sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Registro do cometa Halley há 2478 anos

Evento no século V a.C. pode ser o mais antigo registro de visão do cometa Halley. De acordo com documentos da antiguidade, um meteorito caiu no norte da Grécia em algum momento entre os anos de 466 e 468 a.C. Tais documentos descrevem que havia um cometa no céu no momento em que o meteorito caiu.
cometa Halley
© NASA (cometa Halley)
Este cometa seria o Halley, que é visível da Terra a cada 76 anos. O tempo registrado nos documentos corresponde exatamente ao tempo esperado para uma passagem do Halley. O filósofo Daniel Graham e o astrônomo Eric Hintz, ambos da Universidade Brigham Young, nos Estados Unidos, compararam as descrições do cometa realizadas pelos gregos com o caminho que o Halley deve ter realizado à época.
Os documentos traziam a informação que o cometa foi visível por 75 dias, acompanhado por ventos e estrelas cadentes. Os pesquisadores descobriram que o cometa provavelmente foi visível por no máximo 82 dias, entre 4 de junho e 25 de agosto de 466 a.C., portanto, as informações coincidem. Neste período, a Terra estava se movendo abaixo da cauda do cometa, portanto realmente poderia haver estrelas cadentes.
Segundo Graham, nada disso prova realmente que era o cometa Halley, porém cometas desse tamanho são raros. Anteriormente, o registro mais antigo de visão do cometa era de astrônomos chineses 240 anos antes de Cristo. Os pesquisadores dizem que este pode ser um momento crucial na história da Astronomia.
Fonte: New Scientist

terça-feira, 25 de maio de 2010

Colisão de um cometa com o Sol

A colisão de um cometa com o Sol foi registrada por pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA).
Nas imagens divulgadas pela universidade, o cometa atravessa a coroa, camada exterior do Sol com temperaturas acima de 1 milhão de graus Celsius, e evapora na cromosfera, camada interna da atmosfera solar com temperatura de cerca de 100 mil graus Celsius.
© NASA/Universidade da Califórnia (cometa no limbo do Sol)
Usando dados de instrumentos a bordo de uma dupla de sondas denominada Stereo, postas em órbita ao redor do Sol pela Nasa em 2006, os cientistas puderam prever a trajetória, hora e local do impacto. A seguir a imagem mostra o Sol sendo monitorado pelas sondas Stereo; no momento a região escura ainda não pode ser vista por elas.
stereo rotação
© NASA (Stereo monitorando o Sol)
A partir daí, a equipe utilizou o Soho, satélite da Nasa lançado em 1995 para observação do Sol, para capturar as imagens.
Sabe-se que cometas colidem com o Sol com certa frequência, mas as emissões luminosas nas proximidades tornam quase impossível que se vejam esses impactos. "Acreditamos que temos as primeiras imagens de um cometa na cromosfera solar", disse a pesquisadora Claire Raftery, integrante da equipe.
O cometa conseguiu sobreviver ao calor da corona e desapareceu na cromosfera, evaporando sob o calor de 100 mil graus Celsius.
Ele conseguiu aguentar ao calor provavelmente por apresentar em sua composição materiais pesados. O indício de que matéria pesada compunha o cometa veio do tamanho relativamente reduzido de sua cauda: apenas 3 milhões de quilômetros de comprimento.
O cometa faz parte da família Kreutz, grupo de cometas originados da desintegração de um maior e ejetados em 2004 da órbita de Júpiter.
Fonte: Universidade da Califórnia

