio, em 21 de novembro, o cometa Encke deverá atingir a magnitude 5.

cometa Encke

© Damian Peach (cometa Encke)

O outro astro que compõe o trio, é o cometa ISON. Ele foi descoberto pela equipe do Observatório ISON (International Scientific Optical Network), localizado em Kislovodsk, na Rússia, através dos observadores V. Nevski e A. Novichonok, no dia 21 de setembro de 2012 quando o objeto estava com magnitude 18. Agora está com magnitude 9. Observadores com binóculos na faixa de 70-100 mm vai vê-lo sob um céu escuro, mas no início de novembro será necessário um alcance de pelo menos 6 polegadas.

cometa ISON

© Michael Jäger (cometa ISON)

Especula-se, através de análise fotométrica,  que o cometa ISON sofrerá uma desintegração durante sua trajetória de aproximação do Sol. O pesquisador  Zdenek Sekanina publicou um artigo em outubro, analisando dois cometas oriundos da Nuvem de Oort, com propriedades semelhantes ao cometa C/2012 S1. O cometa C/1962 C1 Seki-Lines que passou a 0,0314 UA do Sol e o cometa C/2002 O4 Hönig, que passou a 0,776 UA. Apesar de estar mais próximo do Sol naquele momento, somente o cometa Seki-Lines sobreviveu à passagem periélica.

Pouco antes do razante solar, o ISON poderá chegar magnitude 3 em torno de 21 de novembro, normalmente uma presa fácil a olho nu, mas com baixa altitude que prejudicará a visão. Logo após, ocorrerá uma conjunção entre os cometa 2P/Encke e o C/2012 S1 ISON, que está prevista para ocorrer nos dias 24 e 25 de novembro. Se o cometa ISON pemanecer íntegro à passagem periélica em 28 de novembro, quando deve passar apenas 0,0124 UA do Sol, alcançando a magnitude –6, e com aproximadamente 0,5 grau de elongação  propiciará a visão de sua cauda se pondo no horizonte.

Fonte: REA e Universe Today

sábado, 2 de novembro de 2013

Outburst do cometa C/2012 X1 (LINEAR)

Em 21 de outubro 2013, ocorreu uma explosão de brilho (outburst) do cometa C/2012 X1 (LINEAR).

cometa C/2012 X1 (LINEAR)

© Gianluca Masi (cometa C/2012 X1 em 25/10/2013)

A magnitude do cometa era 8,5 em 20 de outubro, quando foi medida por Hidetaka Sato, com um brilho central de cerca de 10" de diâmetro. A previsão para a magnitude absoluta H10 para o cometa C/2012 X1 (LINEAR) seria em torno de 14 agora. Este cometa foi descoberto em 8 de dezembro de 2012 pela equipe do LINEAR (Lincoln Near Earth Asteroid Research), com a magnitude 19. Segundo os elementos orbitais iniciais este cometa alcançaria apenas a magnitude 11 em fevereiro de 2014.

Recentemente, o cometa C/2012 X1 (LINEAR) apresentou uma taxa de expansão de poeira semelhante à do cometa 17P/Holmes ocorrida em 2007.

cometa 17P/Holmes

© Michael Jäger (cometa 17P/Holmes em 27/11/2007)

Foi realizado um acompanhamento das medições deste objeto, no dia 21 outubro, por Ernesto Guido, Nick Howes e Martino Nicolini do Observatório Remanzacco, onde calcularam a taxa de expansão de poeira do cometa C/2012 X1 (LINEAR) comparando com à do cometa 17P/Holmes.

C/2012 X1 (LINEAR)

© E. Guido, N. Howes e M. Nicolini (cometa C/2012 X1)

No momento da sessão de imagens com exposições não filtradas, obtidas remotamente a partir iTelescope Observatory, no Novo México, o cometa estava apenas a 16 graus acima do horizonte e o Sol a -11 graus. O cometa C/2012 X1 (LINEAR) apresenta uma morfologia semelhante ao outburst do cometa 17P/Holmes: o diâmetro da coma do é de cerca de 105" e a forte condensação central é de aproximadamente 15" de diâmetro, com magnitude aproximadamente 11.

filtro MCM

© E. Guido, N. Howes e M. Nicolini (filtro MCM)

A imagem acima mostra uma elaboração da imagem original com o filtro MCM (Median Coma Model). Este filtro cria um coma artificial, com base na fotometria da imagem original, e subtrair a própria imagem original, a fim de destacar as zonas internas do brilho diferente, que estão muito próximos do núcleo interior, e que seriam normalmente escondido da luz difusa do cometa. 
O diâmetro da coma aumentou de 113 para 202 arcseg (segundos de arco) em cerca de 88 horas (3,66 dias). Isto corresponde a uma velocidade radial projetada de 1,01 arcseg/hora (ou 24,3 arseg/dia) e, a uma distância de 2,95 UA, com velocidade de cerca de 0,6 km/s. Podemos comparar esta velocidade com a do 17P/Holmes durante o seu outburst de 2007, onde a taxa de expansão de poeira, também projetada no plano do céu, foi de cerca de 0,554 +/- 0,005 km/s 25 de outubro a 1 novembro, conforme artigo publicado por por Yi Lin et al. no periódico The Astronomical Journal.

curva de luz

© Seichii Yoshida (curva de luz do cometa C/2012 X1)

Atualmente, o astro não é visível na maior parte do Brasil, mas caso seu brilho continue a aumentar existe uma chance de observarmos este cometa a partir da última semana de janeiro de 2014 ao amanhecer na constelação de Ofiúco, talvez com magnitude 6, conforme previsão de Seichii Yoshida.