terça-feira, 6 de abril de 2010

Sonda Kepler observa a nuvem de Oort

Um novo estudo da sonda Kepler é identificar objetos na nuvem de Oort, um massivo mar de cometas, que se acredita avançar os limites do sistema solar, embora nunca tenham sido observados diretamente. O astrônomo holandês Jan Oort previu a existência dessa nuvem em 1950, como uma maneira de explicar a origem dos cometas que penetram no interior do sistema solar. Existe a hipótese de alguns objetos distantes conhecidos pertencerem à orla mais interna da nuvem, mas a sua verdadeira procedência permanece ainda desconhecida.
nuvem de oort
© Jon Lomberg (concepção artística)
O princípio básico é que um cometa ao passar na frente de uma estrela possa ser revelado à sonda Kepler, apagando uma fração da luz da estrela. Esse método já deu resultados: permitiu avistar cinco planetas nas primeiras semanas após o seu lançamento em 2009 e dezenas de outros foram detectadas ao longo da última década, com essa e outras espaçonaves.
sonda kepler
© NASA/sonda Kepler
No dia 1 de março no Astrophysical Journal Lettters, os astrofísicos Eran Ofek, do California Institute of Technology e Ehud Nakar, da Tel Aviv University, disseram que a sonda Kepler pôde observar mais de 100 eclipses de objetos de sua estrela-alvo na Nuvem de Oort durante três anos e meio em sua missão de busca por exoplanetas. Se Kepler puder detectar eclipses suficientes, Ofek e Nakar propõem a utilização dos dados para restringir observações sobre localização e distribuição da Nuvem de Oort.
Essa não seria a primeira vez que um telescópio espacial seria utilizado para procurar objetos tão distantes no sistema solar. Em dezembro, Ofek e seus colegas encontraram nos arquivos dos dados do telescópio espacial Hubble um eclipse causado por um objeto no cinturão de Kuiper, perto do campo de detritos gelados onde Plutão reside.
Um estudo de 2004 sugeriu que Kepler poderia detectar objetos do cinturão de Kuiper, embora Ofek diga que seus cálculos e de Nakar indicam que isso não irá ocorrer. A linha de visão da espaçonave, em um ângulo bem mais elevado do que o plano orbital dos planetas no sistema solar, tornando mais provável detectar objetos na esférica Nuvem de Oort do que no cinturão de Kuiper, que é mais plano.
Fonte: Scientific American Brasil

quinta-feira, 25 de março de 2010

Cometa C/2007 Q3 se fragmenta

Um astrônomo amador britânico capturou imagens de um cometa se despedaçando, com ajuda de um telescópio acessado remotamente no Havaí, nos Estados Unidos.
Em seu computador na região britânica de Wiltshire, na Inglaterra, Nick Howes tirou fotos que mostram o núcleo congelado de um cometa dividido. É o cometa C/2007 Q3 (Siding Spring) que foi descoberto por Donna Burton em 2007 no Observatório Siding Spring em New South Wales, Austrália.
 cometa c2007q3 17032010
© Nick Howes (cometa C/2007 Q3 e fragmento em 17/03)
Ele controlou o telescópio remotamente através do Faulkes Telescope Project, um projeto da universidade britânica de Cardiff que permite que pessoas em qualquer parte do mundo acessem o equipamento via internet.
"Isso mostra o que é possível quando astrônomos amadores conseguem pôr às mãos em telescópios tão poderosos", disse Paul Roche, que coordena o projeto.
O projeto foi criado pela faculdade de Física e Astronomia da universidade para ajudar crianças a estudarem ciências. O projeto oferece acesso remoto a telescópios na ilha de Mauí, no Havaí, e no observatório de Siding Spring, na Austrália.
O astrônomo amador Nick Howes observou alteração no tamanho da cauda do cometa entre os dias 15 e 16 de março, conforme imagem a seguir.
 cometa c2007q3 movimento
© Nick Howes (cometa C/2007 Q3 em 15/03 e 16/03)
Com ajuda do telescópio de US$ 10 milhões no Havaí, Nick Howes capturou seis imagens que mostram o pedaço de gelo enorme que se separou do núcleo do cometa C/2007 Q3. Um segundo grupo de imagens obtidas no dia seguinte mostrou que o novo fragmento ainda está seguindo o cometa.
"Como o núcleo do cometa tem geralmente dezenas de quilômetros, o fragmento provavelmente é do tamanho de uma montanha, e vai acabar se tornando um pequeno cometa, na medida em que ele for se separando do cometa que o originou", disse Paul Roche.
Espera-se agora que astrônomos profissionais sigam a descoberta de Howe usando instrumentos como o telescópio espacial Hubble.
"Nós esperamos envolver escolas na observação de cometas nas próximas semanas, para que possamos ver o que acontece com esse novo fragmento", disse Paul Roche.
Ele espera que a descoberta anime outros astrônomos a usarem o telescópio para pesquisa e para ajudar com novas descobertas científicas.
No ano passado, outro astrônomo amador, trabalhando com várias escolas britânicas dentro do Faulkes Telescope Project, descobriu o asteroide com a rotação mais rápida do sistema solar. Mais de 200 escolas britânicas usaram os telescópios do projeto para apoio às aulas.
Fonte: BBC Brasil e Faulkes Telescope Project

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Cometa Siding Spring visto pelo “Sábio”

Um elenco diversificado de personagens cósmicos marcou a estreia do novo telescópio Wise (Wide Field Infrared Survey Explorer), lançado pela NASA nos últimos dias de 2009. Um destes astros celestes foi o cometa Siding Spring, cujo rastro de 16 milhões de quilômetros parece uma mancha de pintura vermelha com uma estrela azul.
cometa siding spring
© NASA/WISE (cometa Siding Spring)
O WISE (Sábio, em português) é um telescópio na faixa do infravermelho que ficará circulando em volta da Terra ao longo dos pólos para fazer um mapa completo do universo, detectando galáxias longínquas, estrelas frias demais para que sua luz seja captado com precisão por outros telescópios e até asteroides escuros, escondidos nas profundezas do Sistema Solar, de onde podem surgir repentinamente para se chocar com a Terra.
Fonte: NASA

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O telescópio WISE acha seu primeiro cometa

O telescópio WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) da NASA descobriu seu primeiro cometa, cuja missão é encontrar milhões de outros objetos durante sua pesquisa contínua do céu em luz infravermelha.
O cometa P/2010 B2, oficialmente nomeado WISE, o sétimo cometa descoberto este ano, é uma massa de poeira e gelo com diâmetro em torno de 2 Km. Provavelmente, foi concebido na mesma época de nosso Sistema Solar, aproximadamente há 4,5 bilhões de anos atrás. O cometa surgiu dos confins gélido do Sistema Solar, sendo atraído pela força gravitacional de Júpiter e penetrando numa órbita mais íntima em torno do Sol. Atualmente, o cometa está a aproximadamente 175 milhões de quilômetros da Terra.
O cometa P/2010 B2 (WISE) está localizado no centro da imagem a seguir.
© NASA (cometa P/2010 B2 – WISE)
O cometa WISE leva 4,7 anos para circular o Sol, com afélio de 4 UA (Unidades Astronômicas) e seu periélio de 1,6 UA, perto da órbita do planeta Marte.
O telescópio WISE foi lançado em uma órbita polar ao redor da Terra no dia 14 de dezembro de 2009, com a função de descobrir alguns novos cometas, além de centenas de milhares de asteroides. Os cometas são mais difíceis de encontrar que os asteroides porque eles são muito mais raros no Sistema Solar interno. Considerando que os asteroides viajam ao redor das órbitas de Marte e Júpiter, e a maioria dos cometas possui órbitas alongadas e se localizam na região exterior de nosso Sistema Solar, os asteroides têm uma probabilidade maior de entrarem em órbitas que os trazem perto da trajetória da Terra. Estes astros celestes  podem ser monitorados gerando dados estatísticos de possíveis impactos de grande intensidade sobre nosso planeta.
Os cometas inativos são difíceis de serem observados na luz visível, porém na região infravermelha do espectro serão objetos de busca, e também serão catalogados.
A missão passará os próximos meses analisando dados coletados, cujo primeiro grupo estará disponível ao público no próximo ano, e o catálogo final no ano seguinte. Serão liberadas imagens selecionadas e resultados ao longo da missão.
Mais informação através do link.
Fonte: NASA / JPL (Jet Propulsion Laboratory)