Fonte: Observatório Remanzacco

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Um belo cometa do tipo Sungrazer

Arquenando rumo ao seu destino fatal, o Cometa de Natal SOHO 6, classificado como Sungrazer (rasante solar)  foi registrado pelo instrumento Large Angle Spectrometric COronagraph (LASCO) da sonda SOHO no dia 23 de Dezembro de 1996.

cometa de Natal SOHO 6

© NASA/ESA/SOHO (cometa de Natal SOHO 6)

Este cometa, o sexto descoberto pela sonda SOHO, passou a apenas 0,0049293 UA do centro do Sol e não sobreviveu à passagem.

O LASCO usa um disco de ocultação parcialmente visível na parte inferior direita da imagem, para bloquear o disco solar permitindo que se possa fazer imagens da apagada coroa interna do Sol dentro de 8 milhões de quilômetros. O cometa é visto enquanto sua coma entra na região equatorial do vento solar brilhante (orientado verticalmente). Posicionado no espaço e observando o Sol de maneira contínua, o SOHO já foi usado para descobrir mais de 2.500 cometas, incluindo numerosos cometas do tipo Sungrazers. Com base em suas órbitas, acredita-se que a grande maioria pertence à chamada Família Kreutz de cometas Sungrazers, criados por sucessivas quebras de um único e grande cometa progenitor que passou muito perto do Sol no século doze. Passando bem perto do Sol, os cometas do tipo Sungrazers, estão sujeitos a forças de marés destrutivas somadas ao intenso calor do Sol.

O Grande Cometa de 1965, o Ikea-Seki, também era um membro da Família Kreutz, e passou a cerca de 650.000 quilômetros de distância da superfície do Sol.

cometa ISON

© Hubble (cometa ISON)

Embora dois cometas nunca sejam exatamente iguais, o cometa ISON parece ter similaridades notáveis do Cometa Kirch, também chamado de o Grande Cometa de 1680. Como o cometa ISON, que está se aproximando, o cometa Kirch, foi um brilhante cometa do tipo Sungrazer. Nenhum desses dois cometas, coincidentemente, é um membro do grupo mais comum desses objetos, a Família Kreutz. No final desse ano, cujo periélio será no dia 28 de Novembro, o cometa ISON, potencialmente o cometa do tipo Sungrazer mais brilhante já registrado na história, é esperado que sobreviva ao seu encontro com o Sol.

Fonte: NASA

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Corpo celeste asteroidal é um cometa

Durante 30 anos, acreditava-se que um grande objeto próximo da Terra, denominado 3552 Don Quixote, era um asteroide.

a coma e a cauda do Don Quixote

© Spitzer (a coma e a cauda do Don Quixote)

Agora, porém, astrônomos descobriram que o terceiro maior corpo celeste do tipo com órbita entre o Sol e o nosso planeta, com quase 19 quilômetros de diâmetro, é na verdade um cometa, ou seja, uma mistura de gelo, gases congelados e poeira que pode ajudar a resolver a questão da origem da água da Terra.

Cerca de 5% dos objetos com órbitas próximas da Terra são cometas chamados “mortos”, isto é, que perderam toda sua água e dióxido de carbono congelado ao formarem suas comas (a nuvem em volta do núcleo) e caudas ao longo de bilhões de anos de aproximações com o Sol, deixando para trás apenas um núcleo rochoso que se parece com um asteroide. Mas Don Quixote ainda é um cometa ativo, como mostraram observações com o telescópio espacial infravermelho Spitzer da NASA.

O 3552 Don Quixote foi descoberto em 26 de setembro de 1983 por Paul Wild. “Don Quixote sempre foi conhecido como algo estranho”, afirmou Joshua Emery, professor da Universidade do Tennessee e um dos integrantes da pesquisa.

Sua órbita o leva próximo à Terra, mas também até além de Júpiter. E uma órbita grande como esta é similar à de um cometa, não à de um asteroide, que tende a ser mais circular, por isso foi cogitado que ele poderia ser um cometa que perdeu todo o seu depósito de gelo. O corpo celeste apresenta um albedo de 0,03.

Os pesquisadores então reexaminaram imagens de Don Quixote feitas pelo Spitzer em 2009, quando ele estava na parte da órbita mais próxima do Sol, e descobriram que ele tinha uma coma e uma cauda. Emery também reviu observações feitas em 2004, quando o cometa estava mais distante do Sol, e determinou que sua superfície é composta de pó de silicato, similar à de um cometa. Ele também notou que Don Quixote não tinha coma ou cauda a esta distância, o que é comum em cometas, já que precisam da radiação do Sol para formar a coma e do vento solar para formar a cauda.

A descoberta da verdadeira natureza de Don Quixote reforça a hipótese defendida por alguns cientistas de que grande parte da água da Terra veio do impacto de cometas com o planeta ao longo de bilhões de anos. Mesmo com pouco material volátil restante, o Don Quixote ainda conteria cerca de 100 bilhões de toneladas de água, o suficiente para encher um grande lago como o Tahoe, na fronteira entre os estados americanos de Califórnia e Nevada, com área de quase 500 quilômetros quadrados.

A descoberta foi apresentada esta semana no European Planetary Science Congress, em Londres.

Fonte: Jet Propulsion Laboratory

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Spitzer observa emissão de gás no cometa ISON

Astrônomos usando o telescópio espacial Spitzer da Nasa observaram fortes emissões de dióxido de carbono no cometa ISON.

cometa ISONcometa ISON

© NASA/Spitzer (cometa ISON)

A imagem acima mostra à esquerda, no comprimento de onda de 3,6 micrômetros, a emissão de partículas de poeira formando uma cauda notável. À direita vê-se uma imagem no comprimento de onda de 4,5 micrômetros, à qual foi subtraída a estrutura da cauda visível, mostrando uma nuvem esférica de gás, provavelmente composta majoritariamente por dióxido de carbono, em torno do núcleo do cometa e que o encobre completamente. As cores são faseadas, foram usadas apenas para facilitar a visualização das estruturas referidas.

O dióxido de carbono é considerado o gás que alimenta a emissão para a maioria dos cometas entre as órbitas de Saturno e cinturão de asteroides. As observações foram feitas em infravermelho no dia 13 de Junho, e revelaram que o cometa ISON libertava diariamente 1 milhão de kilogramas de dióxido de carbono e 54 milhões de kilogramas de poeira. Na ocasião o cometa estava a 3,35 UA, cerca de 500 milhões de quilômetros do Sol, e apresentava uma cauda 300 mil quilômetros de comprimento.

O Comet ISON, conhecido oficialmente como C/2012 S1, possui um diâmetro inferior a 4,8 km de diâmetro e tem uma massa entre 3,2 bilhões e 3,2 trilhões de kilogramas). A localização do cometa ainda está muito longe, por isso o seu verdadeiro tamanho e densidade não foram determinados com precisão.

No final deste mês o cometa atravessa, entre Marte e Júpiter, a taxa de sublimação da água, a sua atividade e visibilidade deverão aumentar dramaticamente, cuja ápice ocorrerá na passagem periélica em 28 de Novembro deste ano, quando passará apenas a 1,16 milhões de quilômetros do Sol.

Fonte: NASA

domingo, 26 de maio de 2013

A anticauda do cometa PanSTARRS

É  possível observar uma magnífica anticauda do cometa PanSTARRS (C/2011 L4) durante sua  aproximação do plano da órbita do planeta Terra.

anticauda do cometa PanSTARRS em 21/05

© Damian Peach (anticauda do cometa PanSTARRS em 21/05)

A cauda trilha ao longo da órbita do cometa, uma vez que deixa o Sistema Solar interior para trás. Uma perspectiva quase de lado próximo do plano orbital da trajetória do cometa aumenta a visão da anticauda e parece apontar na direção do Sol, aparentemente contrária ao comportamento de caudas de poeira de cometas, que são empurradas para fora pela pressão da luz solar.

anticauda do cometa PanSTARRS em 23/05

© Joseph Brimacombe (anticauda do cometa PanSTARRS em 23/05)

Os longos e estreitos trechos da anticauda à direita da imagem acima perfazem quase 4 graus ou cerca de 8 vezes o tamanho angular da lua cheia. Varrendo o extremo norte nos céus do planeta Terra, o cometa é visto a noite toda na maior parte do hemisfério norte, mas agora com o luar brilhante interfere na sua visibilidade. A anticauda do cometa PanSTARRS é uma das mais longas desde o aparecimento do cometa Arend-Roland em 1957.

cometa Arend-Roland

© Cometografia/K. W. Schrick (cometa Arend-Roland)

Ainda esta semana em 26-27 de maio, a Terra vai passar diretamente através do plano orbital do cometa, que corta o plano dos planetas em um ângulo muito íngreme. No final de maio, o Cometa PanSTARRS irá passar  a poucos graus do polo celestial norte.

Fonte: NASA

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Hubble captou imagem do cometa ISON

O cometa C/2012 S1 (ISON) encontrava-se a pouco mais de 621 milhões de quilômetros do Sol quando o telescópio espacial Hubble captou esta magnífica imagem.

cometa ISON

© Hubble (cometa ISON)

Esta imagem foi obtida no dia 10 abril deste ano. Viajando a uma distância ligeiramente mais próxima que a órbita de Júpiter, a uma velocidade aproximada de 75 mil km/s, o cometa exibe já uma intensa atividade na superfície do seu núcleo, resultante do aquecimento provocado pela radiação solar, e consequente sublimação dos compostos voláteis aprisionados no seu interior. Através das imagens obtidas pelo Hubble, os cientistas conseguiram identificar jatos gasosos expelindo partículas de poeira na face do núcleo voltada para o Sol.