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Cometa é capturado pelo Sol

A sonda Observatório Solar e Helioscópico (SOHO, na sigla em inglês), que foi lançada em 1995 para estudar desde o núcleo até a superfície do Sol, além do vento solar, já registrou mais de 1,5 mil cometas. Este cometa rasante, que tem pelo menos 2.000 anos de idade, foi descoberto em 2 de janeiro pelo astrônomo amador Alan Watson, na Austrália, que inspecionava imagens da sonda Stereo, obtidas dia 30 de dezembro de 2009.
Cometas como este são conhecidos como cometas rasantes e são caracterizados por serem pequenos e por descreverem órbitas que os levam muito próximo do Sol. A  imagem a seguir mostra o cometa se aproximando à esquerda, antes de ser de ser capturado pelo Sol.
cometa
© ESA/NASA (SOHO)
Astrônomos acreditam que eles sejam fragmentos de cometas maiores que se partiram há muitos séculos.
A imagem do cometa foi obitida através de um coronógrafo, um equipamento que bloqueia o objeto mais brilhante da imagem (o Sol) gerando um efeito de "eclipse falso" que destaca o cometa da maneira como poderia ser visto a olho nu.
Nenhum dos cometas capturados pela SOHO conseguiu "sobreviver" à sua aproximação do Sol.
Fonte: ESA e NASA

domingo, 29 de novembro de 2009

Água na Lua pode ter vindo de cometas

O mistério da origem da água descoberta na Lua pode em breve ser resolvido. As evidências da missão LCROSS da NASA (a agência espacial americana) sugerem que muita desta foi entregue por cometas em vez de se ter formado à superfície através de uma interação com o vento solar.

cratera cabeus

 © NASA (cratera Cabeus)

Em Outubro, dois objetos colidiram com a Lua - um estágio de foguete e, poucos minutos depois, a própria sonda LCROSS - na cratera Cabeus perto do pólo sul da Lua. A sonda capturou imagens e obteve dados espectográficos do detrito lunar expelido pelo impacto do foguete, descobrindo que continha inequívocos sinais de água.

infravermelho

 © NASA (espectômetro infravermelho)

ultravioleta e visível

 © NASA (espectômetro ultravioleta e visível)

As missões anteriores também tinham descoberto pistas de água lunar mas a sua fonte não era clara. Uma teoria afirma que a água se forma quando os átomos de hidrogênio do vento solar se ligam com os átomos de oxigénio no solo lunar, criando hidróxilo e água.
Mas agora as evidências tendem a favor de uma explicação alternativa - impactos de cometas. Os dados foram discutidos esta semana na reunião do Grupo de Análise de Exploração Lunar, um encontro de 160 cientistas em Houston, Texas, EUA.
A primeira linha de provas vem de compostos que se vaporizam rapidamente, ou voláteis. A LCROSS descobriu sinais espectrais de compostos voláteis contendo carbono e hidrogênio - provavelmente metano e etanol - bem como outros como amônia e dióxido de carbono. "Parece que colidimos numa área muito rica em compostos voláteis," disse Tony Colaprete, cientista principal da LCROSS, numa conferência de imprensa.
Estes compostos, na sua maioria, já deveriam ter sido perdidos para o espaço há bilhões de anos, quando a Lua coalesceu dos detritos de um impacto entre a Terra e um objeto com o tamanho de Marte. A água formada através de uma interação com o vento solar seria por isso relativamente pura - e livre de compostos voláteis.
Mas os cometas, que se pensa serem os responsáveis por muitas das cicatrizes de impacto na Lua, são "bolas de neve suja" que se sabe conterem compostos voláteis como o metano. "Se conseguirmos descobrir a fonte da água da Lua, poderemos entender melhor a história da Lua durante os últimos dois bilhões de anos," diz Larry Taylor da Universidade do Tennessee.
A segunda linha de evidências que aponta para os cometas vem da quantidade de água detectada. Espera-se que o vento solar forme água em quantidades minúsculas, resultando em concentrações não maiores do que 1% do solo lunar.
Os membros da equipe LCROSS estão ainda analisando os dados, mas os cálculos sugerem que a concentração de água é maior. "Os dados são consistentes com um conteúdo total de hidrogênio na ordem de alguns porcentos," disse Colaprete.
Além da ligação com cometas, os elementos voláteis geraram excitação devido ao seu valor como recurso para o voo espacial. Apesar da água ser importante para sobreviver na Lua, é o hidrogênio na água que pode ser usado como combustível para foguetes.
A possibilidade de descobrir compostos como etanol e metano, que podem ser usados diretamente como combustível, torna ainda mais viável a questão econômica do ser humano regressar à Lua. "A LCROSS deu-nos o nosso bilhete de volta à Lua," acrescenta Noah Petro do Centro Aeroespacial Goddard da NASA em Greenbelt, Maryland, EUA.