Medições preliminares sugerem que o núcleo do cometa ISON não terá mais de 5 a 6 quilômetros de diâmetro. Estas dimensões são surpreendentemente pequenas, tendo em conta o nível de atividade até agora observado.

No momento em que foram obtidas as imagens, a coma cometária apresentava cerca de 5 mil quilômetros de diâmetro, um pouco mais que o comprimento do Brasil, de norte a sul. A cauda de poeira estendia-se a mais de 91 mil quilômetros, muito além do campo de visão do Hubble.

Os cientistas vão agora usar estes novos dados para preverem com maior rigor o comportamento do cometa durante a sua passagem periélica no próximo dia 28 de Novembro. O cometa ISON deverá passar a cerca de 1,1 milhões de quilômetros da superfície do Sol, quando poderá tornar-se momentaneamente num objeto mais brilhante que a Lua Cheia. Posteriormente, se sobreviver à passagem periélica, o cometa passará a cerca de 64,2 milhões de quilômetros do nosso planeta. Espera-se que durante esse período o cometa se torne num dos mais brilhantes cometas das últimas décadas.

Fonte: NASA

sábado, 30 de março de 2013

A vasta cauda do cometa PanSTARRS

Para os observadores do hemisfério norte, o cometa PanSTARRS (C/2011 L4), mesmo se apagando continua acima do horizonte no lado oeste do céu, depois do pôr do Sol mas antes da Lua nascer.

cauda do cometa PanSTARRS

© Lorenzo Comolli (cauda do cometa PanSTARRS)

Com uma perspectiva do planeta Terra, ele continua revelando uma vasta cauda de poeira. Essa imagem de longa exposição do cometa, feita no dia 21 de Março de 2013, foi realçada para mostrar as impressionantes e sutis estrias na cauda do PanSTARRS, denominadas síncronas e syndynes. As síncronas traçam a localização dos grãos de poeira lançados do núcleo do cometa ao mesmo tempo e com velocidade zero. As sucessivas linhas síncronas estão separadas por um dia e começam na parte inferior, 10 dias antes da passagem do cometa pelo periélio em 10 de Março de 2013. As syndynes são linhas contínuas, e mostram a localização dos grãos de poeira de mesmo tamanho, também lançados com velocidade zero. Os grãos de poeira com largura de 1 mícron localizam-se ao longo da syndyne superior. A largura dos grãos aumenta no sentido anti-horário até grãos com 500 mícron de largura localizados ao longo da syndyne aproximadamente paralela à órbita do cometa. No modelo, as forças agindo nos grãos de poeira foram assumidas como sendo a gravidade e a pressão da luz do Sol. As estrias periódicas na cauda do PanSTARRS vistas tão de perto seguem as linhas síncronas do modelo. No dia 21 de Março de 2013, o cometa PanSTARRS estava a aproximadamente 180 milhões de quilômetros de distância. Nessa distância, essa foto teria quase que 4 milhões de quilômetros de largura.

Fonte: NASA

segunda-feira, 4 de março de 2013

O cometa PANSTARRS se aproxima

O cometa C/2011 L4 PANSTARRS foi descoberto no dia 6 de junho de 2011 em Haleakala no Havaí,  quando o objeto estava com magnitude 19.

cometa PANSTARRS

© Minoru Yoneto (cometa PANSTARRS)

O projeto PANSTARRS (Panoramic Survey Telescope and Rapid Response System) que tem por objetivo mapear constantemente o céu em busca de objetos próximos que possam apresentar risco de colisão com a Terra.

Esta é a primeira visita do cometa PANSTARRS pelo interior do Sistema Solar. Ele se formou há milhares de anos, possivelmente na região da Nuvem de Oort, grande reservatório de objetos gelados no extremo do Sistema Solar, sendo atraído ao aproximar da nossa estrela.

coma do cometa PANSTARRS

© Roger Groom (coma do cometa PANSTARRS)

Os registros do início de março de 2013 mostram que a coma tem se mostrado de aspecto quase estelar e avaliada com magnitude 2.

O cometa pode ser visto durante o crepúsculo vespertino e passa mais próximo da Terra na manhã de 5 de março de 2013, a aproximadamente 166 milhões de km. O periélio ocorrerá no dia 10 de março deste ano, quando o cometa ficará a cerca de 45 milhões de quilômetros do Sol.

Fonte: Cometas Blog

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Deep Impact capta imagem do cometa ISON

O cometa ISON foi descoberto pelos astrônomos russos Vitali Nevski e Artyom Novichonok em 21 de setembro de 2012. O nome dado foi o da instituição na qual os dois trabalham, a International Scientific Optical Network.

cometa ISON

© Deep Impact (cometa ISON)

A sonda Deep Impact da NASA capturou imagens do cometa C/2012 S1(ISON), que deve iluminar o céu da Terra até 2014 e poderá ser, devido as previsões do seu brilho, o "cometa do século"!

A sonda Deep Impact foi lançada em 2005 e já conseguiu um feito no estudo de cometas: em sua primeira missão, disparou um projétil que atingiu o cometa Tempel 1 para estudar os destroços liberados com o impacto. A Deep Impact observou também o cometa Hartley 2 em 2010 e o cometa C/2009 P1 (Garradd) em 2012.

A Deep Impact recentemente fez as imagens ao se concentrar no cometa em um período de 36 horas nos dias 17 e 18 de janeiro deste ano, quando o cometa ainda estava a cerca de 763 milhões de quilômetros do Sol. Em fevereiro, o cometa ISON cruzou a órbita de Júpiter.

O cometa ISON já tem uma cauda de 64 mil quilômetros de extensão, formada por poeira e gases. O corpo celeste deve passar muito perto do Sol em novembro e, acredita-se, poderá ser visto a olho nu com um brilho intenso na Terra, quem sabe até mesmo durante o dia.

"Esta parece ser a primeira viagem deste cometa para dentro do Sistema Solar, e ele deve passar muito mais perto do Sol do que a maioria dos cometas", afirmou o cientista Tony Farnham, da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.

As estimativas atuais dizem que o núcleo do ISON tem entre 1 e 10 km de diâmetro com muito gelo contendo compostos voláteis como amônia, monóxido de carbono, dióxido de carbono e metano congelados.

Por isso, este cometa irá fornecer uma nova oportunidade de ver como a poeira e o gás congelados desde o início de nosso Sistema Solar vão mudar e evoluir quando for muito aquecido durante sua primeira passagem perto do Sol.

No dia 28 de novembro, ocorrerá o periélio quando o cometa passará apenas a 0,0125 UA (Unidades Astrônomicas) do Sol, aproximadamente 1,875 milhões de quilômetros. Nesta data, devido às previsões, o cometa atingirá a magnitude –13, porém somente com 0,5 grau de elongação, consequentemente no pôr do Sol será possível ver a cauda do cometa. A máxima aproximação da Terra deve ocorrer no dia 26 de dezembro, quando estará a 60 milhões de km de distância.

Se o cometa sobreviver a esta passagem, deve se afastar do Sol ainda mais brilhante do que antes, mas as condições favoráveis dependerá da localização do observador.

No entanto, cometas são imprevisíveis, e o ISON poderá se desintegrar durante a passagem nas proximidades do Sol.

Vamos torcer para que desta vez surja no céu um cometa espetacular!

Fonte: NASA

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Cometa Lemmon muito mais brilhante

Este ano de 2013, pode ser chamado de o ano dos cometas.

cometa Lemmon

© Rolf Wahl Olsen (cometa Lemmon)

O C/2011 L4 PANSTARRS e o C/2012 S1 ISON estão sendo anunciados como os dois cometas com possibilidades de serem vistos a olho nu. Nos últimos meses, um terceiro cometa, o cometa C/2012 F6 Lemmon, está mais brilhante do que o esperado, e agora está com magnitude entre 6,2 e 6,5; que é abaixo do limite para a visibilidade a olho nu.

Ele foi descoberto por Alex Gibbs do Mount Lemmon Survey no Arizona em 23 de março de 2012. Naquela época, o cometa estava demasiado fraco com magnitude 21, e localizado cerca de 5 UA (Unidade Astronômica), ou seja, cinco vezes a distância da Terra ao Sol.

No dia 5 de fevereiro de 2013 o cometa atingiu sua máxima aproximação da Terra, com cerca de 1 UA, sendo melhor observado ao anoitecer no hemisfério sul através de binóculos.

O cometa Lemmon ostenta uma impressionante coma verde limão e uma cauda fraca dividida. A tonalidade esverdeada gerada na coma vem do gás cianogênio (CN) e carbono diatômico (C2) fluorescentes na luz solar.

Se esta tendência de aumento de brilho continuar, o cometa poderá se tornar visível a olho nu ainda este mês, mas provavelmente não tão brilhante como as previsões para os cometas PANSTARRS e ISON.

O periélio (a máxima aproximação do Sol) do cometa Lemmon acontecerá em 24 de março de 2013, com uma distância de 0,73 UA, que é um pouco menor do que o da órbita da Terra em torno do Sol. Nesta ocasião o cometa deve atingir seu máximo brilho, com previsão de magnitude 4. Até maio de 2013, os observadores com telescópios em ambos os hemisférios podem ser capazes de vislumbrar sua aparição. Em junho de 2013, o cometa estará com magnitude 10 na constelação de Andrômeda,  seguindo sua jornada.

Fonte: EarthSky

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Descoberta aumenta número de exocometas

A descoberta de um novo grupo de cometas que orbitam estrelas distantes, anunciada na reunião semestral da Sociedade Astronômica Americana, quase triplica o número desses corpos celestes conhecidos.

ilustração de cometas fora do Sistema Solar

© BBC Brasil (ilustração de cometas fora do Sistema Solar)

O primeiro chamado "exocometa" foi descoberto em 1987, mas desde então apenas mais três haviam sido encontrados.