Fonte: NASA

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Cometa foi lua de Júpiter

Um cometa foi há cerca de 60 anos e durante 12 anos uma lua temporária de Júpiter, anunciaram os astrônomos reunidos no Congresso Europeu de Ciência Planetária em Potsdam na Alemanha.

O cometa 147P/Kushida-Muramatsu se manteve em órbita de Júpiter de 1949 a 1961, segundo uma equipe internacional dirigida por Katsuhito Ohtsuka, do Tokyo Meteor Network, que criou um modelo das trajetórias de 18 cometas suscetíveis de se encontrar temporariamente atuando como satélites do maior planeta do Sistema Solar.

                  júpiter

© ESO (Júpiter) 

Os cometas, pequenos corpos celestes compostos essencialmente de água congelada e rochas, se deslocam em órbitas muito elípticas e a maior parte do tempo a grandes distâncias do Sol.

Os cometas presos temporariamente por Júpiter são abandonados sem nem mesmo conseguir completar uma órbita em torno do planeta, porém há possibilidade de algum cometa capturado realizar esta façanha.

Este cometa conseguiu completar duas revoluções em torno de Júpiter, está entre os cinco que conseguiram realizar ao menos uma órbita e é um dos três que passaram mais tempo em torno do planeta gigante.

"Os resultados de nosso estudo sugerem que os impactos sobre Júpiter e a captura de satélites temporários podem acontecer mais assiduamente do que se pensava até agora", assinalou David Asher, do Armagh Observatory (Reino Unido), que apresentou os dados em Potsdam.

Os asteroides ou cometas podem ser vítimas dos efeitos de maré gerados pela forte gravidade de Júpiter, como ocorreu com o cometa Shoemaker-Levy 9, que se partiu em 21 pedaços sobre a superfície de Júpiter em 1994.

Os rastros de um novo impacto sobre Júpiter, descobertos em julho passado por um astrônomo amador e confirmados pela Nasa (agência espacial norte-americana), podem corresponder a um objeto da mesma categoria deste cometa. O planeta Júpiter funciona como um escudo protetor da Terra.

                     impacto

 © NASA (Júpiter)

Fonte: Agence France-Presse afp

domingo, 23 de agosto de 2009

Descoberto aminoácido no cometa Wild 2

Cientistas da NASA (agência espacial norte-americana) descobriram pela primeira vez a presença de glicina, um aminoácido essencial para a formação de vida, em amostras do cometa Wild 2 trazidas à Terra pela sonda Stardust em 2006, revelou hoje o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da agência. A seguir, observa-se uma imagem do cometa Wild 2, realizada pela NASA a partir da sonda Stardust.

                  wild 2

 © NASA (Cometa Wild 2)

A sonda Stardust, que passou pela cauda do cometa em 2004, com velocidade de 21000 km/h, recolheu e enviou para a Terra amostras de poeira do cometa. A descoberta apoia a teoria de que alguns ingredientes da vida surgiram no espaço e chegaram à Terra por meio do impacto de meteoritos e cometas.