Mas no encontro realizado nesta semana na Califórnia, o astrônomo americano Barry Welsh deu detalhes sobre mais sete desses cometas. A possibilidade de provar que os cometas são comuns no Universo tem implicações sobre seu possível papel de levar água ou até mesmo partículas que podem gerar vida aos planetas.

Corpos celestes como o Cometa Halley, que faz um caminho longo e elíptico, passando perto do Sol a cada 75 anos, são conhecidos pelas longas caudas de gás e detritos que aparecem quando eles se aproximam de suas estrelas hospedeiras. Foram essas caudas que Welsh e sua colaboradora Sharon Montgomery mediram, usando imagens do observatório McDonald, no Texas.

As caudas dos exocometas absorvem uma pequena fração da luz de suas estrelas hospedeiras, e a absorção muda com o tempo, conforme os cometas aceleram ou desaceleram. Com uma observação paciente, a dupla verificou a existência de sete novos cometas de fora do Sistema Solar.

No nosso Sistema Solar, muitos cometas vêm do cinturão de Kuiper, um disco de detritos localizado além da órbita de Netuno, e da nuvem de Oort, um disco de detritos ainda maior e mais distante. Welsh explicou que esses discos são "sobras" características da formação de planetas.

Mas algo precisa perturbar a órbita dos cometas para colocá-los na direção de sua estrela hospedeira. Apesar de colisões entre cometas serem capazes disso, acredita-se que a gravidade dos planetas próximos fazem esse trabalho. De fato, em 1987, quando o primeiro exocometa foi observado em torno da estrela Beta Pictoris, surgiu a hipótese de que um planeta podia ser responsável por sua órbita, e em 2009 um planeta gigante foi encontrado por lá.

Nos últimos anos tem havido um foco maior sobre os exoplanetas, com o anúncio de 461 novos candidatos a serem reconhecidos como planetas, e a possibilidade da existência de bilhões desses planetas com tamanho semelhante à Terra.

O novo estudo ajuda a esclarecer a relação entre esses planetas e os discos de detritos de seus locais de origem. Isso pode ajudar também a compreensão da formação do nosso próprio Sistema Solar.

"Parece que o processo de construção de planetas é muito semelhante em muitos casos, e para provar isso você precisa olhar não somente o produto final, mas também as coisas das quais eles são feitos", observa Welsh. A descoberta de mais cometas também aumenta a possibilidade de que eles tenham um papel importante no transporte de materiais.

"Há duas teorias: uma é de que os cometas antigos no nosso Sistema Solar levaram gelo aos planetas e que esse gelo derreteu e formou os oceanos", relata Welsh. "A outra, talvez um pouco mais rebuscada, é que as moléculas orgânicas nos cometas eram as sementes da vida nos planetas. E se os cometas são tão comuns em todos os sistemas planetários, então talvez a vida também seja", diz.

Fonte: BBC Brasil

sábado, 27 de outubro de 2012

A ruptura do cometa 168P/Hergenrother

O cometa 168P/Hergenrother, ao longo das últimas semanas,tem estado sob escrutínio intenso devido ao seu comportamento estranho,  ou seja, um aumento de magnitude 6 em seu brilho em questão de poucas noites.

cometa Hergenrother e seu fragmento

© Observatório Remanzacco (cometa Hergenrother e seu fragmento)

Simultaneamente, a condensação do centro tornou-se efetivamente mais brilhante e nítida, enquanto a coma aumentou seu tamanho.

No dia 1 de Outubro de 2012 o cometa efetuou sua maior aproximação do Sol (1,4 UA). Alguns observadores especularam que o calor gerado pelo Sol tinha feito com que o frágil cometa se quebrasse. No dia 26 de Outubro de 2012, um grupo de astrônomos descobriram uma evidência que pode ser usada para suportar tal ideia. Usando remotamente o telescópio Faulkes North no observatório Heleakala, no Havaí, Ernesto Guido e sua equipe detectaram a fragmentação do cometa Hergenrother.

As imagens feitas no dia 26 de Outubro de 2012 revelam a presença de um núcleo secundário, ou um fragmento, a aproximadamente dois arcos de segundo distante da principal condensação do cometa. Isso é provavelmente um pedaço rochoso de gelo que está emergindo da nuvem de gás e poeira que envolve o núcleo principal. Os cometas são objetos frágeis, assim não é nenhuma surpresa que o cometa está sofrendo uma ruptura.

Fonte: Observatório Remanzacco

sábado, 6 de outubro de 2012

Fase brilhante do cometa 168P/Hergenrother

De acordo com relatórios emitidos por um número de observadores de vários fóruns de astronomia, o cometa 168P/Hergenrother está atualmente experimentando uma fase brilhante: ao longo de várias noites, aumentou em brilho por diversos valores, atingindo uma magnitude visual total de aproximadamente 8.

cometa 168P/Hergenrother

© Observatório Remanzacco (cometa 168P/Hergenrother)

A equipe de astrônomos do Observatório Remanzacco realizaram algumas observações remotamente do cometa, entre 26 de setembro e 3 de outubro de 2012, através do Telescópio Faulkes do Sul, no Siding Spring.
Inspecionando as nossas imagens obtidas em 26 de setembro, o cometa mostra uma condensação central, medindo cerca de 3". O estado da coma total foi atribuído a um diâmetro de cerca de 1,7'. Em 3 de outubro, a condensação central cresceu a 8" e o diâmetro total foi de quase coma 3'. É interessante notar como, além do crescimento do tamanho da condensação central, também a sua aparência mudou, aparecendo bastante acentuada em 26 de setembro, e um pouco tênue em 3 de outubro.
Subtraindo as duas imagens de 26 de setembro de 3 de Outubro, a evolução da condensação central tornou-se evidente. Até certo ponto, a diferença pode ser devida a uma ligeira mudança nos ângulos de perspectiva (por exemplo, o seu ângulo de fase passados ​​10-13 graus), no entanto considera-se que uma parte do que se vê no painel, é uma verdadeira evolução da condensação central devido a sua fase ativa.

diferença entre as imagens

© Observatório Remanzacco (diferença entre as imagens)

Os dados fotométricos suporta a evolução observada: nossos dados Afrho em 26 de setembro mostra um pico de cerca de 670 +/- 100 cm de 2,230 km do centro da imagem, enquanto em 03 de outubro medimos uma afrho de 1210 +/- 150 cm pico com um raio de cerca de 3.000 km do centro da imagem. Isto parece indicar um aumento de duas vezes da atividade Afrho dentro da condensação central, numa questão de uma semana, bem como a recessão aparente do pico de atividade a partir da condensação central.

A expressão Afρ (Afrho), foi uma quantidade introduzida por Michael A'Hearn em 1984 (AJ 89, 579, 1984) com o objetivo de comparar as medições relativas à poeira sob diferentes condições de observação, de tempo e de instrumentos.
Além de outros parâmetros envolvidos no cálculo, o termo Afρ significa: o albedo "A" (a refletividade dos grãos), o fator de enchimento "f" e "ρ" (a letra grega "rho"), que é o raio da coma (geralmente em km) sob investigação.

evolução do parâmetro Afrho

© Observatório Remanzacco (evolução do parâmetro Afrho)

A mudança no perfil fotométrico da coma também é óbvia, a partir da comparação entre os dois painéis, com o gráfico de 3 de outubro significativamente mais largo e menos inclinada, comparada com o de 23 de Setembro.
Os dados científicos confirmam que atualmente o cometa 168P/Hergenrother está vivo e bastante ativo.

Fonte: Observatório Remanzacco

terça-feira, 2 de outubro de 2012

O futuro brilhante do cometa ISON?

Poderá o ponto apagado da imagem se tornar um dos cometas mais brilhantes da história? É possível. Por outro lado, o cometa poderá se quebrar quando chegar perto do Sol, ou brilhar modestamente.

posição do cometa ISON

© Rolando Ligustri (posição do cometa ISON)

Contudo, as especulações mais otimistas dizem que o recém-descoberto cometa, denominado C/2012 S1 (ISON) poderá desenvolver uma cauda espetacular ou ter seu brilho aproximadamente igual ao da Lua Cheia no final de 2013.

O cometa ISON atualmente está muito apagado sendo visível com uma magnitude de 18, como mostrado na imagem acima. O cometa, descoberto a pouco mais de uma semana atrás na Rússia, por Vitali Nevski (Bielorusia) e Artyom Novichonok (Rússia), está atualmente se aproximando em direção ao Sol e atualmente está entre as órbitas de Júpiter e Saturno. No começo de Outubro de 2013, ele passará perto de Marte e possivelmente será visível pelos rovers e pelas sondas que lá estão. O cometa ISON aparentemente está em curso rasante em torno do Sol, chamdo de cometa sungrazer, ele passará no final de Novembro de 2013 a cerca de 1,1 milhão de km da superfície visível do Sol, o que pode significar o fim para o cometa. Se por acaso ele sobreviver a sua passagem pelo Sol ele irá passar perto da Terra no final de Dezembro de 2013, e poderá ser um dos mais brilhantes já observados, possivelmente mil vezes mais brilhante que Vênus e quase tanto quando a Lua Cheia. Os astrônomos em todo o mundo irão rastrear essa grande e suja bola de gelo com mais atenção para melhor entender sua natureza e prever como ela pode se desenvolver nos próximos 15 meses.

O gráfico apresentado abaixo foi gerado com o software Orbitas e mostra a magnitude prevista para o cometa (em vermelho) versus sua elongação.

gráfico da magnitude x elongação do cometa ISON

© Orbitas (gráfico da magnitude x elongação do cometa ISON)

O cometa ISON será facilmente visto durante meses no hemisfério norte, enquanto se aproxima da nossa estrela. Na parte debaixo do Equador, a visão fica mais complicada, somente parte da cauda poderá ser vista em algumas regiões.