Carl Pilcher, diretor do Instituto de Astrobiologia da NASA, afirmou que a descoberta também respalda a hipótese de que os blocos básicos da vida abundam no espaço e que a vida no universo é mais comum do que se acredita.

Os resultados da investigação dos cientistas foram apresentados durante uma reunião realizada pela Sociedade Química dos Estados Unidos em Washington no fim de semana passado e serão publicados em breve pela revista "Meteorites and Planetary Science", de acordo com o JPL.

Desde o princípio, as análises revelaram a presença de glicina nas amostras. No entanto, por esse ingrediente existir na vida terrestre acreditou-se que a malha estava contaminada, durante a manipulação ou fabricação da cápsula, porém, descartaram a possibilidade, após usarem a análise isotópica, explicou Jamie Elsila, do Centro de Voos Espaciais da Nasa. Há uma quantidade maior do isótopo do carbono ¹³C do que o carbono estável ¹²C, indicando que a glicina possui origem cometária.

A descoberta de aminoácidos em um cometa é um triunfo notável!

Fonte: Goddard Space Flight Center - NASA

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O cometa Lulin se aproxima da Terra!

O cometa C/2007 N3 (Lulin) foi descoberto em 11 de julho de 2007 pelos astrônomos Quanzhi Ye e Chi Sheng Lin, inicialmente como um objeto de aspecto asteroidal, e uma semana depois J. Young observou sua aparência cometária.
lulin_michael jaeger 19.01.09
 © 19/01/2009 Michael Jaeger
O cometa Lulin atingiu o periélio no dia 10 de janeiro de 2009 quando estava a 1,21 UA (Unidade Astronômica) do Sol. E no dia 24 de fevereiro ocorrerá a maior aproximação da Terra (perigeu) quando estiver a 0,41 UA, cerca de 61,5 milhões de quilômetros.
O cometa Lulin tem uma coloração esverdeada e por estar próximo da eclíptica apresenta uma anticauda que pode ser notada na imagem a seguir.
lulin_karzaman ahmad 07.01.2009
© 07/01/2009 Karzaman Ahmad
O cometa Lulin que possui uma órbita hiperbólica, atualmente é visível de madrugada no hemisfério sul próximo da estrela Alfa Librae com magnitude 6,5.
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 © 08/01/2009 Gregg Ruppel
Na noite do dia 24 de fevereiro estará próximo de Saturno (2 graus) na Constelação de Leão com magnitude 5, podendo ser visível a olho nu em locais de pouca luminosidade. Esta configuração pode ser vista no mapa celeste abaixo.
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 © 24/02/2009 RedShift Software
Cometa Lulin seja bem vindo!
Fonte:  Cometas Blog

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Novo mineral encontrado em cometa

Pesquisadores da NASA acharam um novo mineral num material que provavelmente originou-se do cometa 26P/Grigg-Skjellerup, que foi descoberto em 1902 e passa em torno do Sol a cada cinco anos.

O mineral é composto de silício, manganês e rodeado por camadas de outros minerais que são encontrados apenas em pedras extraterrestres. Este mineral foi denominado de brownleeita, e foi descoberto dentro de uma partícula de pó interplanetária, ou IDP, por Donald Brownlee, astrônomo da Universidade Washington, que também é o pesquisador principal da missão Stardust da NASA. A equipe que fez a descoberta é conduzida por Keiko Nakamura-Messenger, cientista espacial do Centro Espacial Johnson da NASA, em Houston. O nome oficial de brownleeita une a uma lista de mais de 4.300 outros minerais, catalogados pela International Mineralogical Association (IMA).

brownleeita

                                     © NASA (Brownleeita)

A Terra recebe anualmente 40.000 toneladas de partículas de pó de cometas e asteróides desintegrados, equivalente diariamente a uma partícula por metro quadrado. Estes grãos minerais de cerca de 0,00025 cm de diâmetro são extremamente importantes, porque aparentemente são constituintes da formação original do Sistema Solar.

Fonte: Adaptado de texto original da NASA.