Se sobreviver à passagem pelo Sol, o objeto deve chegar a 60 milhões de km da Terra em 26 de dezembro de 2013. Acredita-se que ele se originou na Nuvem de Oort e que existe uma pequena possibilidade de ele já ter passado por aqui antes. Um grande cometa em 1680 foi observado com uma órbita muito similar a este.

Ainda não é possível saber como vai ser o cometa. Esperamos que seja deslumbrante!

Fonte: NASA

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Novo cometa com aparência asteroidal

A União Astronômica Internacional (IAU) confirmou a presença de um cometa próximo da Terra. A descoberta foi feita pelo Observatório Astronômico de Maiorca (OAM), na Espanha, que foi denominado como P/2012 NJ (La Sagra).

órbita do cometa recentemente descoberto

© OAM (órbita do cometa recentemente descoberto)

O trigéssimo primeiro cometa descoberto no ano foi visto no dia 16 de julho de 2012 através de um telescópio robótico de vigilância espacial deste centro.

Inicialmente, a IAU classificou o objeto como 'asteróide próximo da Terra' (NEO – Near Earth Object), mas dois dias mais tarde, astrônomos do Instituto de Investigação Planetária do Centro Aeroespacial alemão (DLR - Deutschen Zentrums für Luft- und Raumfahrt), fizeram observações de alta resolução e perceberam que se tratava de um cometa quando detectaram uma cauda incipiente de escassos quilômetros.

A descoberta foi reclassificada como Near Earth Comet (NEC). Este cometa tem um núcleo de aproximadamente 10 quilômetros e as primeiras medições apontam para uma velocidade de rotação de 13 horas e um período orbital em torno do Sol de 22,3 anos.

O cometa foi detectado a 45 milhões de quilômetros da Terra com 14,3 de magnitude, com um brilho considerável e que facilitará o seu seguimento astrométrico e espectrográfico durante os próximos meses.

Esse estudo permitirá conhecer melhor a evolução dos cometas ativos, que têm grande quantidade de elementos voláteis, produzindo grandes caudas, e dos cometas já extintos, que depois de passarem muitas vezes perto do Sol vão perdendo gelo e gás, ficando com uma aparência asteroidal, como é o caso deste.

O P/2012 NJ é o sexto cometa descoberto pelo Observatório Astronômico de Maiorca, que também já fez outros achados consideráveis: mais de seis mil asteróides, estrelas variáveis, estrelas novas na galáxia de Andrômeda e até 16 supernovas extragalácticas.

Fonte: OAM

quinta-feira, 15 de março de 2012

O último suspiro do cometa Swan

Quando a mancha solar 1429 produzia uma nova emissão de partículas, detectores a bordo do satélite de observação SOHO da NASA registravam um novo cometa prestes a ser dizimado pelo Sol.
© NASA/SOHO (cometa Swan em direção ao Sol)
A imagem foi captada pelo coronógrafo Lasco C2, a bordo do telescópio espacial SOHO.
O cometa Swan não resistiu à passagem periélica. O cometa foi aniquilado pelo calor da estrela, lançando ao espaço milhares de toneladas de material cometário varrido pelo vento solar.
Às 22h00 GMT do dia 14 de março, o cometa Swan penetra no disco solar, e o Sol transformou o cometa numa nuvem de poeira cósmica, quando o cometa se aproximou a cerca de 120 mil km da superfície solar.
Duarante a aproximação do cometa observa-se a ocorrência de sublimação do material cometário na alta atmosfera solar, quando seu núcleo se rompe e passa instantaneamente do estado sólido para o estado gasoso. O material constituinte, predominantemente hidrogênio e oxigênio, é soprado pela ação do vento solar, que aniquilou o cometa.
Fonte: NASA

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

As duas caudas opostas do cometa Garradd

O cometa Garradd recentemente apresenta duas caudas opostas.

Cometa Garradd_Robert Polzl

© Robert Pölzl (cometa Garradd)

Visível à esquerda está a cauda de poeira do cometa Garradd que é composta de gelo e poeira que segue o cometa em sua órbita ao redor do Sol. Visível à direita, está a cauda de íon do cometa Garradd que é composta de gás ionizado e é soprada diretamente contra o Sol pelo vento solar. A maioria dos cometas mostram duas caudas, embora não seja comum que elas apareçam em direções opostas. O cometa Garradd atualmente mostra caudas opostas devido a uma visão angular intermediária oportuna da Terra. Tonalidades sutis mostradas na imagem acima, registrada na última semana, mostra a cauda de poeira com um brilho levemente amarelo já que seus grandes grãos refletem a luz do Sol de forma acromática, enquanto que a cauda de íon brilha com uma tonalidade levemente azul já que os íons de monóxido de carbono refletem a luz do Sol de forma mais eficiente. No centro, ao redor do núcleo do cometa, está a coma levemente colorida de verde, que mostra essa coloração graças a uma mistura de poeira e gases que inclui cianogênio que emite a luz verde. Embora, agora esteja se afastando do Sol, o cometa Garradd fará sua maior aproximação da Terra na próxima semana.

Fonte: NASA